Debate Morno Acaba por Favorecer Santana Lopes
O primeiro e único frente-a-frente entre Pedro Santana Lopes e José Sócrates foi um debate equilibrado, o que, dada a desvantagem do líder do PSD, no campo das expectativas, acabou por favorecê-lo. A polémica dos boatos abriu a discussão, com o líder do PS a acusar Santana de estar a fazer uma campanha "indigna da democracia".
In http://jornal.publico.pt/2005/02/04/Destaque/X01.html
Comentário: José Sócrates parecia um robot, Santana Lopes está sempre mais à vontade frente às câmaras, como ficou bem demonstrado nas palavras finais que deixou “às portuguesas e aos portugueses” (vantagem para o líder do PSD). Sócrates estava, no entanto, melhor preparado do que o seu adversário, e penso que isso ficou expresso ao longo do debate (vantagem para o líder do PS). No cômputo geral, no entanto, penso que foi, de facto, um empate (o que, diga-se, acaba por favorecer normalmente quem está em desvantagem, como é comentado no Público). Muitos criticaram o novo estilo do debate, por deixar pouco espaço ao contraditório. Não concordo. Estes debates costumam ser uma balbúrdia, com os contendores a atacarem-se mutuamente, sem deixar concluir um raciocínio. Ontem, pelo contrário, os raciocínios podiam ser organizados, sistematizados; a réplica existia, mas controladamente. Na minha opinião este tipo de debate é mais clarificador.
No entanto, tentando tirar algum “sumo” do debate, pouco se consegue. As ideias são muito parecidas, só se fala em “promessas” ou “objectivos”, mas explicar como se cumprem esses desideratos – como se aumenta a função pública, como se aumentam as pensões, como se acaba com a pobreza, tudo isto sem desgraçar o défice público do país –, nada. De facto, as melhores palavras foram mesmo as de Agustina Bessa-Luís: “Não consigo ver Santana e Sócrates como adversários”. Nem eu…
In http://jornal.publico.pt/2005/02/04/Destaque/X01.html
Comentário: José Sócrates parecia um robot, Santana Lopes está sempre mais à vontade frente às câmaras, como ficou bem demonstrado nas palavras finais que deixou “às portuguesas e aos portugueses” (vantagem para o líder do PSD). Sócrates estava, no entanto, melhor preparado do que o seu adversário, e penso que isso ficou expresso ao longo do debate (vantagem para o líder do PS). No cômputo geral, no entanto, penso que foi, de facto, um empate (o que, diga-se, acaba por favorecer normalmente quem está em desvantagem, como é comentado no Público). Muitos criticaram o novo estilo do debate, por deixar pouco espaço ao contraditório. Não concordo. Estes debates costumam ser uma balbúrdia, com os contendores a atacarem-se mutuamente, sem deixar concluir um raciocínio. Ontem, pelo contrário, os raciocínios podiam ser organizados, sistematizados; a réplica existia, mas controladamente. Na minha opinião este tipo de debate é mais clarificador.
No entanto, tentando tirar algum “sumo” do debate, pouco se consegue. As ideias são muito parecidas, só se fala em “promessas” ou “objectivos”, mas explicar como se cumprem esses desideratos – como se aumenta a função pública, como se aumentam as pensões, como se acaba com a pobreza, tudo isto sem desgraçar o défice público do país –, nada. De facto, as melhores palavras foram mesmo as de Agustina Bessa-Luís: “Não consigo ver Santana e Sócrates como adversários”. Nem eu…
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