Aveiro aperta o cinto por causa de um passivo de 225 milhões de euros
A tentativa de resolver os problemas financeiros da autarquia aveirense chegou já ao ponto de condicionar o número de "almoços e jantares" a serem pagos pelos cofres da câmara. Por Maria José Santana
Em cada reunião dos órgãos autárquicos aveirenses, os lamentos têm sido recorrentes: a Câmara de Aveiro está atolada em dívidas, sem grande margem de manobra para se lançar em novos investimentos e a pagar facturas com "seis anos" de existência. Nunca o assunto passou a estar tanto na ordem do dia como a partir de Novembro de 2005, altura em que a nova maioria PSD-CDS/PP tomou posse da presidência da edilidade. Pararam-se obras, como foi o caso do novo canil municipal, e adiaram-se projectos devido à escassez de verbas.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=10&d=11&uid={24E672B0-E55F-41FE-A7F6-BEF427AAA5A7}&id=101656&sid=11229
Comentário: A situação da edilidade aveirense é caótica. O ex-Presidente, Alberto Souto, fez obras que melhoraram inquestionavelmente a cidade: mercado do peixe, teatro aveirense, uma série de zonas verdes e pedonais, etc. A juntar a isto ainda tivemos o estádio para o Euro 2004. Mas, como é óbvio, todas estas melhorias têm um custo, e este é tremendamente elevado, e tem sufocado totalmente os actuais responsáveis autárquicos. Só como exemplo, este valor assustador: a dívida de curto prazo está quase nos 50 milhões de Euros! Estas dívidas têm levado a situações muito delicadas e extremamente embaraçosas para a cidade: há dias soube-se da notícia que uma das contas bancárias da autarquia foi penhorada por falta de pagamento a uma empresa de fornecimento de refeições escolares.
Vivemos muito tempo de fachada, com uma cultura despesista (penso que se pode chamar a Alberto Souto o nosso Guterres...), e agora a factura é perigosamente elevada. Agora acabaram-se as inaugurações. O tempo é de aperto...
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