21.4.05

As boas intenções ecuménicas do papa bento xvi

São precisos gestos concretos no diálogo ecuménico, diz Joseph Raztinger, agora investido como Papa Bento XVI. Quem o afirma é o mesmo homem que, há cinco anos, arrefeceu expectativas de católicos, protestantes e ortodoxos, ao escrever que fora da Igreja Católica não há plenitude de fé cristã. Aguardam-se, agora, os gestos concretos do novo Papa.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=04&d=21&uid=&id=16739&sid=1837

Comentário: É comum um cardeal se transfigurar quando é eleito Papa. Muitas das pessoas que professam a fé católica vêem nisto a mão de Deus, que dá um toque divino ao eleito no momento da sua eleição. Para os agnósticos é apenas uma questão de pragmatismo: uma figura desconhecida do Mundo, um cardeal, que passa a Papa detém sobre si uma responsabilidade tão grande que deve medir todas as suas palavras e todas as suas acções. O Papa deixa de ser um homem comum, e passa a ser a face de toda uma Igreja. Seja por toque divino, seja por pragmatismo, a verdade é que as primeiras afirmações de Bento XVI vão no sentido correcto.