21.11.05

Ensino superior avaliado pelo acesso ao emprego

A avaliação internacional do ensino superior e das suas instituições está prevista desde 1994, mas nunca foi concretizada em Portugal

critérios. Medicina, enfermagem e medicina dentária serão áreas que, à partida, se classificarão nos primeiros lugares da nova avaliação em termos de empregabilidade

O primeiro exercício de avaliação internacional do ensino superior vai estar concluído no final de 2006. A capacidade que as universidades e politécnicos têm para preparar os alunos para o mercado de trabalho será o critério determinante, segundo o despacho de avaliação que estabelece as regras e que o ministro Mariano Gago apresenta hoje.

A aferição global da qualidade do ensino superior português vai ser realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que tem como uma das suas missões analisar "a facilitação de oportunidades de emprego aos novos diplomados", segundo o despacho a que o DN teve acesso. Também a avaliação individual das universidades vai incidir sobre "os mecanismos de saída do sistema", mas esse processo de submissão será, por enquanto, voluntário.


In http://dn.sapo.pt/2005/11/21/sociedade/ensino_superior_avaliado_pelo_acesso.html

Comentário: Um dos objectivos de qualquer governo deve ser a qualificação dos portugueses. A necessidade é tão clara, que nunca nenhum Governo colocou isto em causa. O problema é que as sucessivas “paixões pela educação” não têm apresentado os melhores resultados. Hoje, o Ministro da Ciência e do Ensino Superior deu-nos duas boas notícias em relação a este problema. Primeiro: o Ensino Superior (universidades e politécnicos) vai ser avaliado externamente, por uma entidade internacional, a OCDE. Segundo: esta avaliação tem como principal critério o acesso dos licenciados ao emprego.
O mais importante objectivo de um curso superior é, de facto, a qualificação de profissionais para o mercado de trabalho. Além da mais-valia que o mesmo deverá representar no domínio cultural e intelectual dos alunos, o propósito final é o de criar bons profissionais para os vários sectores económicos do nosso país. Daí o critério de “acesso ao emprego” dever ser o principal elemento da avaliação, ao que se devem juntar os critérios de racionalidade e eficiência do sistema, desempenho das instituições, etc. Ser a OCDE a tomar conta deste trabalho é uma garantia de transparência e competência, que poderá beneficiar todas as entidades envolvidas.