França embaraça a UE com lei sobre genocídio arménio
Uns falam em triunfo dos direitos humanos; outros lembram o interesse de garantir votos em 2007
A Assembleia Nacional francesa aprovou ontem um projecto-lei que instaura penas de prisão e multas pesadas para quem negar o genocídio arménio pelo Império Otomano, durante e depois da Primeira Guerra Mundial.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=10&d=13&uid={1F568A1B-9553-4282-A116-338DF6B97AB5}&id=102085&sid=11275
Comentário: Em 1916, no espaço de um ano, foram mortos pelos turcos cerca de 1,5 milhões de arménios (e cerca de 30 mil curdos). Os turcos argumentam que se tratou de uma manobra “defensiva contra a insurreição interna”, mas todo o mundo sabe que o que se passou foi um genocídio perpetrado pelos turcos.
Entretanto, como é do conhecimento geral, a Turquia tenta entrar na União Europeia, mas esta impõe àquele país que modifique o seu código penal de modo a acomodar os direitos necessários para assegurar a liberdade de expressão. Ao mesmo tempo, um dos maiores e mais importantes países da UE – a França – adopta uma lei que limita explicitamente a liberdade de expressão. Agora quem tiver como opinião a negação do genocídio arménio é preso. Eu não tenho dúvidas de que houve genocídio – mas também sei que quem tem uma opinião diferente a deve poder emitir. É isso que a UE defende sempre, e é pena que a França se esteja a esquecer disso.
A Assembleia Nacional francesa aprovou ontem um projecto-lei que instaura penas de prisão e multas pesadas para quem negar o genocídio arménio pelo Império Otomano, durante e depois da Primeira Guerra Mundial.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=10&d=13&uid={1F568A1B-9553-4282-A116-338DF6B97AB5}&id=102085&sid=11275
Comentário: Em 1916, no espaço de um ano, foram mortos pelos turcos cerca de 1,5 milhões de arménios (e cerca de 30 mil curdos). Os turcos argumentam que se tratou de uma manobra “defensiva contra a insurreição interna”, mas todo o mundo sabe que o que se passou foi um genocídio perpetrado pelos turcos.
Entretanto, como é do conhecimento geral, a Turquia tenta entrar na União Europeia, mas esta impõe àquele país que modifique o seu código penal de modo a acomodar os direitos necessários para assegurar a liberdade de expressão. Ao mesmo tempo, um dos maiores e mais importantes países da UE – a França – adopta uma lei que limita explicitamente a liberdade de expressão. Agora quem tiver como opinião a negação do genocídio arménio é preso. Eu não tenho dúvidas de que houve genocídio – mas também sei que quem tem uma opinião diferente a deve poder emitir. É isso que a UE defende sempre, e é pena que a França se esteja a esquecer disso.
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