Re: Aveiro aperta o cinto por causa de um passivo de 225 milhões de euros (XXIX)
Boa tarde a todos os participantes do Forum, e ao nosso Criador em especial, Mr Fernando, currently in England, Cambridge (toma bem conta do puto, miudo!!!)
Esta discussão sobre o desempenho do Dr. Alberto Souto à frente da Câmara municipal de Aveiro já vai longa, e nota-se pelo teor dos comentários que não é fácil para os participantes de emitirem opiniões expurgadas do peso das tendências politicas de cada um, como é, alias, absolutamente normal.
No meu caso, estou talvez um pouco mais à vontade para comentar, porque como sou um conservador assumido (portanto de direita, quando ainda existia em Portugal) mas votei no Dr. Alberto Souto nas duas eleições que venceu, e não votei nesta porque não estava em Aveiro, e não dava muito jeito ir de proposito a Aveiro votar porque ele ganhava de certeza sem o meu voto (conheço pelo menos 6 pessoas que fizeram o mesmo, para mim foi a razão principal de ele ter perdido as eleições)
O Dr. Alberto Souto fez um trabalho notável à frente da câmara de Aveiro, no que diz respeito à obra feita na cidade. As freguesias limítrofes, embora sem conhecimento profundo das obras executadas por iniciativa camarária, foram talvez, um pouco menos acarinhadas, se é que assim se pode dizer.
Evidentemente que há críticas a fazer, a ponte de esgueira está efectivamente mal conseguida, mas pior está o viaduto que entra na avenida 25 de Abril, do tempo do Dr. Girão, que para alem da inclinação ainda consegue ser oblíquo, com curva fechada na entrada oeste e uma mini rotunda já na subida. A diferença è que na altura o facto de se eregir um viaduto que melhorou significativamente o acesso a uma artéria principal da cidade, era um motivo de satisfação. Hoje em dia, como a cultura de mal dizer se sobrepõe à cultura de fazer, pelo facto de se criar um acesso a uma zona cercada pela linha do norte onde o referido acesso não existia, torna-se mais importante criticar o excesso de inclinação do que bemdizer as mais valias que ele trás.
De qualquer forma, critico veementemente o despesismo da Camara Municipal de Aveiro, que não vem de agora, vem desde os tempos do Dr. Girão Pereira. A câmara até à bem pouco tempo era a maior empregadora do Distrito, sendo somente suplantada muito recentemente pela Vulcano, com mais de 1000 funcionários, isto sim é inadmissível. O problema não reside no dinheiro gasto, ou melhor dizendo investido em prol do desenvolvimento da cidade a nível de infraestruturas e na beneficiação das estruturas existentes (por exemplo, reconstrução dos muros limites do canal da Ria, uma obra pouco mediática mais extremamente cara e necessária), mas sim no sustentar de serviços ineficientes e na proliferação de acessores e demais cargos de clientela politica improdutiva.
De qualquer forma, tenho muita pena que o Dr. Alberto Souto não tenha ganho as eleições, porque cabia-lhe a ele a gestão do passivo camarário, e o ónus de ter de gerir uma câmara com pouco dinheiro condicionada pelo recente desígnio nacional de cumprir a meta dos 3% do défice publico, e assim, caso o conseguisse, ganhar por direito um lugar de destaque na história da nossa cidade.
(Carlos Afonso)
Esta discussão sobre o desempenho do Dr. Alberto Souto à frente da Câmara municipal de Aveiro já vai longa, e nota-se pelo teor dos comentários que não é fácil para os participantes de emitirem opiniões expurgadas do peso das tendências politicas de cada um, como é, alias, absolutamente normal.
No meu caso, estou talvez um pouco mais à vontade para comentar, porque como sou um conservador assumido (portanto de direita, quando ainda existia em Portugal) mas votei no Dr. Alberto Souto nas duas eleições que venceu, e não votei nesta porque não estava em Aveiro, e não dava muito jeito ir de proposito a Aveiro votar porque ele ganhava de certeza sem o meu voto (conheço pelo menos 6 pessoas que fizeram o mesmo, para mim foi a razão principal de ele ter perdido as eleições)
O Dr. Alberto Souto fez um trabalho notável à frente da câmara de Aveiro, no que diz respeito à obra feita na cidade. As freguesias limítrofes, embora sem conhecimento profundo das obras executadas por iniciativa camarária, foram talvez, um pouco menos acarinhadas, se é que assim se pode dizer.
Evidentemente que há críticas a fazer, a ponte de esgueira está efectivamente mal conseguida, mas pior está o viaduto que entra na avenida 25 de Abril, do tempo do Dr. Girão, que para alem da inclinação ainda consegue ser oblíquo, com curva fechada na entrada oeste e uma mini rotunda já na subida. A diferença è que na altura o facto de se eregir um viaduto que melhorou significativamente o acesso a uma artéria principal da cidade, era um motivo de satisfação. Hoje em dia, como a cultura de mal dizer se sobrepõe à cultura de fazer, pelo facto de se criar um acesso a uma zona cercada pela linha do norte onde o referido acesso não existia, torna-se mais importante criticar o excesso de inclinação do que bemdizer as mais valias que ele trás.
De qualquer forma, critico veementemente o despesismo da Camara Municipal de Aveiro, que não vem de agora, vem desde os tempos do Dr. Girão Pereira. A câmara até à bem pouco tempo era a maior empregadora do Distrito, sendo somente suplantada muito recentemente pela Vulcano, com mais de 1000 funcionários, isto sim é inadmissível. O problema não reside no dinheiro gasto, ou melhor dizendo investido em prol do desenvolvimento da cidade a nível de infraestruturas e na beneficiação das estruturas existentes (por exemplo, reconstrução dos muros limites do canal da Ria, uma obra pouco mediática mais extremamente cara e necessária), mas sim no sustentar de serviços ineficientes e na proliferação de acessores e demais cargos de clientela politica improdutiva.
De qualquer forma, tenho muita pena que o Dr. Alberto Souto não tenha ganho as eleições, porque cabia-lhe a ele a gestão do passivo camarário, e o ónus de ter de gerir uma câmara com pouco dinheiro condicionada pelo recente desígnio nacional de cumprir a meta dos 3% do défice publico, e assim, caso o conseguisse, ganhar por direito um lugar de destaque na história da nossa cidade.
(Carlos Afonso)
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