RE: Sócrates recua nas scut e poupa 100 milhões (VIII)
Retirado de um artigo de Pedro Guerreiro:
"Evidentemente, é uma razão orçamental que mata as SCUT. Como foi uma razão orçamental que ditou a criação das SCUT.
E esta é a razão errada para fazer o que está certo: políticas de redistribuição de riqueza e combate às assimetrias regionais. Com as SCUT, Portugal tem tido mais desorçamentação do que justiça social; mais custos e benefício nas zonas ricas (Lisboa e Vale do Tejo é quem mais ganha com as SCUT) do que distorção positiva da economia. E quem paga as viagens suburbanas do Porto ou os passeios dos turistas do Algarve são todos: os que andam e os que não andam nas estradas.
O Governo faz bem mas fá-lo mal. Prometera que não seria agora, afinal é. E a escolha cruel do momento para dar a notícia, num ambiente traumatizado de OE, de subida da electricidade, manifestações da CGTP e greves de professores, alimenta a ira de quem olha para os ministros e reconhece arrogância.
Os portugueses estão numa península financeira: rodeados de aumentos por todos os lados menos por um, o rendimento. Sócrates não está apenas a testar os limites da contestação social, está a ultrapassar o traço contínuo da tolerância cívica. Ter razão chega?"
Quem quiser a totalidade do artigo: http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=284294
(Zema)
"Evidentemente, é uma razão orçamental que mata as SCUT. Como foi uma razão orçamental que ditou a criação das SCUT.
E esta é a razão errada para fazer o que está certo: políticas de redistribuição de riqueza e combate às assimetrias regionais. Com as SCUT, Portugal tem tido mais desorçamentação do que justiça social; mais custos e benefício nas zonas ricas (Lisboa e Vale do Tejo é quem mais ganha com as SCUT) do que distorção positiva da economia. E quem paga as viagens suburbanas do Porto ou os passeios dos turistas do Algarve são todos: os que andam e os que não andam nas estradas.
O Governo faz bem mas fá-lo mal. Prometera que não seria agora, afinal é. E a escolha cruel do momento para dar a notícia, num ambiente traumatizado de OE, de subida da electricidade, manifestações da CGTP e greves de professores, alimenta a ira de quem olha para os ministros e reconhece arrogância.
Os portugueses estão numa península financeira: rodeados de aumentos por todos os lados menos por um, o rendimento. Sócrates não está apenas a testar os limites da contestação social, está a ultrapassar o traço contínuo da tolerância cívica. Ter razão chega?"
Quem quiser a totalidade do artigo: http://www.negocios.pt/default.asp?CpContentId=284294
(Zema)
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