Re: E se a pergunta fosse... (VI)
Para ser mesmo claro, mas mesmo claro, daquele tipo de clareza que um gajo até diz: “epá, este gajo é mesmo claro!” (Gato Fedorento, para quem não sabe :)):
À pergunta: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?" tu já disseste que ias votar “não”, por motivos totalmente compreensíveis (aliás como a generalidade dos do “sim”).
E se te fizessem a pergunta: “Concorda com a penalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”. Votarias “sim” ou “não”? Repara que esta é a realidade actual: se uma mulher, por sua opção, interromper voluntariamente a gravidez, nas primeiras 10 semanas, num estabelecimento de saúde de saúde legalmente autorizado, ela (e o médico) incorre numa pena de prisão até 3 anos.
Quanto à parte final do que dizes, eu concordo praticamente com tudo. Tens razão que “mais vale prevenir que remediar”, e tudo isso. Por isso é que esta questão é tão complexa. Só discordo com uma parte: dizes que isto não resolve os problemas dos apoiantes do “sim”, pois a partir das 10 semanas tudo se mantém na mesma. É verdade, mas para um defensor do “sim” mais vale ser até às 10 semanas do que nunca, como na lei actual. E recordo que 73% dos abortos ocorrem antes das 10 semanas logo, para um defensor do “sim”, estarias a resolver 73% dos seus problemas – o que como concordarás não é nada despiciendo.
Forte abraço.
À pergunta: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?" tu já disseste que ias votar “não”, por motivos totalmente compreensíveis (aliás como a generalidade dos do “sim”).
E se te fizessem a pergunta: “Concorda com a penalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”. Votarias “sim” ou “não”? Repara que esta é a realidade actual: se uma mulher, por sua opção, interromper voluntariamente a gravidez, nas primeiras 10 semanas, num estabelecimento de saúde de saúde legalmente autorizado, ela (e o médico) incorre numa pena de prisão até 3 anos.
Quanto à parte final do que dizes, eu concordo praticamente com tudo. Tens razão que “mais vale prevenir que remediar”, e tudo isso. Por isso é que esta questão é tão complexa. Só discordo com uma parte: dizes que isto não resolve os problemas dos apoiantes do “sim”, pois a partir das 10 semanas tudo se mantém na mesma. É verdade, mas para um defensor do “sim” mais vale ser até às 10 semanas do que nunca, como na lei actual. E recordo que 73% dos abortos ocorrem antes das 10 semanas logo, para um defensor do “sim”, estarias a resolver 73% dos seus problemas – o que como concordarás não é nada despiciendo.
Forte abraço.
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