Xanana apela à tolerância, à paz e à estabilidade
Mais de 4000 polícias e um milhar de soldados estrangeiros zelam para que não haja violência na histórica jornada de hoje
O Presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu ontem à noite calma e unidade, horas antes de abrirem as urnas para a segunda volta da escolha do seu sucessor, entre o primeiro-ministro do qual é amigo, José Ramos-Horta, e um presidente do Parlamento que detesta, Francisco Guterres, "Lu-Olo".
In Público, Secção Destaque
Comentário: Na primeira volta das eleições presidenciais, Lu-Olo ficou em primeiro lugar, com 28% dos votos, e Ramos-Horta ficou em segundo, com 22%, entre 8 candidatos. Agora para a segunda volta Ramos-Horta é o favorito, já que cinco dos seis candidatos que se ficaram pela primeira volta decidiram apoiar o actual Primeiro-Ministro. Além de uma luta entre duas personalidades bem conhecidas dos timorenses, é a primeira de uma série de eleições entre dois partidos que se detestam mutuamente: a Fretilin, de Mari Alkatiri, e o recente CNRT, de Xanana, que disputarão no final de Junho as legislativas.
Ramos-Horta promete distribuir riqueza pelos mais pobres e prosseguir o crescimento económico (cerca de 30% este ano) do mais pobre país asiático do Mundo. Não deseja o secularismo europeu, mas sim um modelo onde o poder temporal e espiritual estão em diálogo permanente, o que me deixa reticente. Deseja ainda uma presidencialização do regime. Lu-Olo quer resolver os problemas de segurança e corrupção, quer mais diálogo e quer manter os poderes do Presidente tal como estão actualmente.
Numa democracia imberbe, num país onde os candidatos têm imensos problemas em fazer uma simples declaração de rendimentos, numa nação onde os negócios petrolíferos são tratados de uma forma nem sempre transparente, qualquer eleição democrática deve ser saudada, mas ao mesmo tempo acompanhada com muita cautela.
O Presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu ontem à noite calma e unidade, horas antes de abrirem as urnas para a segunda volta da escolha do seu sucessor, entre o primeiro-ministro do qual é amigo, José Ramos-Horta, e um presidente do Parlamento que detesta, Francisco Guterres, "Lu-Olo".
In Público, Secção Destaque
Comentário: Na primeira volta das eleições presidenciais, Lu-Olo ficou em primeiro lugar, com 28% dos votos, e Ramos-Horta ficou em segundo, com 22%, entre 8 candidatos. Agora para a segunda volta Ramos-Horta é o favorito, já que cinco dos seis candidatos que se ficaram pela primeira volta decidiram apoiar o actual Primeiro-Ministro. Além de uma luta entre duas personalidades bem conhecidas dos timorenses, é a primeira de uma série de eleições entre dois partidos que se detestam mutuamente: a Fretilin, de Mari Alkatiri, e o recente CNRT, de Xanana, que disputarão no final de Junho as legislativas.
Ramos-Horta promete distribuir riqueza pelos mais pobres e prosseguir o crescimento económico (cerca de 30% este ano) do mais pobre país asiático do Mundo. Não deseja o secularismo europeu, mas sim um modelo onde o poder temporal e espiritual estão em diálogo permanente, o que me deixa reticente. Deseja ainda uma presidencialização do regime. Lu-Olo quer resolver os problemas de segurança e corrupção, quer mais diálogo e quer manter os poderes do Presidente tal como estão actualmente.
Numa democracia imberbe, num país onde os candidatos têm imensos problemas em fazer uma simples declaração de rendimentos, numa nação onde os negócios petrolíferos são tratados de uma forma nem sempre transparente, qualquer eleição democrática deve ser saudada, mas ao mesmo tempo acompanhada com muita cautela.
<< Home