RE: UE "chocada" com a repressão de manifestantes na Turquia (II)
Penso que há factos que deixam qualquer um optimista:
1. O anúncio de eleições por parte do Presidente egípcio, Hosni Mubarak, juntamente com as manifestações que se têm repetido no Cairo, com pessoas a gritar "não a Mubarak" (algo inconcebível há apenas alguns meses);
2. O rei Mohammed VI, de Marrocos (que sucedeu ao seu pai, Hassan II, em 1999) iniciou uma série de reformas: autorizou a participação política de partidos islamistas moderados, libertou prisioneiros políticos (mesmo do regime do seu pai), liberalizou um pouco a economia. Hoje, que é dia internacional da mulher, até vale a pena referir o crescimento do número de mulheres no Parlamento: passou de 3 para 38, em apenas 5 anos…
3. A Arábia Saudita deu um (pequeno) passo com a realização de eleições para alguns conselhos municipais (limitado pois as mulheres estavam impedidas de votar e de ser candidatas). Recorde-se que há uma década o Rei dizia que nunca iria haver eleições no seu país.
4. A Líbia comprometeu-se, em 2003, a desistir do seu programa de armas de destruição maciça, e assumiu a responsabilidade do ataque de Lockerbie.
5. Este ano o Qatar irá a votos e entrará em vigor a Constituição aprovada em 2003, criando um parlamento de 45 deputados (30 eleitos e 15 seleccionados pelo emir).
6. Na Jordância decorreram as primeiras eleições parlamentares sob o reinado de Abdullah II em Junho de 2003.
Ninguém diz que está tudo bem, muito antes pelo contrário, isto são apenas pequeníssimos passos em países onde a maior parte das coisas ainda corre mal, mas devo reafirmar que me sinto um pouco mais optimista. Como titula a revista The Economist desta semana: “Something stirs in the Middle East” (algo se move no Médio Oriente)… e move-se para o bom caminho, parece-me.
1. O anúncio de eleições por parte do Presidente egípcio, Hosni Mubarak, juntamente com as manifestações que se têm repetido no Cairo, com pessoas a gritar "não a Mubarak" (algo inconcebível há apenas alguns meses);
2. O rei Mohammed VI, de Marrocos (que sucedeu ao seu pai, Hassan II, em 1999) iniciou uma série de reformas: autorizou a participação política de partidos islamistas moderados, libertou prisioneiros políticos (mesmo do regime do seu pai), liberalizou um pouco a economia. Hoje, que é dia internacional da mulher, até vale a pena referir o crescimento do número de mulheres no Parlamento: passou de 3 para 38, em apenas 5 anos…
3. A Arábia Saudita deu um (pequeno) passo com a realização de eleições para alguns conselhos municipais (limitado pois as mulheres estavam impedidas de votar e de ser candidatas). Recorde-se que há uma década o Rei dizia que nunca iria haver eleições no seu país.
4. A Líbia comprometeu-se, em 2003, a desistir do seu programa de armas de destruição maciça, e assumiu a responsabilidade do ataque de Lockerbie.
5. Este ano o Qatar irá a votos e entrará em vigor a Constituição aprovada em 2003, criando um parlamento de 45 deputados (30 eleitos e 15 seleccionados pelo emir).
6. Na Jordância decorreram as primeiras eleições parlamentares sob o reinado de Abdullah II em Junho de 2003.
Ninguém diz que está tudo bem, muito antes pelo contrário, isto são apenas pequeníssimos passos em países onde a maior parte das coisas ainda corre mal, mas devo reafirmar que me sinto um pouco mais optimista. Como titula a revista The Economist desta semana: “Something stirs in the Middle East” (algo se move no Médio Oriente)… e move-se para o bom caminho, parece-me.
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