20.6.05

RE: Concorrência chinesa (XII)

Amigo Carlos,

Eu nunca disse que a China não ia ser um concorrente nas áreas de valor acrescentado. Vai ser, e vai ser um concorrente de peso. E isso ainda nos obriga a investir mais e mais nas marcas, nas novas tecnologias, enfim, na diferenciação. Porque, em relação a tudo o que seja assente em mão-de-obra, digo e repito: esse campeonato já está mais que perdido. Temos é de tentar nos outros, tendo porém a certeza de que a China vai ser sempre um adversário temível. Meu amigo, eu estou do teu lado da barricada. Percebo os teus receios, infelizmente bem fundados. Só te gostava de perguntar: qual a tua ideia para tentar debelar o problema?

E em relação às divisões da IBM, tens toda a razão (a empresa é a Lenovo, penso – apontem!:)). Essa é a prova que não é só nos têxteis que nos temos de pôr a pau. Cada vez há mais capital em terras asiáticas (eles deram 1,25 mil milhões de dólares pelo negócios dos computadores da IBM, metade do qual em “cash”!)...

Como eu dizia, em tom de brincadeira (por ora), este fim-de-semana em conversa com alguns amigos: o melhor é começarmos a falar chinês. Há que precaver o futuro! (suspiro…)

Abraço forte.