22.9.05

Fátima Felgueiras libertada doze horas depois de regressar a Portugal

Fátima Felgueiras manteve, nos últimos meses, contactos com a cúpula do PS, que serviram para concertar as condições do regresso a Portugal, a par de algumas garantias recíprocas. Ontem, regressou do Brasil, esteve detida durante algumas horas, mas acabou por sair em liberdade ao princípio da noite. Pouco depois, anunciava a sua candidatura à Câmara de Felgueiras.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=09&d=22&uid=&id=40115&sid=4497

Comentário: Toda esta historieta da Fátima Felgueiras é, para mim, escandalosa. Considero vergonhoso que um político corrupto, acusado de peculato e de abuso de poderes, foragido à Justiça (o que apenas confirma que é mesmo culpado – não vale a pena, neste caso, virem-me com a história da “presunção de inocência” – neste caso, repito, não cola!), seja liberto 12 horas depois de regressar a Portugal (depois de 2 anos e meio “escondida” no Brasil) e, ainda!, ser candidato a uma Câmara – lugar onde, aliás, cometeu os crimes de que é acusado. Como é isto possível num país (dito) civilizado e, pior, como é possível que esta criminosa (sem o prefixo putativo) ainda seja levada em ombros pelo “seu povo”? E que raio de combinações existem nos meandros da Justiça que permitem que esta senhora consiga, primeiro, fugir do país e, depois, ter as “regalias” que teve nesta sua vinda? Como é possível existir uma promiscuidade tão grande entre certos magistrados, polícia judiciária e criminosos que permitem estas situações?
As eleições autárquicas vão servir para perceber de que lado se coloca o povo. Se forem eleitas pessoas abjectas como Fátima Felgueiras e Avelino Ferreira Torres, eu chego à conclusão que Portugal não tem solução possível – e a culpa não é dos políticos, é mesmo dos portugueses. E, aí, a minha vontade é fazer como a felgueirense, e fugir do país!