Justiça entra em greve e assume ruptura com a tutela
Juízes, magistrados do Ministério Público, funcionários judiciais, pessoal administrativo e auxiliar da Polícia Judiciária, funcionários dos registos e notariado e quadros técnicos do Estado reagem a uma só voz e acusam o Governo de prepotência e autoritarismo. O sector da justiça começou ontem a ser atingido por greves. Por Tânia Laranjo
Foi há quase 20 anos (1986) que os magistrados do Ministério Público entraram em greve pela primeira vez. Pararam durante dois dias, mas o ambiente na justiça estava longe de ser tão quente como hoje, quando a crispação é evidente. A uma voz, todos protestam nas greves que principiaram ontem e se prolongam pelos próximos dias. Os juízes, os magistrados do Ministério Público, os funcionários judiciais, os técnicos, administrativos e auxiliares da Polícia Judiciária, os funcionários dos registos e notariado, os quadros técnicos do Estado afectos à justiça. Acusam o Governo de arrogância e prepotência e recebem como resposta que só temem discutir o fim dos "privilégios" e que, com a greve, estão a desprestigiar a justiça.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=10&d=25&uid=&id=45512&sid=5081
Comentário: No nosso país os sectores mais reivindicativos são os que detêm mais poder. Os juízes e outros magistrados fazem greve, em prejuízo da mais que paralisada justiça. Os médicos fazem greve, em prejuízo dos doentes. Os professores fazem greve, em prejuízo dos alunos. E todos o fazem, não para tentar melhorar o país, mas apenas para não perderem as regalias que têm neste momento – ou para exigir ainda mais.
Entretanto, os mais pobres, os desempregados, os deficientes, os excluídos, enfim, aqueles que não têm poderes de exigir, vão assistindo estupefactos aos pedidos dos, para eles, “ricos”. Também nestas manifestações se pode verificar a incongruência dos sindicatos – eles não apoiam e defendem os que mais necessitam, eles apoiam a sua corporação, defendem o seu umbigo. Não é altruísmo, como fazem crer. É puro egoísmo.
Foi há quase 20 anos (1986) que os magistrados do Ministério Público entraram em greve pela primeira vez. Pararam durante dois dias, mas o ambiente na justiça estava longe de ser tão quente como hoje, quando a crispação é evidente. A uma voz, todos protestam nas greves que principiaram ontem e se prolongam pelos próximos dias. Os juízes, os magistrados do Ministério Público, os funcionários judiciais, os técnicos, administrativos e auxiliares da Polícia Judiciária, os funcionários dos registos e notariado, os quadros técnicos do Estado afectos à justiça. Acusam o Governo de arrogância e prepotência e recebem como resposta que só temem discutir o fim dos "privilégios" e que, com a greve, estão a desprestigiar a justiça.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=10&d=25&uid=&id=45512&sid=5081
Comentário: No nosso país os sectores mais reivindicativos são os que detêm mais poder. Os juízes e outros magistrados fazem greve, em prejuízo da mais que paralisada justiça. Os médicos fazem greve, em prejuízo dos doentes. Os professores fazem greve, em prejuízo dos alunos. E todos o fazem, não para tentar melhorar o país, mas apenas para não perderem as regalias que têm neste momento – ou para exigir ainda mais.
Entretanto, os mais pobres, os desempregados, os deficientes, os excluídos, enfim, aqueles que não têm poderes de exigir, vão assistindo estupefactos aos pedidos dos, para eles, “ricos”. Também nestas manifestações se pode verificar a incongruência dos sindicatos – eles não apoiam e defendem os que mais necessitam, eles apoiam a sua corporação, defendem o seu umbigo. Não é altruísmo, como fazem crer. É puro egoísmo.
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