"Quebra de confiança política" afasta director nacional da PJ
A reunião em que ficou resolvida a saída do director da PJ não demorou mais de 15 minutos e terminou sem que ficasse claro se este se demitiu ou se foi demitido. Por Paula Torres de Carvalho e Ricardo Dias Felner
Nem ministro, nem director da PJ quiseram ficar a perder na reunião de ontem, no Ministério da Justiça, marcada para decidir o futuro da direcção nacional daquela polícia. Foi um jogo quase infantil em que o ex-director da PJ se demitiu e foi demitido. O ministro da Justiça queria demitir o juiz Santos Cabral, mostrando-se no controlo da situação; Santos Cabral queria demitir-se, dando a entender que fora ele que assumira a ruptura em nome dos ideais que defendia.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=04&d=04&uid=&id=71801&sid=7861
Comentário: Uma luta entre Costas. Alberto Costa, Ministro da Justiça, quer controlar as forças policiais. António Costa, Ministro da Administração Interna, disputa esse mesmo controlo. Parecem prosseguir as tentativas de governamentalização da área da Justiça. Desta forma o relacionamento do Governo com polícias e magistraturas vai continuando bem tenso. Entretanto, a instabilidade na Policia Judiciária prossegue a bom ritmo. Sem dinheiro e a perder competências, a PJ vai sendo, lentamente, exaurida. Uma situação preocupante.
Nem ministro, nem director da PJ quiseram ficar a perder na reunião de ontem, no Ministério da Justiça, marcada para decidir o futuro da direcção nacional daquela polícia. Foi um jogo quase infantil em que o ex-director da PJ se demitiu e foi demitido. O ministro da Justiça queria demitir o juiz Santos Cabral, mostrando-se no controlo da situação; Santos Cabral queria demitir-se, dando a entender que fora ele que assumira a ruptura em nome dos ideais que defendia.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=04&d=04&uid=&id=71801&sid=7861
Comentário: Uma luta entre Costas. Alberto Costa, Ministro da Justiça, quer controlar as forças policiais. António Costa, Ministro da Administração Interna, disputa esse mesmo controlo. Parecem prosseguir as tentativas de governamentalização da área da Justiça. Desta forma o relacionamento do Governo com polícias e magistraturas vai continuando bem tenso. Entretanto, a instabilidade na Policia Judiciária prossegue a bom ritmo. Sem dinheiro e a perder competências, a PJ vai sendo, lentamente, exaurida. Uma situação preocupante.
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