RE: Rui Rio acaba com os subsídios na Câmara Municipal do Porto (III)
(quinhentos anos depois da notícia)
Pois eu acho bem que se revejam os subsídios, dado que vão sempre para a mesma cultura e a viciam, ao ponto de se fazer arte por medida conforme o montante (fixo) dos subsídios. É mau para a criatividade e cria bolor.
Mas se entregarmos o problema ao mercado sem mais, é inevitável a floribellização da cultura. Cultura e entretenimento passam a sinónimos. E ocupação dos tempos livres. Não é possível raciocinar assim e querer ser um português com auto-estima ao mesmo tempo.
Deixa de haver política cultural? Poupava-se um Ministério, é verdade.
Eu acho que há que gastar dinheiro na cultura. Protegê-la MINIMAMENTE do mercado - ou seja, gastar algum dinheiro em alguns fracassos comerciais. Eheh. Escolhê-los bem e pimba: lá foram mil contos para quatro japoneses em Portugal ouvirem duas horas de música minimal repetitiva. Assim poderemos continuar a não achar o Pollock nada de especial sem que, por isso, dois ou três Pollocks que haja no presente acabem todos atrás de um balcão (eu de mil euros para cima deixo de perceber o dinheiro, quanto mais 140 milhões de dólares, mas ó Fernando: não te deixo tratares assim o Pollock).
De resto: acho bem, e corajoso, que se tire a mama à subsídio-dependência. Mas acho completamente vergonhosa e inaceitável a específica sequência de acontecimentos em que se insere esta medida.(Kiki)
Pois eu acho bem que se revejam os subsídios, dado que vão sempre para a mesma cultura e a viciam, ao ponto de se fazer arte por medida conforme o montante (fixo) dos subsídios. É mau para a criatividade e cria bolor.
Mas se entregarmos o problema ao mercado sem mais, é inevitável a floribellização da cultura. Cultura e entretenimento passam a sinónimos. E ocupação dos tempos livres. Não é possível raciocinar assim e querer ser um português com auto-estima ao mesmo tempo.
Deixa de haver política cultural? Poupava-se um Ministério, é verdade.
Eu acho que há que gastar dinheiro na cultura. Protegê-la MINIMAMENTE do mercado - ou seja, gastar algum dinheiro em alguns fracassos comerciais. Eheh. Escolhê-los bem e pimba: lá foram mil contos para quatro japoneses em Portugal ouvirem duas horas de música minimal repetitiva. Assim poderemos continuar a não achar o Pollock nada de especial sem que, por isso, dois ou três Pollocks que haja no presente acabem todos atrás de um balcão (eu de mil euros para cima deixo de perceber o dinheiro, quanto mais 140 milhões de dólares, mas ó Fernando: não te deixo tratares assim o Pollock).
De resto: acho bem, e corajoso, que se tire a mama à subsídio-dependência. Mas acho completamente vergonhosa e inaceitável a específica sequência de acontecimentos em que se insere esta medida.(Kiki)
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