RE: Saddam Hussein condenado à morte por enforcamento (II)
Compreendo totalmente as tuas palavras, Luis, e compreendo também a revolta das pessoas – familiares e amigos das vítimas – que sofrem por causa dos actos hediondos destes assassinos. No entanto a minha posição de princípio mantém-se. Eu não sei como reagiria se acontecesse algo a alguém meu próximo, sou-te sincero, mas raciocinando racionalmente, num momento sereno, acho que a melhor resposta a um assassino é exactamente fazer o contrário do que o assassino fez. Ao seu acto de matar, responderia não matando.
Além disso há o problema – quanto a mim até mais grave – da justiça não ser perfeita. Repara que na tua resposta assumes que o condenado é mesmo o assassino. Agora pensa na miríade de pessoas que foram condenadas à morte, e que mais tarde se veio a saber que o foram injustamente. A pena capital é definitiva. Não é possível corrigir um erro se a condenação for à morte.
Além disso há o problema – quanto a mim até mais grave – da justiça não ser perfeita. Repara que na tua resposta assumes que o condenado é mesmo o assassino. Agora pensa na miríade de pessoas que foram condenadas à morte, e que mais tarde se veio a saber que o foram injustamente. A pena capital é definitiva. Não é possível corrigir um erro se a condenação for à morte.
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