23.1.07

Bush promete estratégia ambiciosa para combater aquecimento global

O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, vai usar o seu discurso sobre o Estado da União desta noite para anunciar algumas mudanças radicais nas suas políticas de energia e ambiente, através de uma nova e "ambiciosa" estratégia nacional para combater o aquecimento global e promover a independência energética do país. Por Rita Siza, Washington
Exactamente um ano depois de ter proclamado que "a América vive viciada em petróleo", o Presidente dos EUA vai avançar novas iniciativas destinadas a reduzir a dependência americana das importações petrolíferas de países politicamente instáveis. Segundo antecipou o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, George W. Bush vai repetir aos americanos que a dependência energética constitui uma das maiores ameaças à defesa nacional, defendendo que o seu plano de promoção do recurso às energias alternativas ultrapassa a questão ambiental e é um aspecto essencial da política de segurança.

In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2007&m=01&d=23&uid={3B373FAC-24F4-472C-A435-A0A00BB77948}&id=117905&sid=13066

Comentário: Os EUA, o país com maiores responsabilidades pelo aquecimento global do nosso planeta, parecem decidir finalmente apostar a sério na promoção das energias renováveis e em aumentar a eficiência dos combustíveis para a indústria automóvel. Num país onde os cidadãos são “viciados” em carros desportivos SUV “sugadores” de combustível e onde o Presidente rejeita a ratificação do Protocolo de Quioto, é muito positiva esta procura da eficiência energética e aposta na inovação em energias alternativas.
Além do questão ambiental, o problema é também de segurança. Os EUA, tal como a Europa, estão cada vez mais dependentes do petróleo importado das regiões mais instáveis do Mundo, por isso a segurança energética (através da diversificação de fontes e de países fornecedores) é uma questão actualmente essencial para estes dois blocos.
É opinião (quase) unânime na comunidade científica que o Homem está a alterar o clima, e que isso poderá ter consequências catastróficas no futuro. É de saudar que a maior potência mundial comece a levar este assunto mais a sério.