9.3.07

Re: Juízes dizem que novo regime de férias não trouxe "ganhos de produtividade" (XII)

Fernando,

É precisamente isso que se passa em Portugal nas férias judiciais: os processos urgentes correm ininterruptamente, quer em férias judiciais quer em feriados e mesmo fins de semana!
Exemplos: procedementos cautelares, processos crime com arguidos presos, processos sobre menores, processos fiscais, etc.
Como é costume dizer-se, Portugal tem boas leis, ao nível dos melhores países, é preciso é aplicá-las.

Eu próprio, como advogado, já fiz muito trabalho urgente, nos tribunais, nas férias e mesmo ao fim-de-semana, com juízes e funcionários que estavam de turno a assegurar esse serviço!

Por isso é injusta a imagem demagógica que passou para o público acerca das férias, como se os profissionais da justiça fossem cidadãos acima dos outros que em vez de 22 ou 25 dias de férias tinham 2 meses!

Como disseste, tenho pena que o tempo que me sobrava além dos tais 22 dias que qualquer cidadão e ser humano devia gozar de férias, não dê para pôr em dia o trabalho pendente que não é possível fazer com os prazos a correr em todos os processos.

Este era o interesse das férias: muitos processos complicados eram despachados nas férias, e em Setembro ficava tudo em dia.

Assim é mais popular. Paciência...(Faber)