Blair quits: 'I did what I thought was right'
Tony Blair announced his resignation as Labour leader today among the people who first sent him to Westminster almost a quarter of a century ago and mounted a passionate, personal defence of his record during a decade in Downing Street.
In an emotional speech to activists at the Trimdon Labour Club in his Sedgefield constituency - where he launched his own Labour leadership campaign 13 years ago and celebrated his three general election victories - Mr Blair said that he would formally tender his resignation as Prime Minister to the Queen on June 27.
In The Times
Comentário: Tony Blair foi um bom Primeiro-Ministro. Conseguiu que a economia do Reino Unido se mantivesse forte e pujante durante 10 anos consecutivos, contendo a inflação e conseguindo o maior período de crescimento económico das últimas décadas (muitos dizem que ele apenas aproveitou o legado de Thatcher, o que também é verdade mas não lhe diminui o valor). Aumentou a qualidade da generalidade dos serviços públicos britânicos. Diminuiu o desemprego. Os salários aumentaram consideravelmente. Teve um papel decisivo na Irlanda do Norte, onde finalmente a paz chegou e a normalidade democrática parece seguir o seu rumo. Manteve, como é tradição britânica, a ligação especial com os EUA. Teve uma política – desta vez ao contrário da tradição – pró-europeia. É um excelente orador, um tribuno brilhante, como o atesta o seu discurso de despedida. Frases como “Hand on heart, I did what I thought was right” ou “I give my thanks to you, the British people, for the times that I have succeeded, and my apologies to you for the times I have fallen short. But good luck” com que fechou o discurso de resignação, demonstram a elevação do seu carácter e o seu carisma.
No seu currículo fica, também, a guerra do Iraque. Para muitos foi mesmo esta a única nódoa no seu percurso.
Compreendo a sua intenção de deixar o cargo – ele acha que 10 anos no poder é o suficiente, e que mais seria “demais para si e para o país”. Mas não posso concordar com o facto de um político deixar um mandato a meio, e designar um sucessor sem eleições. Não está em questão a legitimidade e legalidade do acto, dado que o voto nas legislativas é um voto no partido – foi o Labour que ganhou. Mas a verdade é que os eleitores tendem a votar mais num candidato a Primeiro-Ministro do que num partido, geralmente.
Acredito que o nome de Tony Blair ficará, na História, indelevelmente ligado ao Iraque e ao seu apoio a Bush, mas acredito também que o legado positivo que deixou no seu país (e na Europa) poderá servir de exemplo a uma nova geração de políticos europeus. E seria, de facto, na minha opinião, um bom exemplo.
In an emotional speech to activists at the Trimdon Labour Club in his Sedgefield constituency - where he launched his own Labour leadership campaign 13 years ago and celebrated his three general election victories - Mr Blair said that he would formally tender his resignation as Prime Minister to the Queen on June 27.
In The Times
Comentário: Tony Blair foi um bom Primeiro-Ministro. Conseguiu que a economia do Reino Unido se mantivesse forte e pujante durante 10 anos consecutivos, contendo a inflação e conseguindo o maior período de crescimento económico das últimas décadas (muitos dizem que ele apenas aproveitou o legado de Thatcher, o que também é verdade mas não lhe diminui o valor). Aumentou a qualidade da generalidade dos serviços públicos britânicos. Diminuiu o desemprego. Os salários aumentaram consideravelmente. Teve um papel decisivo na Irlanda do Norte, onde finalmente a paz chegou e a normalidade democrática parece seguir o seu rumo. Manteve, como é tradição britânica, a ligação especial com os EUA. Teve uma política – desta vez ao contrário da tradição – pró-europeia. É um excelente orador, um tribuno brilhante, como o atesta o seu discurso de despedida. Frases como “Hand on heart, I did what I thought was right” ou “I give my thanks to you, the British people, for the times that I have succeeded, and my apologies to you for the times I have fallen short. But good luck” com que fechou o discurso de resignação, demonstram a elevação do seu carácter e o seu carisma.
No seu currículo fica, também, a guerra do Iraque. Para muitos foi mesmo esta a única nódoa no seu percurso.
Compreendo a sua intenção de deixar o cargo – ele acha que 10 anos no poder é o suficiente, e que mais seria “demais para si e para o país”. Mas não posso concordar com o facto de um político deixar um mandato a meio, e designar um sucessor sem eleições. Não está em questão a legitimidade e legalidade do acto, dado que o voto nas legislativas é um voto no partido – foi o Labour que ganhou. Mas a verdade é que os eleitores tendem a votar mais num candidato a Primeiro-Ministro do que num partido, geralmente.
Acredito que o nome de Tony Blair ficará, na História, indelevelmente ligado ao Iraque e ao seu apoio a Bush, mas acredito também que o legado positivo que deixou no seu país (e na Europa) poderá servir de exemplo a uma nova geração de políticos europeus. E seria, de facto, na minha opinião, um bom exemplo.
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