22.6.05

Re: Paralisação dos professores com pouco impacte nos exames nacionais (I)

Só gostava de saber com que cara os professores grevistas se apresentarão no primeiro dia de aulas do próximo ano lectivo perante os seus alunos que foram impedidos de realizar os exames. Será que lhes vão pedir outra vez o empenho necessário durante o ano com vista, designadamente, à boa preparação para o exame final (como faziam no meu tempo)? E será que os alunos vão estar motivados nesse sentido?

O mais pernicioso nisto tudo é que os professores que estão em condições de fazer grave e a fazem são precisamente aqueles que nenhuma razão têm para tal, sendo, neste caso, tal greve um exercício obsceno: refiro-me aos professores no topo (ou quase) da carreira, que dão seis, oito, dez horas - no máximo - de aulas por semana, que têm um ou dois dias livres por semana, que podem ter 4 ou 5 meses de férias por ano e que - talvez vencidos pelo cansaço - se reformam ao 55 anos (por enquanto...) com 400 ou 500 contos de pensão, quase 10 vezes a utópica pensão da Campanha Sócrates (300 euritos...).

Não há vergonha!
(Faber)