23.3.06

Proteccionismo e lideranças frágeis ensombram reunião dos Vinte e Cinco

Na reunião de dois dias que hoje principia em Bruxelas, a definição de uma estratégia comum de energia para os Vinte e Cinco poderá ser travada por uma questão política essencial: a extrema fragilidade de alguns líderes. E essa mesma fragilidade alimenta riscos de confronto não tão pequenos como isso.Por Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
As esperanças de evitar um confronto entre os lideres da União Europeia (UE) na cimeira de hoje e amanhã em Bruxelas em torno das suas diferentes concepções sobre o papel do mercado na economia estão em risco de cair por terra devido à obstinação da Itália em denunciar os comportamentos proteccionistas de alguns governos.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=03&d=23&uid=&id=69691&sid=7647

Comentário: Todos os governos lançam loas à livre concorrência, à abertura dos mercados, mas depois, na prática, muitos fazem exactamente o contrário. A França, ao prever uma tentativa de compra duma companhia sua (na realidade, franco-belga), a Suez, por uma companhia italiana, tratou do assunto: juntou a Gás de France à Suez, e isso impediu a compra da mesma pelos italianos da Enel. Protectionnisme français… A Alemã E.On tentou comprar a empresa espanhola Endesa e logo o governo de Zapatero se mostrou contra o negócio, pois considera que esta empresa se deve manter em mãos pátrias. Proteccionismo español… Em Portugal duas empresas portuguesas lançaram OPA a outras duas empresas nacionais. Como reagiria Sócrates se surgisse uma outra OPA, desta vez estrangeira, sobre uma grande empresa nacional?