14.7.06

Razia nos exames de Química e Física leva a alterações no concurso de acesso ao superior

Com 5,9 valores, um dos exames de Matemática mantém recorde da média mais baixa e de reprovações
É difícil saber se o problema está nos novos programas sujeitos pela primeira vez a exame nacional do 12.º ano, nos testes, na falta de preparação dos alunos ou no ensino. Por agora conhecem-se apenas os resultados inesperados a duas disciplinas em particular: a média da prova 642 de Química foi de 6,9 valores (numa escala de 0 a 20) e a da 615 de Física ficou-se nos 7,7.Por causa destas notas, "muito inferiores ao verificado no ano passado, bem como ao verificado este ano nas provas relativas ao programa antigo das mesmas disciplinas", o Ministério da Educação (ME) decidiu ontem mudar algumas regras: os alunos podem voltar a fazer estas duas provas - 642 e 615 - na 2.ª fase dos exames (de 19 a 25 deste mês) e, mesmo assim, candidatar-se à 1ª fase do concurso de acesso ao superior, ao contrário do que é habitual.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=07&d=14&uid=&id=88850&sid=9675

Comentário:
Se o Ministério da Educação não tivesse tomado esta medida, as universidades e politécnicos que oferecem cursos na área da ciência e tecnologia ficavam às moscas. A média de Química é especialmente preocupante, porque não costuma ser tão baixa (desceu 4 pontos desde o ano passado). Será que o problema é exclusivo da mudança de programas? Ou será que a qualidade dos discentes é cada vez mais baixa?
Outro problema é que agora os alunos que tiveram má nota a outras disciplinas também querem repetir o exame. Parece-me justo, mesmo que não haja a justificação do programa ser novo. A verdade é que, se alguns alunos vão ter duas oportunidades, parece-me curial que todos os outros também as possam ter.