Eleições sérvias deixam o campo democrático ainda mais dividido
Os ultranacionalistas tiveram uma vitória simbólica e os partidos pró-europeus a maioria absoluta. Mas nada garante a sua unidade
Os ultranacionalistas do Partido Radical Sérvio (SRS) confirmaram o primeiro lugar nas eleições legislativas de domingo, enquanto o conjunto dos partidos democráticos obteve uma maioria absoluta no Parlamento. A UE e os EUA apelaram à rápida formação de um governo "pró-europeu" mas a maioria democrática é ilusória, com profundas divisões sobre o Kosovo, o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ), as reformas económicas ou a política europeia. O árbitro da situação poderá ser o primeiro-ministro, Vojislav Kostunica.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2007&m=01&d=23&uid={3B373FAC-24F4-472C-A435-A0A00BB77948}&id=117985&sid=13073
Comentário: Uma má e uma boa notícia nas eleições sérvias. Má notícia: o Partido Radical, ultranacionalista, ficou em primeiro lugar nas eleições. Infelizmente há ainda muitos sérvios a votar nos populistas do SRS. Relembre-se que o seu líder está preso, em Haia, por crimes contra a Humanidade, e que este partido deseja (aliás como outros, e como grande parte da população) anexar o Kosovo tornando-o de novo parte da Sérvia (actualmente a administração do território está entregue às Nações Unidas), esquecendo a vontade da maioria da população, os seus 2 milhões de albaneses, que desejam independência. Boa notícia: os partidos democráticos pró-europeus conseguiram a maioria absoluta no Parlamento. Como desatar agora este nó górdio? Só mesmo se os partidos democráticos esquecerem as suas diferenças e se unirem para a formação de um governo (recorde-se que eles já se uniram quando o objectivo comum era destituir Milosevic). Mas todos sabemos que, em política, isso é normalmente muito complicado.
Os ultranacionalistas do Partido Radical Sérvio (SRS) confirmaram o primeiro lugar nas eleições legislativas de domingo, enquanto o conjunto dos partidos democráticos obteve uma maioria absoluta no Parlamento. A UE e os EUA apelaram à rápida formação de um governo "pró-europeu" mas a maioria democrática é ilusória, com profundas divisões sobre o Kosovo, o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPIJ), as reformas económicas ou a política europeia. O árbitro da situação poderá ser o primeiro-ministro, Vojislav Kostunica.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2007&m=01&d=23&uid={3B373FAC-24F4-472C-A435-A0A00BB77948}&id=117985&sid=13073
Comentário: Uma má e uma boa notícia nas eleições sérvias. Má notícia: o Partido Radical, ultranacionalista, ficou em primeiro lugar nas eleições. Infelizmente há ainda muitos sérvios a votar nos populistas do SRS. Relembre-se que o seu líder está preso, em Haia, por crimes contra a Humanidade, e que este partido deseja (aliás como outros, e como grande parte da população) anexar o Kosovo tornando-o de novo parte da Sérvia (actualmente a administração do território está entregue às Nações Unidas), esquecendo a vontade da maioria da população, os seus 2 milhões de albaneses, que desejam independência. Boa notícia: os partidos democráticos pró-europeus conseguiram a maioria absoluta no Parlamento. Como desatar agora este nó górdio? Só mesmo se os partidos democráticos esquecerem as suas diferenças e se unirem para a formação de um governo (recorde-se que eles já se uniram quando o objectivo comum era destituir Milosevic). Mas todos sabemos que, em política, isso é normalmente muito complicado.
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