Um acordo sobre energias renováveis volta a mobilizar a União Europeia
Líderes da UE assumem primeiros passos de futura política energética capaz de os colocar na vanguarda do combate às alterações climáticas
a Depois de dois anos de quase paralisia em resultado do fracasso do projecto de Constituição e das dificuldades económicas, a União Europeia (UE) afirmou ontem a sua determinação de voltar a pôr-se em movimento em torno de um novo projecto concreto.Durante uma cimeira de dois dias, em Bruxelas, os chefes de Estado ou de Governo dos Vinte e Sete aprovaram um vasto programa para o lançamento de uma política energética com que pretendem liderar o debate mundial sobre o clima.As decisões tomadas incluem uma redução de 20 por cento das emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa em 2020 face aos valores de 1990, compromisso que poderá aumentar para 30 por cento no quadro de um acordo global sobre o futuro do Protocolo de Quioto para a redução dos gases responsáveis pelo efeito de estufa, sobretudo o CO2.
In Público, Secção Mundo
Comentário: O programa aprovado ontem pelo Conselho Europeu é, na realidade, bastante ambicioso. O objectivo principal é reduzir em 20% as emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa até 2020 (em relação a 1990). Recorde-se que o Protocolo de Quioto espera alcançar uma redução de 8% até 2012. A União até oferece uma cenoura para ver se cativa outros países a juntarem-se ao grupo: promete uma redução de 30% se os EUA, China, Índia e outros países resolverem fazer um acordo global. Mas há mais: naquela data 20% de todas as energias terão de ser renováveis, e 10% dos transportes deverão estar a utilizar biocombustível.
Este acordo é bom, claro, mas será apenas exequível se os outros grandes poluidores do Mundo resolverem participar. Se os EUA e a China, por exemplo, não quiserem acordar nada de semelhante, a UE não poderá cumprir estas metas, já que o esforço económico e financeiro só é factível se for global. Não pode ser só a Europa a suportar tamanho fardo.
Como ontem escrevia o Financial Times, os 27 países da UE concordaram em alguma coisa. Só isso já não é mau! Mas é de facto muito positivo que a Europa tenha tomado a iniciativa. A população mundial está preocupada com o nosso planeta, e o ambiente é hoje um assunto do top político. Se os grandes poluidores assumirem uma atitude responsável, a História registará que o primeiro passo foi dado por nós. Assim seja.
a Depois de dois anos de quase paralisia em resultado do fracasso do projecto de Constituição e das dificuldades económicas, a União Europeia (UE) afirmou ontem a sua determinação de voltar a pôr-se em movimento em torno de um novo projecto concreto.Durante uma cimeira de dois dias, em Bruxelas, os chefes de Estado ou de Governo dos Vinte e Sete aprovaram um vasto programa para o lançamento de uma política energética com que pretendem liderar o debate mundial sobre o clima.As decisões tomadas incluem uma redução de 20 por cento das emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa em 2020 face aos valores de 1990, compromisso que poderá aumentar para 30 por cento no quadro de um acordo global sobre o futuro do Protocolo de Quioto para a redução dos gases responsáveis pelo efeito de estufa, sobretudo o CO2.
In Público, Secção Mundo
Comentário: O programa aprovado ontem pelo Conselho Europeu é, na realidade, bastante ambicioso. O objectivo principal é reduzir em 20% as emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa até 2020 (em relação a 1990). Recorde-se que o Protocolo de Quioto espera alcançar uma redução de 8% até 2012. A União até oferece uma cenoura para ver se cativa outros países a juntarem-se ao grupo: promete uma redução de 30% se os EUA, China, Índia e outros países resolverem fazer um acordo global. Mas há mais: naquela data 20% de todas as energias terão de ser renováveis, e 10% dos transportes deverão estar a utilizar biocombustível.
Este acordo é bom, claro, mas será apenas exequível se os outros grandes poluidores do Mundo resolverem participar. Se os EUA e a China, por exemplo, não quiserem acordar nada de semelhante, a UE não poderá cumprir estas metas, já que o esforço económico e financeiro só é factível se for global. Não pode ser só a Europa a suportar tamanho fardo.
Como ontem escrevia o Financial Times, os 27 países da UE concordaram em alguma coisa. Só isso já não é mau! Mas é de facto muito positivo que a Europa tenha tomado a iniciativa. A população mundial está preocupada com o nosso planeta, e o ambiente é hoje um assunto do top político. Se os grandes poluidores assumirem uma atitude responsável, a História registará que o primeiro passo foi dado por nós. Assim seja.
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