11.5.05

RE: Avaliação externa das universidades divide responsáveis do ensino superior e politécnico (II)

Já desabafaste, e acho que fizeste muito bem… :)

Concordo com grande parte do que dizes, mas continuo a achar que era muito positivo haver também avaliações externas, de nível internacional. E isto apenas para acabar com os compadrios. Não sei se aí pela Universidade da Madeira já te apercebeste como é que as avaliações funcionam, mas eu já aqui assisti à preparação de uma visita de avaliadores, e devo dizer-te que é mais uma “operação de charme” do que outra coisa qualquer. E ouvem-se coisas do tipo “um dos avaliadores é o sr. X, com quem aqui o Professor Y já colaborou, por isso vai ser o Professor Y a acompanhar os avaliadores”. Já estive, inclusive, numa reunião em que se falava em “mostra-se isto mas não se mostra aquilo, fecha-se este laboratório e colocam-se estas pessoas naqueloutro”.

Repara que eu até confio na idoneidade da maior parte dos avaliadores (há alguns que coloco acima de qualquer suspeita, pois até tenho o prazer de os conhecer – posso dizer-te, por exemplo, que para a nossa área de Telecomunicações temos pessoas com a competência e lhaneza do Eng. Lagarto, nosso ex-“colega” da PTIN :)), e não quero com isto renegar as avaliações nacionais que têm tido muito de positivo. O que eu acho estranho é as Universidades terem receio de ser avaliadas externamente. Quais são as razões? Têm medo de aparecerem resultados que manchem as avaliações “caseiras”?

Por tudo isto, acrescentar uma avaliação externa parece-me positivo. Seria, pelo menos, mais um instrumento de pressão sobre as instituições de ensino superior, no sentido de melhorar a sua capacidade de ensino, o seu nível de investigação, a aptidão dos seus recursos humanos.

Termino fazendo uma última reivindicação: acho que os professores deviam ser aumentados! :) E tenho dito! LOL