15.5.05

RE: Cérebros de homossexuais reagem como os de mulheres (VI)

Vocês não dizem mais, digo então eu... :)

Pego na parte final do que disse o Faber. Achei muito bom o “positivismo” ter sido trazido aqui à discussão. Não creio, no entanto, que o positivismo tenha terminado com as guerras mundiais. De facto o positivismo nasce no século XIX, com Comte, como oposição ao idealismo. A sua base é próxima do empirismo (penso poder dizer-se que o positivismo é um neo-empirismo): qualquer argumento é válido se, e apenas se, puder ser demonstrado experimentalmente. A evolução científica do século XVIII e XIX levou a esta nova filosofia, que colocava de lado, totalmente, qualquer ideia metafísica como explicação de qualquer coisa (cepticismo em relação às teologias…). No final da primeira guerra surge a ideia do Positivismo Lógico, ou neopositivismo, que adiciona à experimentação também a ideia de lógica analítica para explicar um fenómeno à priori.

Mas que tem este divagar filosófico a ver com os homossexuais? Tem tudo a ver, quanto a mim, e por isso agradeço ao Faber se ter lembrado de o incluir na discussão. Ao positivismo do Magalhães (que comungo em grande parte) adiciona o Faber a axiologia, os valores morais e espirituais (que considero serem também imprescindíveis na compreensão da existência). Mas ao mesmo tempo estão ambos de acordo.

Prova-se cientificamente que o cérebro homossexual é “feminino”. Daí ele induzir o “apetite” pelo sexo análogo. Os genes comandam o cérebro que comanda o corpo. A ciência, na sua visão redutoramente infalível (porque assente no método científico) começa a ver o homossexual como um ser mais feminino que masculino. Mas, axiologicamente, o homossexual masculino é um homem, não uma mulher. Será possível conjugar o positivismo com o idealismo?

Proponho uma nova corrente filosófica: o “neo-positivismo-negativo”. Positivismo da parte do Magalhães, com contraponto negativo por parte do Faber. Eu assumo o “neo”.

E mais não digo! :)