16.6.05

RE: Ainda a morte do Cunhal (I)

Esta mensagem do Faber só me dá vontade de dizer uma coisa: graças a Deus que ainda há pessoas politicamente incorrectas!

Sinto a obrigação de sublinhar a corajosa clarividência demonstrada pelo Faber nesta sua análise. Assinaria por baixo este escrito, com duas ou três idiossincráticas intercorrências:

a) Sublinharia a verticalidade, integridade e coerência do defunto, relembrando sempre a sua "impostura democrática";
b) Lembraria a sua importante luta contra a ditadura de Salazar;
c) Lembraria que a sua importância no PREC o responsabiliza também pela má situação económica do país desde 1974 e pelos nosso baixos níveis de desenvolvimento (11 de Março, nacionalizações, horror aos empresários “capitalistas”, horror à ”riqueza” – neste aspecto a bofetada dada por Champalimaud a todos os seus “camaradas” foi genial, e demonstra que a criação de riqueza deve ser um bem inestimável da sociedade, o qual deve ser acarinhado por todos);
d) Sublinharia que o também defunto “companheiro Vasco” foi claramente a marioneta conduzida pela mão de Cunhal (apesar do antigo Primeiro Ministro dizer, num acto demonstrativo da sua total demência de fim(?) de vida, que não tinha qualquer ligação ao PC!);
e) Sublinharia também que Portugal estava hoje muito melhor, se a “revolução de Abril” tivesse sido feita “à espanhola”.

Nada de novo, portanto, em relação ao que Faber disse. Mas fica o reforço (pela redundância) das suas ideias, que compartilho.