Republicanos já falam numa "proto-Nato" para a energia
O impacto das medidas de Bush para conter a escalada dos preços do petróleo durou poucas horas. A ideia de uma aliança dos países consumidores, ao estilo da NATO, está a ser defendida por republicanos
Os mercados financeiros responderam ontem com indiferença às medidas que o Presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou terça-feira para conter a escalada dos preços do petróleo, mas não será essa a próxima reacção se as pretensões republicanas para a criação de uma "proto-NATO para a energia", começando por um cartel de consumidores de petróleo, ganharem espaço nos próximos tempos.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=04&d=27&uid=&id=75652&sid=8273
Comentário: As medidas propostas pelo Presidente dos EUA – suspensão temporária de entregas por parte das petrolíferas para as reservas estratégicas do país (libertando combustível para consumo no mercado), e flexibilização das especificações ambientais – foram totalmente insípidas e não mexeram nada no mercado. Este país consome 25% do petróleo mundial, apesar de apenas contar com 5% da população. E algumas das razões deste consumismo desenfreado são abstrusas, tal como o gosto dos americanos por carros desportivos que “mamam” (não encontro melhor termo!) gasolina que é um disparate (os famosos SUV).
Além dos graves conflitos existentes pelo nosso Mundo (Irão, Iraque, Nigéria, etc.) e dos problemas da refinação, culpa-se ainda a Índia e a China pelo aumento do consumo e consequente aumento do preço do petróleo – o que não deixa de ser verdade. O problema é este: que legitimidade tem um país que consome o que consome, com os tais 5% da população mundial, de falar de outros dois países que totalizam 40% da população mundial e que, para já, “apenas” consomem 12% do petróleo?
É importante acautelar o enorme crescimento económico destes países e o concomitante aumento do consumo de crude, mas é também importante que países como os Estados Unidos tomem medidas que levem a um decréscimo significativo do seu próprio consumo. Senão perdem toda a legitimidade para fazer exigências.
Os mercados financeiros responderam ontem com indiferença às medidas que o Presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou terça-feira para conter a escalada dos preços do petróleo, mas não será essa a próxima reacção se as pretensões republicanas para a criação de uma "proto-NATO para a energia", começando por um cartel de consumidores de petróleo, ganharem espaço nos próximos tempos.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=04&d=27&uid=&id=75652&sid=8273
Comentário: As medidas propostas pelo Presidente dos EUA – suspensão temporária de entregas por parte das petrolíferas para as reservas estratégicas do país (libertando combustível para consumo no mercado), e flexibilização das especificações ambientais – foram totalmente insípidas e não mexeram nada no mercado. Este país consome 25% do petróleo mundial, apesar de apenas contar com 5% da população. E algumas das razões deste consumismo desenfreado são abstrusas, tal como o gosto dos americanos por carros desportivos que “mamam” (não encontro melhor termo!) gasolina que é um disparate (os famosos SUV).
Além dos graves conflitos existentes pelo nosso Mundo (Irão, Iraque, Nigéria, etc.) e dos problemas da refinação, culpa-se ainda a Índia e a China pelo aumento do consumo e consequente aumento do preço do petróleo – o que não deixa de ser verdade. O problema é este: que legitimidade tem um país que consome o que consome, com os tais 5% da população mundial, de falar de outros dois países que totalizam 40% da população mundial e que, para já, “apenas” consomem 12% do petróleo?
É importante acautelar o enorme crescimento económico destes países e o concomitante aumento do consumo de crude, mas é também importante que países como os Estados Unidos tomem medidas que levem a um decréscimo significativo do seu próprio consumo. Senão perdem toda a legitimidade para fazer exigências.
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