19.4.06

Bento XVI Um estilo mais discreto no Vaticano

Algumas decisões polémicas, outras surpreendentes, mas sempre com um estilo mais discreto. Há um ano, a escolha de Joseph Ratzinger para Papa apanhou muita gente de surpresa. Por António Marujo
A 19 de Abril de 2005, faz hoje um ano, muita gente ficou surpreendida pela escolha dos 115 cardeais reunidos em conclave. Para sucessor do Papa João Paulo II, os eleitores deste restrito colégio eleitoral escolheram um homem de 78 anos, originário da Baviera, no Sul da Alemanha, e que até aí era conhecido por ser o guardião da ortodoxia católica: Joseph Ratzinger.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=04&d=19&uid=&id=74417&sid=8139

Comentário: Faz hoje um ano que o Cardeal Ratzinger passou a ser o novo Papa da igreja católica: Bento XVI. Depois do carismático João Paulo II – um Papa ortodoxo mas, ao mesmo tempo, aberto à comunidade, com uma importância crucial no crepúsculo do século XX, inclusive a nível político (ficando indelevelmente ligado à decadência do comunismo) – o que se seguisse teria um caminho difícil a percorrer. Com um predecessor com tamanho carisma, a tarefa do seguinte torna-se sempre complicada. De qualquer forma, quem tinha medo do “cardeal inquisidor”, guardião da ortodoxia católica, deve tê-lo perdido entretanto, pois o Papa Bento XVI tem actuado de forma muito moderada, e também com algumas (pequenas) aberturas à modernidade. Também de sublinhar é a aposta no ecumenismo, no diálogo com as outras religiões, algo que, aliás, vem no seguimento da obra de João Paulo II. Um primeiro ano positivo.