3.5.06

Rússia e China juntam-se aos críticos do programa nuclear do Irão

EUA "satisfeitos" se Moscovo e Pequim se abstiverem na votação de resolução na ONU
Representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Rússia, EUA, Reino Unido, França e China) e da Alemanha concluíram ontem, em Paris, que o "programa nuclear iraniano não é compatível com as exigências da comunidade internacional". O anúncio foi feito à noite, no final de uma reunião de directores políticos, pelo porta-voz do Ministério francês dos Negócios Estrangeiros. Não foi anunciada qualquer medida de retaliação e as discussões vão prosseguir "com o objectivo de garantir uma declaração firme do Conselho de Segurança que dirija uma mensagem clara ao Irão". Foi assim decidido convocar "uma reunião ministerial" para a próxima segunda-feira, na sede da ONU em Nova Iorque.O encontro na capital francesa foi o primeiro depois de a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA o observatório para o nuclear da ONU) ter concluído que o Irão não cooperou nem suspendeu o seu programa nuclear.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=05&d=03&uid=&id=76687&sid=8385

Comentário: É importante que a China e a Rússia se juntem aos outros 3 membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas – EUA, França e Reino Unido – na crítica e na pressão sobre o Irão. Ao contrário do que aconteceu aquando do problema iraquiano, em que apenas os EUA e o Reino Unido falaram a uma única voz, é fundamental que nesta delicada situação todos remem para o mesmo lado. Desta forma o problema pode ser resolvido diplomaticamente, ou através de sanções, como é desejado.
A hipótese de uma nova guerra é improvável, dada a situação complicada no Iraque e no Afeganistão, mas é sempre uma possibilidade. Uma possibilidade indesejável, e que é sempre mais remota se todos os membros com direito de veto no CS estiverem de acordo com as soluções a tomar.
Por tudo isto, a crítica a 5 (a 6, na realidade, se juntarmos a Alemanha) protagonizada ontem em Paris é um bom sinal.