17.5.05

Posição militar sobre Kumba Ialá não tranquiliza sociedade civil

Apesar da normalidade vivida ontem na capital guineense, as pessoas estavam apreensivas relativamente à convocação de uma marcha de apoio ao ex-chefe de Estado Kumba Ialá para esta tarde. O Comité Militar diz estar subordinado ao poder político. Mas as chefias castrenses não falam a uma só voz. Por Ana Dias Cordeiro
A situação estava ontem calma na capital guineense, depois da autoproclamação na véspera do ex-chefe de Estado Kumba Ialá como Presidente da República da Guiné-Bissau. Mas a declaração lacónica do Comité Militar de que estão "subordinados ao poder político" deixou a população inquieta e com dúvidas relativamente às verdadeiras intenções de umas Forças Armadas (FA) divididas, sobretudo quando para esta tarde está prevista uma manifestação de apoio a Kumba Ialá na capital guineense. No domingo, este anunciou regressar ao poder para concluir o mandato de cinco anos - interrompido no golpe de Estado de 2003 - e pôs em causa a realização das eleições presidenciais marcadas para 19 de Junho.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=05&d=17&uid=&id=21066&sid=2302

Comentário: Quando continuam a existir personagens como o homem do gorro vermelho, Kumba Ialá, a querer usurpar o poder na Guiné-Bissau, não se pode ter grandes esperanças quanto ao futuro próximo do país. O mentecapto Kumba Ialá confundiu a possibilidade de poder concorrer a eleições, garantida pelo Supremo Tribal, com a hipótese de reassumir a Presidência da República. Vindo de quem vem, não é caso para rir – é caso para estremecer.