16.1.06

Final em tons cinzentos de prova dura, intensa e dramática

Faltou um pouco mais de Portugal na competição de carros para que se pudesse vincar a estreia de Lisboa em 28 anos de história do Rali Dakar com uma marca de água Carlos Filipe, em Dakar
Foi com uma festa tímida, contida e bem mais discreta que outrora, que chegou ontem ao fim a 28ª edição do Rali Dakar, a primeira com partida de Lisboa. Terminou com o triunfo da equipa esperada, a Mitsubishi, mas com um vencedor inesperado, Luc Alphand. De quem muitos esperavam o tri, de Stéphane Peterhansel, sobrou só o hexa da marca japonesa, que levou mais concorrência do que esperava, da BMW, da Volkswagen e de Schlesser. Não houve tréguas e foi apertada a luta, decidida por pouco mais que 17 minutos. Perdeu a Volkswagen, que estava à espera de mais. Venceu também o espanhol Coma, nas motos, quando se vaticinava outro êxito do francês Despres, a quem uma queda limitou as expectativas.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=01&d=16&uid=&id=58624&sid=6495

Comentário: Terminou ontem o rally Dakar, no que foi a primeira vez um Lisboa-Dakar. Carlos Sousa, de quem se tinha alguma esperança, manteve o 7º lugar do ano passado. Mas para mim o grande vencedor português não foi nenhum piloto – para mim João Lagos é que é o grande triunfador português. Este empresário já conseguiu trazer para Portugal grandes provas internacionais – de ténis, motonáutica, ciclismo, etc. – dando uma grande visibilidade ao nosso país. Muito dinheiro que entrou em Portugal não estaria cá se não fosse o responsável pela organização portuguesa do Dakar. Por isso, juntamente com Luc Alphand (automóveis), Marc Coma (motos) e Vladimir Tchaguine (camiões), a minha salva de palmas vai também para João Lagos.