Bush quer encerrar Guantánamo
O Presidente americano, George W. Bush, quer encerrar a prisão de Guantánamo, uma medida pedida por vários aliados dos EUA, mas espera uma directiva do Supremo Tribunal sobre como os detidos deverão ser julgados. "Claro que Guantánamo é uma questão delicada para as pessoas. Eu gostaria de fechar o campo e pôr os presos em tribunal", afirmou à televisão alemã ARD, numa entrevista gravada na semana passada.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=05&d=08&uid=&id=77568&sid=8478
Comentário: Mais vale tarde que nunca. A prisão de Guantánamo, e o tratamento dado aos seus prisioneiros, tem sido dos assuntos mais complexos e intrincados criados pela Administração americana após o 11 de Setembro. Para uns, um limbo jurídico inaceitável. Para outros, a única forma de tratar terroristas que não podem ser tratados como prisioneiros de guerra (segundo a Convenção de Genebra) pois a Al-Qaeda é um grupo terrorista internacional – não um Estado – e não assinou e não reconhece essa convenção.
Concordo que os terroristas não são “prisioneiros de guerra” convencionais. Mas discordo da solução americana. Penso que uma das formas de lidar com estes fundamentalistas que propagam o terror é exactamente o oposto: tratá-los segundo as normas dos nossos Estados de Direito, respeitar os seus Direitos Humanos. No fundo, fazer o exacto oposto do que eles nos fazem. É dessa forma que podemos mostrar a nossa superioridade civilizacional. Se respondermos de uma forma desumana, sem respeitar as regras que criámos, estamos a desfazer o que de bom já conquistámos.
Por tudo isto, situações como as que se passam em prisões como as de Guantánamo ou de Abu Ghraib são totalmente inaceitáveis, e até mesmo contraproducentes. É muito importante que se termine de vez com estes campos “fora da lei”.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=05&d=08&uid=&id=77568&sid=8478
Comentário: Mais vale tarde que nunca. A prisão de Guantánamo, e o tratamento dado aos seus prisioneiros, tem sido dos assuntos mais complexos e intrincados criados pela Administração americana após o 11 de Setembro. Para uns, um limbo jurídico inaceitável. Para outros, a única forma de tratar terroristas que não podem ser tratados como prisioneiros de guerra (segundo a Convenção de Genebra) pois a Al-Qaeda é um grupo terrorista internacional – não um Estado – e não assinou e não reconhece essa convenção.
Concordo que os terroristas não são “prisioneiros de guerra” convencionais. Mas discordo da solução americana. Penso que uma das formas de lidar com estes fundamentalistas que propagam o terror é exactamente o oposto: tratá-los segundo as normas dos nossos Estados de Direito, respeitar os seus Direitos Humanos. No fundo, fazer o exacto oposto do que eles nos fazem. É dessa forma que podemos mostrar a nossa superioridade civilizacional. Se respondermos de uma forma desumana, sem respeitar as regras que criámos, estamos a desfazer o que de bom já conquistámos.
Por tudo isto, situações como as que se passam em prisões como as de Guantánamo ou de Abu Ghraib são totalmente inaceitáveis, e até mesmo contraproducentes. É muito importante que se termine de vez com estes campos “fora da lei”.
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