15.1.07

Chávez e Ahmadinejad querem menos produção de petróleo

Os dois líderes, declarados opositores a Washington, criaram um fundo de ajuda mútua de mais de 1.500 milhões de euros
A Venezuela e o Irão anunciaram ontem que vão apresentar uma frente unida junto da Organização de Países Produtores de Petróleo (OPEP), para que o cartel adopte novos cortes de produção de forma a refrear a tendência de queda do preço do crude. A decisão, tomada em Caracas durante a visita do Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez, constitui uma provocação dirigida aos Estados Unidos.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2007&m=01&d=15&uid={2C6D3608-9A10-4238-ABE1-40D6E2D8055D}&id=116731&sid=12931

Comentário: “Inimigo de meu inimigo meu amigo é”, parece ser a máxima seguida por estes senhores. Estes dois “queridos” amigos estão a tratar da sua vidinha. Enquanto o Mundo respira um pouco de alívio com a baixa de preços de petróleo, que provocou uma quase total estagnação económica em muitos países do globo, estes tiranetes entendem que o preço do ouro negro está baixinho, e então conluiam para o tentar subir. Porque não têm outra solução para resolver os problemas económicos dos seus países. Chávez, por exemplo, está lentamente a destruir a economia do seu país. Distribuiu parte do dinheiro do petróleo, indiscriminadamente, por “projectos sociais” com o objectivo de comprar os eleitores – o que, claramente, conseguiu, pois tem vencido as eleições e conseguiu alterar a Constituição do seu país para aumentar os seus poderes e se poder eternizar na chefia do Estado (quem sabe um mínimo de História compreende que este comportamento é típico de ditadores...) –, está com imensos projectos de nacionalização da economia (sector energético, etc.), e isso tem afastado completamente o investimento estrangeiro na Venezuela, estrangulando totalmente a sua frágil economia. Solução: aumentar o preço do único bem que se tem. Chular o Mundo para resolver os seus erros domésticos. Assim parece fácil. Mas normalmente acaba mal.