Especialistas divididos sobre travagem de crescimento de criança deficiente
A pedido dos pais, os médicos deram à pequena Ashley, uma menina norte-americana deficiente, uma dose alta de hormonas para a manter para sempre com corpo de criança. Em Portugal, os especialistas dividem-se. Há quem critique o facto de a quererem tornar "manuseável", como se transformassem "uma árvore em bonsai", e quem admire a coragem de pais e médicos que lançaram a discussão. "As famílias com crianças com deficiência têm um sofrimento muito silencioso."
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2007&m=01&d=14&uid={20780B43-1196-4DE2-AB07-59CE176A545E}&id=116624&sid=12918
Comentário: Em época de assuntos eticamente melindrosos, aqui está outro caso que dá que pensar. Os pais de Ahsley, uma menina de 9 anos com encefalopatia estática (uma doença que lhe estancou o progresso cerebral a partir dos 3 meses), decidiram travar o seu crescimento. Através do uso de terapias com altas doses de estrogénios vão fazer com que esta criança não cresça – terá o corpo de uma menina mesmo quando for velha.
A grande questão é esta: é isto eticamente aceitável? Os pais entendem que sim, afirmando que esta é a única forma de terem força para poder ajudar a sua filha, profundamente deficiente, tratando-a, alimentando-a, cuidando dela. As pessoas que têm de lidar com filhos deficientes sofrem imenso quando eles crescem e engordam. Imagine-se um casal de idosos a cuidar de um jovem de mais de 80kg, todos os dias... No entanto, muita gente critica este acto: que direito têm os pais desta criança de a manusearam e instrumentalizarem a seu gosto? E se no futuro houver implantes cerebrais capazes de resolver a deficiência desta criança? Se tal suceder, os pais, com esta decisão, acabaram com todas as esperanças desta menina ter um futuro normal. Uma questão imensamente polémica e que não tem resposta certa.
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