27.2.07

RE: Juízes dizem que novo regime de férias não trouxe "ganhos de produtividade" (IV)

A nossa Justiça é do pior que temos na Administração Pública (e na generalidade a Administração já é por si má). A lentidão é um escândalo: vê agora o exemplo do caso da custódia de duas crianças, disputadas por pai holandês e mãe norueguesa, que devido aos atrasos levou a que a justiça portuguesa fosse objecto de censura pelo Supremo Tribunal norueguês, tendo este decidido avançar com o processo em paralelo... vergonhoso.

Mas voltando atrás: a Justiça funciona mal. Aqui ao lado, em Espanha, 1 mês de férias judiciais. Ninguém se queixa, e não me parece que funcione pior. Aqui em terras lusas, quando o Governo (juntamente com outras medidas) decide que as férias passam a ser apenas de 1 mês (no Verão, já que os magistrados, repito, também tiram no Natal e na Páscoa – portanto é muito fácil “organizarem-se” para tirar as férias, têm muito por onde escolher), os resultados aparecem. Podem ser escassos, podem ser devidos a outros factores. Mas a verdade é esta: houve melhoria.

De tudo isto, uma pessoa como eu, que está fora do sistema judicial, que assiste com pasmo às “greves de zelo” (recordam-se?) para reinvidicação de 2 meses de férias de Verão (mesmo que fossem justificadas esse tipo de actuação fica mal), junta as coisas, à Paulo Bento: férias enormes, processos a acumular, lentidão; férias “normais”, parece que melhora um pouco. Por isso, férias “normais”. Passadas, espera-se, com... tranquilidade. :)