6.6.05

Têxtil reage à concorrência chinesa

Uns insistem nos pedidos de protecção, outros apostam nas marcas e no controlo dos custos
Os números são indesmentíveis: as exportações da indústria têxtil chinesa para a Europa registaram crescimentos que em certos produtos ultrapassam os 500 por cento. As empresas menos preparadas continuam a fechar e para muitos empresários não parece haver futuro sem a protecção das "cláusulas de salvaguarda". Mas há também outras companhias que resistem à crise e preparam uma nova era apostando na redução de custos ou na abertura de lojas no estrangeiro. Ainda que a exigência dos desafios continue a provocar falências e desemprego, há empresários que se recusam a aceitar "o enterro da têxtil".
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=06&d=06&uid=&id=24256&sid=2669

Comentário: A “guerra” contra a concorrência chinesa não se vence com proteccionismos espúrios. A única forma de debelar os têxteis – e quejandos – chineses passa pela aposta em produtos de maior valor acrescentado, na inovação, no aumento da produtividade, na promoção da marca, no design. Não devemos continuar a nivelar-nos por baixo, fechando as portas para o “papão” não entrar. Temos de progredir, de nos qualificar, de “subir o nível”, e dessa forma ter as portas abertas não será apenas uma atitude de justiça, mas também uma excelente hipótese de investimento futuro.