Carta aberta ao engenheiro José Sócrates
1. Do Statistics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.
2. Outra publicação da Comissão Europeia, L"Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E que vemos? Que em média, nessa Europa, 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha. As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?
3. Um dos slogans mais usados é o do peso das despesas de saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458 ?. Em Portugal esse gasto é... 758 ?. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730 ?, a Áustria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=06&d=06&uid=&id=24264&sid=2670
Comentário: A verdade é que o problema do défice português não reside só na Função Pública. Como diz Santana Castilho, com razão: “a administração pública [não] é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. (…) É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia.” O problema é que, no sector privado, as coisas não são melhores… o dilema é geral, e por isso muito mais difícil de resolver do que apenas com paliativos na Função Pública. O esforço vai ter mesmo de ser de todos.
2. Outra publicação da Comissão Europeia, L"Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E que vemos? Que em média, nessa Europa, 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha. As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?
3. Um dos slogans mais usados é o do peso das despesas de saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458 ?. Em Portugal esse gasto é... 758 ?. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730 ?, a Áustria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=06&d=06&uid=&id=24264&sid=2670
Comentário: A verdade é que o problema do défice português não reside só na Função Pública. Como diz Santana Castilho, com razão: “a administração pública [não] é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. (…) É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia.” O problema é que, no sector privado, as coisas não são melhores… o dilema é geral, e por isso muito mais difícil de resolver do que apenas com paliativos na Função Pública. O esforço vai ter mesmo de ser de todos.
<< Home