Combate à pobreza minado por venda de armas do G8
Relatório de ONG diz que o grupo é responsável por 80 por cento das exportações de armamento, contribuindo para as violações de direitos humanos
Ao mesmo tempo que os membros do G8 anunciam um acordo histórico contra a pobreza, estão a vender armamento a países pobres, contribuindo para violações dos direitos humanos. O grupo é responsável por 80 por cento de todas as exportações de armas. A acusação é feita num relatório tornado público por três organizações não governamentais, na véspera de um encontro em Londres dos ministros dos Negócios Estrangeiros das sete nações mais industrializadas e da Rússia."Os países do G8 estão a minar os seus compromissos na redução da pobreza, estabilidade e direitos humanos com exportações irresponsáveis de armas a alguns dos países mais pobres e alvos de conflitos", lê-se no relatório. O destino das armas inclui o Sudão, Birmânia, República Popular do Congo, Colômbia e Filipinas (ver caixa).
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=06&d=23&uid=&id=26903&sid=2962
Comentário: Uma no cravo e outra na ferradura. Depois do importante acordo dos países membros do G8 para perdão da dívida dos países mais pobres, esta notícia – já publicamente (re)conhecida – faz-nos questionar a bondade das medidas com que se comprometeram. Mete-me confusão o Reino Unido vender armas à Colômbia e à Arábia Saudita. E os EUA ao Paquistão e a Israel. E o Canadá às Filipinas. E a França ao Sudão. E os exemplos multiplicam-se. De que vale perdoar as dívidas mas continuar a vender armas? Só poderá haver uma razão: perdoa-se a dívida, para os países pobres poderem comprar mais armas – o que leva a mais miséria, mais guerra, mais dívidas. E a bola de neve podre continua a girar. É triste, mas parece-me que é uma conclusão lógica. E assim se perdem as esperanças de aproveitar o dinheiro para educação, desenvolvimento, saúde…
Ao mesmo tempo que os membros do G8 anunciam um acordo histórico contra a pobreza, estão a vender armamento a países pobres, contribuindo para violações dos direitos humanos. O grupo é responsável por 80 por cento de todas as exportações de armas. A acusação é feita num relatório tornado público por três organizações não governamentais, na véspera de um encontro em Londres dos ministros dos Negócios Estrangeiros das sete nações mais industrializadas e da Rússia."Os países do G8 estão a minar os seus compromissos na redução da pobreza, estabilidade e direitos humanos com exportações irresponsáveis de armas a alguns dos países mais pobres e alvos de conflitos", lê-se no relatório. O destino das armas inclui o Sudão, Birmânia, República Popular do Congo, Colômbia e Filipinas (ver caixa).
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=06&d=23&uid=&id=26903&sid=2962
Comentário: Uma no cravo e outra na ferradura. Depois do importante acordo dos países membros do G8 para perdão da dívida dos países mais pobres, esta notícia – já publicamente (re)conhecida – faz-nos questionar a bondade das medidas com que se comprometeram. Mete-me confusão o Reino Unido vender armas à Colômbia e à Arábia Saudita. E os EUA ao Paquistão e a Israel. E o Canadá às Filipinas. E a França ao Sudão. E os exemplos multiplicam-se. De que vale perdoar as dívidas mas continuar a vender armas? Só poderá haver uma razão: perdoa-se a dívida, para os países pobres poderem comprar mais armas – o que leva a mais miséria, mais guerra, mais dívidas. E a bola de neve podre continua a girar. É triste, mas parece-me que é uma conclusão lógica. E assim se perdem as esperanças de aproveitar o dinheiro para educação, desenvolvimento, saúde…
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