15.5.06

As maternidades sem condições devem encerrar porque não podemos ter mulheres de primeira e mulheres de segunda

Membro da comissão que recomendou o encerramento das maternidades com menos partos e menos condições, o médico e antigo político defende a opção em nome das mulheres portuguesas. E explica como isso é importante para melhorar alinda mais os nossos índices de mortalidade infantil, que já são dos mais baixos do mundo. Por José Manuel Fernandes e Joana Bénard da Costa (Rádio Renascença), fotografias de Pedro Cunha
Com 83 anos, Albino Aroso impressiona pela vitalidade e pelo entusiasmo com que continua a dedicar-se ao combate de toda a sua vida: melhorar as condições em que as mulheres vivem uma gravidez, diminuir a mortalidade infantil.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=05&d=15&uid=&id=78843&sid=8591

Comentário: O nosso país apresenta dos mais baixos índices de mortalidade infantil do Mundo. Melhor que nós só há 3 outros países, e este é um número do qual nos devemos orgulhar. E uma das justificações para este valor positivo é exactamente esta: reduziu-se o número de lugares onde se nascia e os que ficaram foram muito bem equipados. Em qualquer especialidade médica, é fundamental haver movimento de doentes. Uma maternidade com poucos partos anuais torna-se um risco para as mulheres e para as crianças, e por isso não há razão em manter-se aberta. O dinheiro é mais bem gasto em unidades que recebem muitos doentes, de forma a ter nestas equipamento de topo e a manter os melhores profissionais. Aqui, a concentração é positiva, por isso esta medida do Ministro Correia de Campos, apesar de impopular, deve ser saudada.