31.1.05

Sessenta por Cento dos Iraquianos Tiveram Coragem de Ir às Urnas

Uns oito milhões de iraquianos votaram pela primeira vez após o derrube de Saddam. O dia foi marcado pela violência - pelo menos 47 mortos em múltiplos ataques - e também pela queda de um avião britânico. A festa fez-se no Curdistão e no Sul xiita. A maioria dos árabes sunitas terá ficado em casa. Por Sofia Lorena
As primeiras eleições multipartidárias no Iraque em mais de 50 anos realizaram-se ontem com uma participação acima do esperado. O dia ficou marcado por atentados, que mataram pelo menos 47 pessoas, e pela enorme afluência às urnas entre os xiitas do Centro e do Sul e os curdos do Norte, em contraste com centros de voto desertos em muitas cidades a norte e oeste de Bagdad, onde se concentra a população sunita.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/31/Destaque/X01.html

Comentário: A palavra “coragem” foi ontem a mais repetida, e foi-o com todo o acerto. De facto, num país onde os atentados são diários, só mesmo a coragem e a imensa vontade de viver num país democrático poderiam levar 8 milhões de iraquianos (em 14 milhões) a votar nas primeiras eleições democráticas neste país. Ter voz, ter liberdade de exprimir uma opinião, é um direito de que todo o ser humano devia usufruir. No Iraque, ontem, deu-se um passo importantíssimo na prossecução desse objectivo.

29.1.05

RE: Patrões Unidos em Acordo Histórico Fazem Propostas ao Próximo Governo (II)

Olá Bergano!

Só uma nota: dizes que “os patrões deviam era estar
sossegados no seu lugar e limitarem-se a criarem emprego,
investigação e investimento em Portugal
”. Refuto: se eles fizerem isso - criar emprego e apostar na I&D – estão a fazer o que eu penso se lhes deve exigir. Quem dera que eles fizessem o que tu consideras “estar sossegados”! Se assim fosse estaria tudo bem.

O problema é que, como tu dizes muito bem, a maior parte do empresariado português foge aos impostos, procura mão-de-obra barata pouco qualificada, não investe em investigação e inovação, e procura o exclusivo lucro pessoal em detrimento do resultado lucro + bem estar social.

Estes empresários corruptos, juntamente com a classe política que temos e os trabalhadores (em especial da função pública) que vivem acomodados, fazem com que o país esteja sempre no fundo da tabela em comparação com os nossos companheiros europeus. Enquanto se mantiver esta “estreiteza de vista” o país nunca conseguirá progredir.

RE: Patrões Unidos em Acordo Histórico Fazem Propostas ao Próximo Governo (I)

Viva amigo Fernando, agora apanhei-lhe o gosto e aqui vai
mais um comentário:
Pessoalmente penso que os patrões deviam eram de estar
sossegados no seu lugar e limitarem-se a criarem emprego,
investigação e investimento em Portugal. A situação actual
provém graças á gestão míope de todos este ditos patrões e
á sua evasão fiscal. A sua teoria é apenas a de ganhar
dinheiro, e esquecem-se dos bons modos de gestão e não têm
visão a longo prazo. A ajuda que pretendem do Governo que
seja a de permitir maior investimento em investigação, em
exportação e melhoria da qualidade, este sim o factor mais
importante que os nossos patrões se devem dedruçar e
rapidamente.
Grande abraço
(Bergano)

27.1.05

Auschwitz, 60 Anos da Libertação

Em 27 de Janeiro de 1945, às 5 da manhã, o Exército Vermelho soviético entrou no campo da morte nazi de Auschwitz, lugar do extermínio de mais de um milhão de pessoas. Hoje, quando passam 60 anos, assinalar a data assume uma dimensão muito mais vasta que aniversários anteriores. Quando o racismo cresce na Europa, a destruição dos judeus convida à reflexão sobre o mal nas sociedades contemporâneas.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/27/Destaque/X01.html

Comentário: Há datas que se devem sempre recordar. O genocídio nazi exterminou 6 milhões de pessoas (maioritariamente judeus, mas também ciganos, homossexuais e opositores políticos). Auschwitz foi – é – o exemplo do Mal: 1 milhão de pessoas morreu neste imenso crematório. Recordar hoje significa, também, dizer “Nunca mais!”.

Patrões Unidos em Acordo Histórico Fazem Propostas ao Próximo Governo

Pela primeira vez em Portugal, as quatro confederações patronais assumem uma posição conjunta e vão apresentar ao Governo que sair das eleições de Fevereiro propostas concretas para promover a retoma económica. Do documento, a divulgar na manhã de hoje, o PÚBLICO adianta os principais traços. Em entrevista, Francisco Van Zeller, da CIP, explica as razões da iniciativa.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/27/Destaque/X02.html

Comentário: É fundamental que os patrões das grandes empresas e as confederações patronais assumam a importância que têm no desenvolvimento económico português. Qualquer contribuinte deve pensar no bem geral em conjunto com as suas necessidades. Os patrões, e suas associações, têm neste aspecto deveres acrescidos – sendo que o Estado deve também apoiar os mesmos, cativando-os, de formas diversas, a manter a sua actividade produtiva no nosso país. Este acordo é de louvar, pois é a parte dos “deveres” do patronato que está a ser cumprida – a união entre as confederação é especialmente de saudar. Esperemos que o próximo Governo cumpra também o seu dever, tomando em consideração estas propostas.

26.1.05

Re: Jardim Gonçalves Surpreende Mercado com Nomeação de Sucessor no BCP (I)

Até fiquei triste.
Mas acho que é a melhor saida possivel. Sai por cima.
É de longe o melhor gestor bancário português.
Conseguiu contruir um império a partir de uma coisa praticamente insignificante.

Vamos ver se o sucessor tem capacidade para continuar a manter o BCP no topo.
(Lança)

Painéis Solares Serão Obrigatórios nos Edifícios Novos

A utilização de painéis solares para aquecer a água será obrigatória nos edifícios novos que forem construídos em Portugal, sempre que forem tecnicamente viáveis. Esta medida é a principal novidade de um pacote legislativo, que o Governo vai aprovar amanhã, sobre a eficiência energética dos edifícios e a qualidade do ar interior.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/26/Sociedade/S16.html

Comentário: Uma boa notícia. Portugal é um país “ensolarado”, e por essa razão esta é claramente uma das formas de energia em que se deve apostar.

Jardim Gonçalves Surpreende Mercado com Nomeação de Sucessor no BCP

Paulo Teixeira Pinto, 44 anos, deverá ser nomeado a 14 de Março presidente do maior grupo bancário privado português, em substituição do actual líder e fundador do grupo Jorge Jardim Gonçalves, de 69 anos. O anúncio foi feito ontem à tarde no final da conferência de imprensa para apresentar os resultados anuais de 2004.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/26/Economia/E01.html


Comentário: Paulo Teixeira Pinto, ex-secretário de Estado dos Governos de Cavaco Silva, é uma boa escolha para a sucessão de um dos mais importantes banqueiros portugueses – talvez mesmo o mais importante. Jardim Gonçalves deixou um legado muito relevante – em especial na importância que assumiu no redesenhar e no evoluir da Banca em Portugal – e penso que optou bem: escolheu uma pessoa nova, credível e competente.

Re: Resposta de Louçã às críticas (VI)

Caro Bergano,

É com gosto de leio, de novo, um comentário teu. :) Tens de o fazer mais vezes! Indo por partes:

De facto, o Francisco Louçã responde a críticas do Eduardo Dâmaso e Ana Sá Lopes, respectivamente sub-director e jornalista do Público. Mas, como sabes, o assunto tem sido bastante glosado na comunicação social - já li críticas de um leque muito alargado de pessoas (algumas delas insuspeitas de apoiar Paulo Portas como Vital Moreira, Graça Franco, Ferreira Fernandes e ainda todos, repito, todos os dirigentes do PS e do PSD que eu vi pronunciarem-se acerca deste assunto). A questão não se prende, assim, com duas singelas críticas, como afirmas, apesar do Louçã apenas responder – e mal, na minha opinião – a estas.

A frase não é só mal-educada, Bergano. É muito mais grave do que isso: a frase inclui uma crítica sectária, conservadora, “neo-fascista”, como António Ribeiro Ferreira escrevia no DN de ontem.

E, ao contrário do que dizes, eu não disse que ele podia defender os direitos dos homossexuais. Pelo contrário. Eu sei que ele já os defendeu noutras alturas. O que disse é que, usando da mesma argumentação ignóbil que ele usou no debate, ele agora já não pode defender os homossexuais. Só poderá defendê-los se for também ele homossexual (assim como, para ele, só pode dar a sua opinião sobre o aborto quem tiver filhos…).

Considero o Francisco Louçã um excelente economista, e um bom político. Não concordo com a sua ideologia, mas admiro as suas qualidades como tribuno, e concordo que o Bloco trouxe para cima da mesa assuntos importantes que andavam esquecidos. Mas também acho que o Paulo Portas foi um bom Ministro da Defesa, dos únicos que conseguiu cumprir o programa que trazia (podes discordar da compra dos submarinos, tal como eu, mas a verdade é que eram promessas de programa, que ele cumpriu – e isso não é despiciendo para quem nele votou), com algumas boas medidas: casos da OGMA, da revisão dos Conceitos Estratégicos de Defesa Nacional e Militar, da Lei de Programação Militar, da ajuda aos antigos combatentes, da inversão do declínio financeiro (e até do prestígio) das Forças Armadas, entre outras.

Re: Resposta de Louçã às críticas (V)

Viva Fernando. Já há algum tempo que não me manifesto, mas leio sempre todos os comentários commuita atenção. Hoje como estou bem disposto apetece-me comentar este artigo.
Este artigo fala de críticas de Eduardo Dâmaso e Ana Sá Lopes, daí não perceber o que os teus comentários têm a ver com este assunto. Limitas-te a criticar uma frase mal educada que o Louçã fez ao longo do debate. Acredito que viste com toda a atenção o debate, mas com certeza que este comentário dele não é a única coisa que te recordes, pois porque se fôr, lamento, mas apenas ouvis-te o que te interessou. Quando dizes que ele agora pode defender os direitos dos homossexuais, digo-te que durante a legislatura do segundo governo Guterres,os deputados do Bloco apresentaram na Assembleia da República um grande número de propostas fundamentais,muitas das quais foram aprovadas.Essas propostas representaram em muitos casos uma mudança de políticas que melhorou a vida de muitas pessoas e permitiu enfrentar alguns problemas sociais graves.Foi nomeadamente o caso da transformação da violência doméstica em crime público e vítimas,as alterações à Lei das Uniões de Facto,que entre outros direitos alargou as uniões de facto a homossexuais e lésbicas.
A razão pela qual entendes que o Paulo Portas foi um bom ministro, também a questiono, o que é que ele fez que se veja assim tão bem, para que o aches um bom ministro?
Talvez o negócio dos submarinos, ou dos helicopteros, muito bons negócios realmente...
Um abraço Fernando

25.1.05

RE: Resposta de Louçã às críticas (IV)

Só para terminar, deixa-me acrescentar que eu não disse que os membros da UDP são más pessoas. O que acho é que as ideias deles são erradas, e que a serem concretizadas seriam muito nefastas para o país. Falo de políticas e ideias, não de pessoas nem de carácter.

Re: Resposta de Louçã às críticas (III)

Eu não diria que discordas.
Eu diria que me deste luzes sobre uma coisa da qual estava apenas a fazer um comentário sem saber exactamente o que aconteceu, baseado na impressão que tenho das pessoas intervenientes.
Basicamente devia ter ficado calado!! LOLOL!!

Obrigado por me elucidares.

Relativamente ao passado do BE...são ideias. Mas não concordo contigo. Mesmo os pertencentes ao UDP (do qual tinha e tenho muito má impressão), só por serem pertencentes a um partido como a UDP, não são obrigatoriamente más pessoas.
E como tenho boa impressão de Louçã, prefiro pensar que foi uma saída muito infeliz.

Mas não ponho as mãos no fogo relativamente a ele ser heterossexual! LOLOL!!
(Lança)

Re: Poder de Compra em Lisboa É Seis Vezes Maior Que em Celorico de Basto (II)

100% de acordo.

Aliás, no resto do artigo que enviei (ver http://jornal.publico.pt/2005/01/25/Economia/E01CX01.html) explica claramente que este estudo não é um índice da qualidade de vida. É meramente um índice do poder de compra, só isso.

De facto, e eu que o diga, o custo de vida em Lisboa é muito superior ao de qualquer outro local do país: apartamentos caros, restaurantes com preços avultados, saídas nocturnas dispendiosas, estacionamento sempre a pagar... é duro! :)

Re: Poder de Compra em Lisboa É Seis Vezes Maior Que em Celorico de Basto (I)

Não julguem com isso que um cidadão celoricense que aufere cento e vinte contos vive pior que um alfacinha que aufere o dobro, por exemplo, ou mesmo o triplo, depende do caso.
Vejamos:
O celoricense não vai de carro para o emprego, logo não está duas horas por dia no trânsito nem gasta gasolina; O celoricense não vive engavetado, tem um quintal onde colhe fruta, legumes e bens de primeira necessidade; O celoricence não perde horas a fio nas repartições públicas para tratar de assuntos, logo não tem de faltar ao trabalho; Os filhos dos celoricenses vão e vêm a pé da escola para casa e não precisam de ir para o infantário porque, em consequência das anteriores premissas, os seus avós (que ainda estão vivos ou não foram para Lisboa em jovens) cuidam dos mesmos, poupando o dinheiro do infantário aos pais.
Nem vale a pena falar do dinheiro que o Lisboeta gasta a mais... Desde logo as rendas, os preços das casas, os divertimentos, tudo!
Et cetera.
Eu cá me fico por Aveiro...
(Faber)

Re: Resposta de Louçã às críticas (II)

Caro Lança,

Não podia estar mais em desacordo contigo. Mas compreendo porque, ao contrário de ti, eu vi todo o debate (que foi bom, aliás). Começando pelo fim: o Louçã não deu uma lição de economia ao Portas: o Louçã repetiu a cassete que usa muitas vezes – devo sublinhar que com a habitual qualidade argumentativa que lhe reconheço. O Portas defendeu-se bem enquanto Ministro da Defesa – sublinhe-se também a sua boa prestação enquanto tal – mas foi muito repetitivo em certas alturas. De qualquer forma foi um debate de qualidade acima da média (o que não quer dizer que tenha sido excelente – os outros é que são miseráveis…).

Em relação ao mais importante – a ignóbil frase do Louçã – sinceramente não esperava e, repito, não tem qualquer desculpa. E foi, aliás, muito descabida. O deputado do Bloco falou do aborto, e pura e simplesmente não queria deixar o Ministro da Defesa falar (faltavam segundos para terminar o debate). E depois cuspiu a triste frase. Ao contrário do que dizes: “a afirmação não deve ter tido o intuito de insultar ou desrespeitar, mas sim justificar qualquer coisa dita antes por Paulo Portas”, não foi nada disto que aconteceu, garanto-te. Daí a indignação de toda a comunicação social, e de mim próprio. De qualquer forma – e aqui estou ao contrário da maioria dos media – não é nada que me surpreenda, em especial se se recordar o que era o Bloco de Esquerda antes de o ser…

Re: Resposta de Louçã às críticas (I)

Não vi, nem li nada sobre o assunto.
Só ouvi comentários de amigos. E como comentários são sempre carregados uma certa subjectividade, vou comentar pelo que já conheço e da impressão que tenho de Louçã e de Portas.
Não quero acreditar que esta afirmação de Louçã tenha sido desprovida de um contexto que lhe dê alguma lógica.
Isto é, a afirmação não deve ter tido o intuito de insultar ou desrespeitar, mas sim justificar qualquer coisa dita antes por Paulo Portas (que provavelmente deve ter sido descabida, pelo menos, não seria a primeira vez)
Claro que não posso concordar totalmente com a afirmação feita. Acho que em qualquer contexto que tenha sido proferida, é sempre no limite da falta de educação.
Portanto, o que quero dizer é que, com a impressão com que ando dos politicos (e não falo só dos portugueses), só posso é dizer "eles que se entendam, que são todos iguais" ahahah!

Mas aproveito para dizer que pelo que me disseram, o amigo Portas teve uma lição de economia como nunca lhe tinham dado, certo? ahahah!
(Lança)

Bem-vindas as Críticas (Por FRANCISCO LOUÇÃ)

Li com atenção as críticas que Eduardo Dâmaso e Ana Sá Lopes dirigiram à minha intervenção no debate com do Dr. Paulo Portas. São bem-vindas as críticas, mas creio que partem de uma interpretação errada. Vale a pena, por isso, fazer um esclarecimento.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/25/Nacional/P40.html

Comentário: Não há desculpa para as palavras que Francisco Louçã dirigiu a Paulo Portas, num debate na SIC Notícias, há dias atrás. Aqui se reproduzem: "O Senhor não pode falar do direito à vida porque nunca gerou vida. Não sabe o que é gerar vida. Eu tenho uma filha. Eu sei o que é um sorriso de uma criança.". Repito aqui também o que escrevi ontem no meu blog (http://diapasao.blogspot.com/):
O líder do Bloco de Esquerda mostrou aquilo que, na realidade, é o seu Bloco. Uma mistura de partidos anacrónicos que agora, juntos, se afirmam como sendo ‘modernos’, sendo assim muito aceites pelos media, mas que formam, no seu todo, um partido reaccionário.
Louçã foi conservador e sectário ao máximo. Foi contrário a tudo o que o Bloco pretensamente diz defender. Não se entende - agora - é como é que pode ele defender, com tanto ardor e com tanto empenho, outras causas, como por exemplo os direitos dos homossexuais, não sendo um deles (a menos que ainda se venha a assumir um destes dias...).

Poder de Compra em Lisboa É Seis Vezes Maior Que em Celorico de Basto

Só 27 dos 308 concelhos de Portugal têm um poder de compra acima da média nacional. Um conjunto de 17 concelhos portugueses tem tanto poder de compra como todos os outros 291. A tradicional discrepância entre "as cidades e as serras" mantém-se - no litoral e nos centros urbanos, o poder de compra "per capita" é muito maior que no resto do país. Mas esta discrepância tem-se reduzido nos últimos anos.
Os dados de onde se podem extrair estas conclusões estão no estudo sobre o poder de compra concelhio ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O concelho português cujos cidadãos têm mais poder de compra é Lisboa - 277 por cento da média nacional. No fundo da lista está Celorico de Basto - que tem apenas 41,77 por cento da média nacional.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/25/Economia/E01.html

Comentário: Vivemos ainda num país muito desigual. Uma capital “rica”, um litoral remediado, um interior pobre. “Esta discrepância tem-se reduzido nos últimos anos”, mas ainda há muito a fazer…

24.1.05

Re: Nuno Cardoso Insinua Que Ministro daJustiça Está por Detrás das Investigações de Que É Alvo (IV)

Citando Nuno Cardoso "MAS VOCÊS ESTÃO A INSINUAR QUE ANDO A DAR TERRENOS PÚBLICOS AO FCP, CLUBE DO MEU CORAÇÃO, E...E...VOCÊS NÃO SE DESGRACEM CARAGO".
(Jota)

20.1.05

RE: Nuno Cardoso Insinua Que Ministro da Justiça Está por Detrás das Investigações de Que É Alvo (III)

Fiquei com a sensação que ele acha que vai ser o candidato pelo PS à CMP. Por isso, acho que se referia que iria ser chamado na altura da campanha à câmara do Porto...

Francisco Assis hoje já se desmarcou das palavras de Nuno Cardoso.
(Zema)

Re: Nuno Cardoso Insinua Que Ministro da Justiça Está por Detrás das Investigações de Que É Alvo (II)

LOL!

Admira-te! :)

Re: Nuno Cardoso Insinua Que Ministro da Justiça Está por Detrás das Investigações de Que É Alvo (I)

Gostava de saber porque é que ele dizia que não estava à espera de ser agora chamado, mas sim lá para a frente.
Primeiro, na minha opinião, está a admitir que há muita coisa para o questionar. E depois, se calhar, e agora sou eu a especular, ele é que já tinha acordado com alguém da PJ para só ser chamado depois das eleições e...correu mal. eheh.
(Lança)

Forças Palestinianas Assumem Posições em Gaza

As forças de segurança palestinianas vão ser deslocadas para junto da "fronteira" da Faixa de Gaza com Israel, dentro de dias, para tentar evitar o lançamento de "rockets" artesanais e morteiros contra cidades israelitas.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/20/Mundo/I02.html

Comentário: Finalmente há uma liderança palestiniana que toma medidas para evitar que os actos terroristas contra Israel tomem lugar. É uma notícia muito boa, pois parece indicar que há uma real vontade de Mahmoud Abbas em lançar o processo de paz. Esperemos agora que Israel não cometa nenhum acto irreflectido que mine este delicado processo.

Bush Inaugura Hoje o Seu Segundo Mandato

A promoção da democracia à escala planetária vai continuar a estar no topo das prioridades do segundo mandato do Presidente norte-americano. A diferença, tudo indica, é que o projecto idealista de George W. Bush deverá tentar ser menos unilateralista e mais concilatório para com o resto daquilo que Administração Bush considera ser "o mundo livre".
In http://jornal.publico.pt/2005/01/20/Destaque/X01.html

Comentário: Parece-me positivo que a nova Administração americana tente apostar mais na resolução das questões internacionais multilateralmente, procurando resolver os problemas globais primordialmente através da via diplomática (como ontem asseverou Condoleezza Rice). Além das questões do terrorismo e do Iraque, sempre bastante glosadas, aproveito para acrescentar dois tópicos que deviam também ser prioridades: o ambiente global (aposta-se em Quioto ou não?) e os défices orçamentais americanos (que a médio prazo deixam de ser um problema dos EUA e passam a ser um problema mundial).

Nuno Cardoso Insinua Que Ministro da Justiça Está por Detrás das Investigações de Que É Alvo

O ex-presidente da Câmara do Porto, Nuno Cardoso, insinuou ontem que Aguiar-Branco, ministro da Justiça e cabeça de lista do PSD pelo Porto, e Rui Rio estão por detrás do calendário que o levou anteontem à PJ. Cardoso foi constituído arguido no âmbito de um processo urbanístico que envolve o FC Porto.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/20/Nacional/P94.html

Comentário: Basicamente o ex-Presidente da Câmara do Porto disse que não há separação de poderes em Portugal. 30 anos depois do 25 de Abril Nuno Cardoso diz que o Governo controla a Justiça, e decide por esta. Uma acusação tão grave tem de ter consequências: ou o PS concorda com Cardoso e explica como funciona afinal o nosso sistema – é o sistema judicial independente ou não? –, ou o PS discorda e pune o ex-autarca por estas gravíssimas insinuações.

19.1.05

RE: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (VIII)

É verdade que Portugal começou por fazer parte do consórcio com o compromisso de adquirir 3 aviões. Por ordem do ministro Portas, Portugal abandonou o consórcio em Nov/Dez de 2003.

Agora posso estar enganado mas:
O A400M não é um famoso avião militar. É uma cópia moderna do C130. Tem velocidade e autonomia similar ao C130 (embora o A400M tenha maior capacidade de carga). É a versão europeia do avião de transporte táctico de motor Turbo-hélice;
O C130 ainda não está obsoleto. Para lá caminha mas ainda não se pode considerar obsoleto. Exemplo disso são os vários modelos que são vendidos ainda actualmente;
Portugal embora não faça parte do consórcio tem duas empresas Portuguesas que são fornecedoras, nomeadamente de soluções de software, a este projecto;
33% do valor total do contrato assinado com a Lockheed não sairá de Portugal sendo entregue directamente às OGMA.
(Zema)

RE: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (VII)

Apesar de ser o maior avião de sempre ainda seriam precisos 480 A380 para transportar o nº de passageiros iguais ao nº de mortos registados no Tsumani.
(Zema)

RE: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (VI)

Fizemos, começamos, é certo pela Airbus military, iríamos ter airbus militares, o qual seria o primeiro projecto em que entraríamos logo desde inicio, mas foi tão efémera a nossa participação que provavelmente nem nos consideram como historia deles, o que é pena, pois um pais como a Turquia, que nem da União Europeia é, faz parte, sendo fornecedora de componente para o A400M, o famoso avião militar actual que nós preterimos em favor de obsoletos C130 da Lockheed, o qual não vamos fornecer coisa alguma e que não trás nada de novo para a nossa industria.
(Estrela)

Re: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (V)

O numero 800 (que pode chegar mesmo aos 850) é na versão para empresas de voos charter. Ou seja, onde não tem classe executiva nem nada do género.

Outro numero que me impressionou é 150 toneladas de carga que o avião pode transportar na sua versão de avião de carga.
(Lança)

Portugal Pode Participar em Sistema de Alerta de Maremotos

Portugal poderá vir a usufruir de um sistema de alerta de tsunamis e de um observatório submarino a instalar no Golfo de Cádis se, no âmbito do VII Programa-Quadro, a União Europeia aprovar o programa elaborado pela participação nacional no projecto ESONET (European Sea Floor Observatory Network).
"Os observatórios submarinos foram considerados uma prioridade da política comunitária pelos países que têm costa, como a Itália, a Grécia ou a França. Os países nórdicos sempre acharam que para eles, os sismos não eram um problema, atitude que, depois do maremoto no Sudeste Asiático, poderá mudar e levá-los a apoiar a investigação sísmica", explicou Miguel Miranda, do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, que coordena a participação portuguesa no ESONET.

In http://jornal.publico.pt/2005/01/19/Ciencias/H01.html


Comentário: É fundamental que um país tão propenso a abalos sísmicos se previna. Por isso Portugal não pode ficar, de forma nenhuma, fora deste projecto.


RE: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (IV)

Na notícia. Em http://jornal.publico.pt/2005/01/19/Destaque/X01CX04.html afirma-se “num avião que pode transportar 800 passageiros ao mesmo tempo”…

Na página da Airbus fala em 555 passageiros, mas isso parece ser a versão básica, podendo versões mais avançadas transportar mais gente: “The A380 Family starts from a baseline passenger aircraft with a capacity of 555 passengers in three classes over a range of up to 8,000 nm./14,800 km. Larger and longer range members of the family are anticipated in the basic design concept.” (retirado de http://www.airbus.com/product/a380_introduction.asp).

RE: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (III)

onde é que leste 800 passageiros?
(F. Matos)

RE: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (II)

É uma pena não fazermos parte desse grupo, de facto, mas alguma vez fizemos?

Não te querendo contradizer, Estrela, penso que os únicos países que fazem parte deste grupo são a França e a Alemanha (fundadores em 1970), a Espanha (1971) e o Reino Unido (1978). Estive a ler a história da companhia (em http://www.airbus.com/about/history.asp) e não encontrei nenhuma referência a Portugal. Será que me está a faltar alguma informação de que tenhas conhecimento?

RE: Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa (I)

Pena é que fazíamos parte desse grupo, mas agora não fazemos...isso sim é triste...muito triste.
(Estrela)

Maior Avião Civil da História Traz a Marca da Europa

O champanhe correu a jorros ontem no baptismo do maior avião civil da história, uma cerimónia apadrinhada por Gerhard Schroeder, Jacques Chirac, Tony Blair e José Luís Zapatero. Mas são as "performances" técnicas financeiras que lhe dão sucesso. Só lhe falta voar, o que deverá acontecer já esta Primavera, em Março.
In http://jornal.publico.pt/2005/01/19/Destaque/X01.html

Comentário: Uma vitória para nós (nós, Europeus, bem entendido), no que é sempre um motivo de orgulho: pelo menos em qualquer coisa fomos melhores que os Estados Unidos. O Airbus A380 é um símbolo de que a cooperação europeia, quando bem dirigida, dá excelentes resultados. É pena que Portugal não faça parte do grupo dos cooperantes nesta importante indústria. Algumas curiosidades do avião:
· 24 metros altura (equivalente a um prédio de cinco andares);
· 81 metros da ponta de uma asa à outra;
· 72 metros de comprido;
· Enfermaria;
· Prisão;
· 800 passageiros;
· Quatro motores que representam 30 por cento do valor do aparelho;
· Bar, salão de beleza e casino (nos aviões que serão comprados pela Virgin).
Mais informação em http://www.airbus.com/product/a380_backgrounder.asp.

18.1.05

Morte de Zhao Ziyang

O Ícone das Reformas Políticas da China "Está Finalmente Livre"
Foram muito sucintas as palavras com que a agência oficial chinesa Xinhua noticiou ontem a morte de Zhao Ziyang, ex-primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Comunista. A agência não disse que o antigo líder estava há 15 anos em prisão domiciliária, nem que foi o arquitecto das reformas económicas de Deng Xiaoping. Também não manifestou nenhum dos receios com que se bate agora o Governo de Pequim: irá a morte de Zhao desencadear manifestações pró-democracia?
In http://jornal.publico.pt/2005/01/18/Mundo/I01.html

Comentário: Zhao Ziyang foi dos principais artífices da abertura económica da China. O seu nome ficou indelevelmente ligado ao massacre de Tiananmen, onde se colocou ao lado dos estudantes “revoltosos” que pretendiam a abertura do regime à democracia. Pagou essa posição com a privação de liberdade: estava desde o massacre em prisão domiciliária. Zhao Ziyang é o claro exemplo de que o regime comunista não funciona: ele, apesar de membro do regime, procurou executar diversas medidas económicas que contrariavam o centralismo do Estado na economia, autorizando a gestão privada em muitas situações, o que levou a aumentos espectaculares da produção. De facto, só mesmo um comunista que vá contra as medidas ortodoxas do seu partido consegue ter algum sucesso…

Nações Ricas Têm de Duplicar Ajuda Aos Países Pobres

De 3,6 em 3,6 segundos alguém morre de fome / Países devem disponibilizar 150 mil milhões de euros por ano até 2015 / Relatório entregue ontem à ONU por 265 peritos apresenta primeiro plano mundial com medidas concretas para combate à pobreza / Conferência sobre redução de desastres naturais, que hoje começa no Japão, confirma que os países pobres são os mais atingidos
In http://jornal.publico.pt/2005/01/18/Sociedade/S01.html

Comentário: É assustador imaginar que, enquanto escrevi este comentário morreram, de fome, mais de 20 pessoas! Este relatório (disponível em http://unmp.forumone.com/index.html) de 3000 páginas apresenta soluções concretas para salvar a vida de milhões de pessoas, e para isso os países industrializados apenas têm de aumentar a sua ajuda dos 0,25% do PNB actuais para cerca de 0,5%. Parece-me ser uma proposta razoável, ainda para mais quando estes países prometeram, há dois anos (no México) aumentar a ajuda para 0,7% do PNB – proposta que, até hoje, apenas foi cumprida por 4 países...

Pontapé de saída do "Fórum do Nando" na blogosfera

Há já cerca de 3 anos resolvi criar uma lista de distribuição de e-mails com o intuito de difundir e discutir a actualidade nacional e internacional. Fazendo eu parte de várias destas listas, tornava-se comum (e aborrecido) receber várias vezes a mesma anedota, a mesma imagem. O objectivo destas "mailing lists" de que falo era - continua a ser - fazer rir. Querendo eu fazer algo de diferente, resolvi começar a enviar notícias, com o propósito de informar e de criar discussão.

Acredito, imodestamente, ter contribuído - por pouco que fosse - para o fomento da vontade de discutir os problemas do país, as realidades do mundo. Houve discussões quentes, críticas audazes, mas penso que, acima de qualquer outra coisa, o mais positivo foi o despertar da massa crítica: a vontade de questionar, duvidar, opinar.

Alguém lhe chamou, a dada altura, carinhosamente, o "Fórum do Nando". Resolvi "registar" o nome... e com a recente explosão do fenómeno dos blogs, achei que o caminho a seguir era colocar o nosso fórum on-line: assim, além de poder ser acedido de qualquer ponto do globo, pode servir como um repositório de dados para pesquisas futuras.

Espero que este blog seja considerada uma mais-valia para os meus amigos e amigas do Fórum. Mais uma vez, o prazer que tenho em proporcionar a comunicação entre nós, mitiga claramente o ligeiro dispêndio de tempo dedicado à manutenção deste nosso blog...