30.11.05

Demitiu-se o ministro que recuperou a economia argentina

Roberto Lavagna era um dos principais colaboradores do Presidente Kirchner. Foi substituído por Felisa Miceli
O ministro argentino da Economia, Roberto Lavagna, demitiu-se na segunda-feira depois de cair em desgraça. O afastamento do artífice da recuperação económica do país nos últimos três anos, já substituído pela economista Felisa Miceli, presidente do Banco da Nação, caiu como uma bomba entre os agentes económicos. A demissão do homem a quem o Presidente Nestor Kirchner, o grande vencedor das eleições de Outubro, deve grande parte do sucesso político e os argentinos três anos de crescimento ininterrupto foi anunciada no âmbito de uma remodelação governamental, mas teve motivos particulares: um desentendimento com um colega protegido da Casa Rosada.

In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=30&uid=&id=51455&sid=5698

Comentário: Iniciando o mandato no meio de uma grave crise económica (inflação altíssima, falências nas empresas, povo com fome no “celeiro do mundo”), o ex-Ministro da Economia argentino estava a conseguir que a Argentina tivesse uma recuperação económica importante, com taxas de crescimento acima dos 8%. Depois, o Sr. Lavagna resolveu censurar (imagine-se!) o Ministro da Planificação por este contratar obras públicas acima do preço de mercado! Realmente, já não se pode ser racional, parcimonioso e rigoroso hoje em dia, pois isso não dá votos…

29.11.05

RE: Sindicalistas apoiam candidatura de Cavaco (I)

mas afinal o que e' isso de direita e da esquerda. a politica ha muito que e' um corpo inerte desmembrado e nauseabundo meu amigo.
(Ricardo Magalhães)

Sindicalistas apoiam candidatura de Cavaco

Dirigentes sindicais entregam declaração de apoio a Cavaco, reunindo 743 assinaturas
Uma delegação de sindicalistas, representada pelo presidente da União Geral de Trabalhadores (UGT), João Dias da Silva, entregou, ontem, na sede de candidatura de Cavaco Silva, um documento de apoio a este candidato a Presidente. A declaração de apoio a Cavaco Silva conta com 743 assinaturas, entre as quais se destacam as dos dirigentes da Federação Nacional de Educação, do Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários, da Congregação Sindical dos Bancários do Norte, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, do Sindicato dos Seguros de Portugal, do Sindicato dos Enfermeiros e do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.O presidente da UGT, Dias da Silva, justificou o apoio à candidatura de Cavaco Silva como um desejo de "recuperação dos níveis de diálogo social alcançados" quando Cavaco "foi primeiro-ministro".

In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=29&uid=&id=51369&sid=5688

Comentário: Até muitos dos sindicalistas apoiam o “candidato da direita”! Está complicado para a esquerda, e é deveras curioso que a justificação seja o nível de “diálogo social alcançado quando Cavaco foi PM”. Mas não era Cavaco Silva o homem autoritário e arrogante, e Guterres e o seu governo os adeptos do “diálogo”?

Mulheres sauditas concorrem a eleições

Dezassete mulheres sauditas concorreram ontem a eleições numa câmara local de comércio e indústria, marcando a primeira vez que umas eleições no reino conservador permitem a participação de mulheres como candidatas. As 17 mulheres empresárias estão entre um total de 71 candidatos que disputam 12 lugares na câmara do comércio de Jidá. "Devemos ganhar pelo menos dois lugares", previu Ulfat Qabbani, outra candidata. A Arábia Saudita realizou no início deste ano eleições a nível nacional, pela primeira vez, para conselhos municipais. As mulheres foram impedidas de votar.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=28&uid=&id=51224&sid=5671

Comentário: Em países como a Arábia Saudita, todos os pequeníssimos passos são de saudar, ainda que os mesmos não nos possam fazer olvidar todos os outros graves atropelos.

28.11.05

"Caxemira, repto ao mundo", artigo de Salman Rushdie

O Inverno da Caxemira é belo mas é também cruel. Olhar para o vale no seu manto branco de Inverno, para os congelados lençóis de gelo dos seus lagos, para o ar pálido, grávido com a promessa de neve, é sentir lágrimas de beleza a congelarem nas nossas pestanas. Contemplar os poderosos Himalaias à nossa volta, embrulhados em branco como uma imensa peça de arte do Cristo, é aprender, uma e outra vez, a salutar lição da pequenez humana.

In http://dn.sapo.pt/2005/11/26/opiniao/caxemira_repto_mundo.html

Comentário: Um artigo excelente, um repto importante, do escritor Salman Rushdie. Escolhi a parte que considero mais bela deste artigo no e-mail, para aguçar o apetite por este magnífico texto.

RE: Entrevista com Cavaco Silva (XIII)

Embora esteja parcialmente de acordo com o comentário do José Marques, sublinho apenas o seguinte:
Nas sua 8 visões, só tenho pena que não aparecam mais Auto-Europas, de preferência de iniciativa de empresários portugueses, com a qualidade e dinamismo, por exemplo, do tecido empresarial espanhol ou irlandês, que nos façam crescer economicamente e criar riqueza que nos permita:
- pagar a conta da TVCabo, do Gás Natural, do bilhete da Expo, das portagens das pontes e das auto-estradas, para carregar o Mimo, para ir ver concertos ao CCB, para pagar as loucuras do AJJ, para comprar a VW Sharan ou a Seat Alhambra e, finalmente, para pagar nacionalizações, ocupações, derrogações... do 25 de Abril...
Força Portugal, força tugas...
(Faber)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (XII)

Este texto resume-se a duas partes: uma que exalta a grande evolução que este país sofreu nos últimos 30 anos (notória e da qual eu também me lembro) e outra que volta a bater no Soares.
Relembro que tudo isto começou porque eu disse que o Cavaco era o menos mau dos candidatos (segundo o texto inicial do Fernando que aponta defeitos a todos os candidatos omitindo o Cavaco).
Ainda não vi a minha opinião ser rebatida.
E não voto Soares, garantidamente.
(Brutal)

25.11.05

MIT negoceia entrada em Portugal

Universidade americana ajudará a fazer ligação entre ciência e empresas. Sócrates retira liderança a Manuel Pinho e nomeia super-coordenador. O MIT – Massachusetts Institute of Technology, a mais prestigiada universidade americana na área da tecnologia, está em negociações para abrir um centro em Portugal. O objectivo é apoiar a execução do Plano Tecnológico, sobretudo na definição de mecanismos que facilitem a ligação entre as empresas e as instituições de ensino e investigação. Ontem, José Sócrates apresentou a nova estrutura que vai liderar a bandeira eleitoral do Governo. Manuel Pinho perde poder.

In http://www.diarioeconomico.com/edicion/diario_economico/edicion_impresa/economia/pt/desarrollo/594628.html

Comentário: Bela notícia. Só apoiados pelos melhores podemos almejar a ser melhores. No meio da confusão que tem sido a novela “plano tecnológico”, finalmente algo que nos permite sorrir.

RE: Entrevista com Cavaco Silva (XI)

Nesse tempo éramos considerados o “bom aluno da Europa”. Éramos o exemplo da altura. O que hoje representa a Irlanda, representávamos nós no início da década de 90. Hoje somos o pior aluno, infelizmente. Como as coisas mudam…

Os governos de Cavaco Silva tiveram falhas e algumas até nem foram despiciendas. Mas a maior falha, apontada certeiramente pelo Zé neste seu breve :) texto, foi curiosamente a que teve maior apoio da esquerda – o aumento da função pública e – muito importante – os privilégios (hoje tão exorcizados) da mesma.

RE: 25 de Novembro (II)

São as “meras irrelevâncias” de que falava há pouco. Comparemos isso com o que se faz, acertadamente, no 25 de Abril. É, no mínimo, esquisito este apagamento.

RE: 25 de Novembro (I)

Fernado,

Tive oportunidade de ver hoje a noticia na RTP 1 no noticiário das 8:00, mas independentemente disso concordo plenamente contigo.
(Luis)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (X)

Não vale a pena andar a falar sempre da fraca memória do Povo Português porque parece que quem fala nisso aposta mesmo nisso...
Contam mentiras, muitas vezes, e pensam que por serem tantas vezes ditas elas se transformam em verdades.
Por falar em memória, eu ainda sou do tempo em que quando se apanhava a A1 em Lisboa esta acabava em Aveiras (não é Aveiro é Aveiras, de cima), que a rede de metro de lisboa era pouco mais que uma linha, em que a bolsa de valores Portuguesa era uma anedota, em que tinhamos 2 canais de TV, as Grandes Empresas eram estatais, que a entrada de Lisboa era uma torre de refinaria com chama no topo, em que não havia o 14ª mês, em que as taxas de juro tinham 2 digítos enfim um mundo à parte...
Eu ainda sou do tempo em que um ministro era despedido por contar uma anedota de mau gosto...
Sou do tempo em que em Alqueva apenas existia uma parede que dizia "Construam-me porra!"
Vi nascer a SIC, a TVI, a Tvcabo foi lançada por uma empresa Privatizada.
Vi chegar a Portugal o Gás Natural, fui visitar a Expo 98 no meio de milhares e ainda hoje volto ao mesmo sitio e vejo uma nova cidade.
Vi nascerem Pontes no Porto, institutos politécnicos, novas polivalências universitárias, vi os juros a descer, as reformas a aumentar.
Vi chegarem aqueles telefones tipo mala que funcionavam em rede analógica.
Vi nascer o Mimo e o Centro Cultural de Belém.
Vi as mentalidades mudarem.
Vi um Primeiro Ministro a bater o pé ao A. João Jardim.
Vi chegar a Palmela o único investimento estrangeiro de jeito feito em Portugal no pós Abril de '74 e que representa 10% das nossas exportações.
Tanto vi que não me esqueci.
Vi coisas boas, algumas más.
Mas para as recordar basta ter memória... E alguns anos infelizmente.
Enquanto cavaco foi primeiro ministro e porque a memória não é selectiva, Soares visitou 57 países percorrendo no total 992.809 kms o que corresponde a 22 vezes a volta ao mundo.
Desses 57 países alguns foram visitados várias vezes como por exemplo Espanha (24 vezes) e a França (21 vezes) Como exemplo dessas viagens recordo uma ao Brasil onde a comitiva era composta por trezentas (300) pessoas.
Depois disto, e em jeito de resposta a mails anteriores, admito que o défice do Estado Português era alto. Não quero fazer nenhuma ligação directa entre as viagens do Pres. da Republica com comitivas de centenas de pessoase e o valor do défice mas gostaria que ficasse contextualizado.
Os valores do défice eram altos para os nossos padrões actuais mas na altura não havia uma moeda unica europeia e um pacto de estabilidade que impunha limitações de ordem monetária. Existia uma taxa de crescimento do PIB alta.
Anos houve em que foi a maior da Europa dos 15. A taxa de juro é importantissíma porque agora estamos habituados a que ela esteja a 2% e pouco ou nada se mova mas nem sempre foi assim. Eu lembro-me quando o FMI veio bater à porta de Portugal...
Mas esta memória não interessa a todos.
Dizem que Cavaco vai ganhar porque os outros são piores e não merece... E eu pergunto qual foi o anterior Presidente que mereceu mais do que o Cavaco?
Qual?
O Miguel mandou um mail que depois de lê-lo e de retirar todos os juizos de valor implicitos resta a informação que o défice nos anos 80 é alto. É verdade sim senhor! Quanto ao resto não se me oferece dizer nada pois não tenho como ir contra uma opinião. Resta-me respeita-la...
Já agora, acrescento, porque ainda ninguem falou nisso, e porque também sei ver o mal, quando existe que nos 10 anos de governo do Prof Cavaco o maior erro foi ter deixado engrossar o nº de funcionário público. Isso sim foi um erro que julgo que deve estar arrependido de não ter conseguido evitar.
Isto já vai muito longo.
PS- Ainda não vi respondido as questões que coloquei anteriormente.
Relembrando:
Peço que me expliquem como é que ter 46,09% de votos é ser democraticamente escorraçado?;
Se Mario Soares tiver 20%, nestas eleições como tudo indica que venha a acontecer, isso representa o quê? Que ilações se poderão tirar?
Cumprimentos e bom fim de semana
(Zema)

25 de Novembro

Hoje é dia 25 de Novembro.

In nenhum lado!

Comentário: O nosso país tem “memória selectiva”. Hoje é dia 25 de Novembro. Faz hoje 30 anos que Portugal saiu da sua estrada com destino a ser a Cuba ou Coreia de Norte da Europa, para ser um país democrático, inserido na União Europeia, como é hoje. O “25 de Abril do 25 de Abril”, como alguém lhe chamou, ocorreu há precisamente 30 anos. Mas, sobre isso, hoje não há notícias: procurei no Público. No Diário de Notícias. Na TSF. Nada, ou meras irrelevâncias. A nível de Estado, nenhuma cerimónia. Absolutamente nada.
Sem 25 de Novembro, sem a contra-revolução liderada pelos militares moderados dirigidos por Ramalho Eanes (militarmente) e Melo Antunes (politicamente, com o seu Grupo dos Nove), a extrema-esquerda tinha prosseguido a sua senda revolucionária, na busca da utópica “sociedade sem classes”, cerceadora das nossas liberdades cívicas e políticas. Hoje seríamos um país isolado e pobre.
Assim se vai escolhendo o conteúdo da nossa “memória colectiva”.

Violência doméstica matou 33 mulheres desde o início do ano

Foram alvejadas a pistola ou caçadeira, golpeadas com faca ou machado, mortas à vassourada, à paulada, ao murro ou pontapé. Desde o início do ano, 29 mulheres foram assassinadas por maridos, namorados ou ex-companheiros, mais quatro por familiares. Hoje é Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=25&uid=&id=50641&sid=5612

Comentário: É assustador o que se passa em alguns “lares” portugueses. A violência doméstica continua a crescer, de dia para dia, o que é sintoma de que ainda vivemos numa sociedade, em muitos aspectos, retrógrada, com homens (e também algumas mulheres, embora em menor número) primitivos, verdadeiros “neanderthais” que continuam, na maior parte das vezes, a ficar impunes. Uma imagem triste do nosso “país profundo”…

24.11.05

RE: Entrevista com Cavaco Silva (X)

Faço o “mea culpa”, tens razão. Vieira a Presidente! :)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (IX)

Desculpa lá Fernando, mas afinal as tuas contas tão muito mal feitas!!!! Esqueceste-te dos seguintes candidatos (alguns candidatos a candidatos):
http://www.nelson-magalhaes.com/
http://www.manuelamagno.com.pt/
http://www.vieira2006.com/
http://www.movimentohumanista.com/luisfilipe/
http://www.garciapereira-presidenciais2006.net/

Um abraço,

P.S.
Vota Vieira! tem um web-site fenomenal! LOL!
(Tiago Hipkin)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (VIII)

Partamos, então, do princípio que Cavaco Silva vai ganhar por "exclusão de partes". Ao mesmo tempo, suponhamos ainda que ele "não merece ser presidente".

Assim sendo, sendo ele o "menos mau"(ou o "melhor") entre todos os candidatos, se ganhasse outro, essoutro mereceria ainda menos, naturalmente, ser presidente.

Conclusão silogística: Cavaco é o candidato que merece mais ser Presidente (mesmo que não mereça! :)), ou que desmerece menos, se quiserem. Assim, pelas sondagens, a maioria popular parece estar a “acertar” no voto…

RE: Entrevista com Cavaco Silva (VII)

A derrota do PSD em '95 depois de duas maiorias absolutas tem que ter uma explicação.
E a frase "Cavaco foi, e é cada vez mais, uma referência sebastianina, não por sua culpa mas pela mediocridade dos seus sucessores. Quem tem um olho em terra de cegos..." define exactamente o meu ponto:o Cavaco vai ganhar por exclusão de partes e não porque é um homem/político que mereça ser presidente. E que vai beneficiar da fraca memória deste Povo.
(Brutal)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (VI)

Cavaco, aquele senhor que não tem opinião formada acerca do 11 de Setembro ou da invasão do Iraque, enfim, problemas politícos, de que ele continuamente evita falar, ou então responde-nos com uma sentença qualquer acerca de economia, se repararem bem o homem só fala de economia, não tem capacidade, nem qualificações para falar de política. E de economia deixou-nos uma bela lembrança, estoirou os fundos comunitários construindo estradas e deixou-nos um défice de 9% (8% acho eu), já não falando, de quando ele entrou para o governo a Irlanda estava atrás de nós no ranking europeu, e que depois por magia nos ultrapassou durante as belas legislaturas do grande Cavaco. Essa teoria de ter medo de ir a votos é verdadeiramente soberba, gostei.E há 10 anos antes, não me venham com tretas, por favor, era contra o Jorge Sampaio, repito o Jorge Sampaio, presidente da Câmara de Lisboa. Foi um castigo parao o Cavaquinho, foi o que foi. ehehÉ uma vergonha para Portugal termos este homem como presidente.Cumprimentos a todos
(Bergano)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (V)

Conceito interesante: Democraticamente escorraçado...
Será que é possível explicar este conceito?
Se não me falha a memória, Cavaco nunca perdeu umas eleição em legislativas.
Cavaco foi 3 vezes a votos teve 2 Maiorias Absolutas e nunca teve medo de ir a votos. Ganhou o congresso da Figueira quanto tudo apontava para outros, Ganhou a primeira maioria porque o extinto PRD fez cair o Governo convencido que cavaco ia perder se fosse a votos. Ganhou a segunda Maioria quando toda a gente apostava numa derrota ou, no pior dos casos, numa vitoria minoritária. Depois de 10 anos no poder, decide candidatar-se à Presidência da Republica onde perde contra Jorge Sampaio que era apoiado por toda a "Esquerda" e onde o CDS teve uma atitude anti-Cavaco mesmo assim Cavaco Silva tem 46,09% dos votos expressos. Relembro que meses antes o PSD teve como resultado nas legislativas 34.12%, ou seja e esta análise é forçada reconheço, Cavaco tem um valor intrínseco muito mais alto que o próprio PSD per si. Cavaco foi, e é cada vez mais, uma referência sebastianina, não por sua culpa mas pela mediocridade dos seus sucessores. Quem tem um olho em terra de cegos...
Por isso, e mais uma vez, peço que me expliquem como é que ter 46,09% de votos é ser democraticamente escorraçado?

Se Mario Soares tiver 20%, nestas eleições como tudo indica que venha a acontecer, isso representa o quê? Que ilações se poderão tirar?
(Zema)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (IV)

Quando se referem defeitos de todos os candidatos menos de um, este não é necessriamente o melhor: é antes o que está caladinho e sobre o qual já todos parecem ter esquecido porque foi democraticamente escorraçado do governo em '95.
(Brutal)

Sondagens

Sondagem Cavaco Silva mais à frente e PS desmotivado
Nuno Sá Lourenço
No início de Setembro, a estimativa da Universidade Católica admitia 49 por cento de votos para o ex primeiro--ministro. A realizada no passado fim-de-semana colocou Cavaco Silva nos 57 por cento e mostrou um eleitorado socialista desmotivado, indeciso e até abstencionista
A vantagem de Cavaco Silva sobre os seus adversários à Presidência da República parece ter aumentado. Quase três meses depois, a Universidade Católica voltou a realizar uma sondagem para o PÚBLICO, RTP e Antena Um, com valores ainda mais favoráveis para o ex-primeiro-ministro.Entre os silêncios do social-democrata e a volta a Portugal de Mário Soares, Cavaco Silva consegue somar aos 49 por cento que registara na estimativa em Setembro, mais oito pontos percentuais. Por seu turno, o ex-Presidente da República passa dos 32 para os 16 por cento, percentagem que o deixa ligeiramente atrás de Manuel Alegre (não fazia parte da sondagem de Setembro por não ter ainda anunciado a sua intenção), que atinge 17 por cento.A comparação entre estas duas fotografias temporais assinala assim a tendência para a subida do candidato da direita, contra a quebra de toda a esquerda. Em Setembro totalizavam 50 por cento dos votos. No passado fim-de-semana, somavam 42 por cento.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=24&uid=&id=50571&sid=5604

Cavaco Silva perde terreno e não garante eleição à primeira

Candidato da direita mantém vantagem confortável. Alegre reforça segundo lugar

Cavaco Silva mantém uma confortável vantagem sobre os principais adversários, mas ficou mais longe de ganhar na primeira volta. O candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS tinha em Outubro 48,8% dos votos e tem agora 44%, sem contar com os indecisos.


In http://dn.sapo.pt/2005/11/24/nacional/cavaco_silva_perde_terreno_e_garante.html

Comentário: Quem quiser que Cavaco vença as eleições, compre o Público. Quem ainda tiver esperança em que ele não vença, compre o DN... De qualquer forma, seja à primeira seja à segunda volta, a vitória parece que cairá sempre no ex-PM.

23.11.05

Estudos dizem que aeroporto fica pago em 23 anos

O modelo de concurso público a ser lançado só vai ser definido agora mas, com base nos estudos de viabilidade financeira ontem apresentados, o aeroporto de Lisboa não terá grande peso no Orçamento do Estado. Pode até ter custo zero, se avançar a ideia ontem defendida de cobrar aos passageiros da Portela uma taxa para pagar o novo aeroporto a partir de 2010. Por Inês Sequeira e Luísa Pinto
Está oficializada a decisão de construir um novo aeroporto internacional de Lisboa na Ota, que esteja operacional em 2017. Numa mediática sessão de esclarecimento público, durante todo o dia de ontem, o Governo de José Sócrates anunciou que a NAER, empresa do Estado encarregue da obra, vai começar a desenhar um modelo de transacção e financiamento para a construção do novo aeroporto, orçado em 3100 milhões de euros. O objectivo é garantir a atractividade para os capitais privados e minimizar a participação de capitais públicos, "que deve ser residual na exacta medida do necessário para que o projecto seja socialmente aceitável e económica e financeiramente atractivo", como sintetizou o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos Costa. Também terão que ser estabelecidos, nesse modelo, os limites máximos de risco a incorrer pelo Estado.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=23&uid=&id=50315&sid=5580

Comentário: As minhas dúvidas em relação ao aeroporto da OTA mantêm-se, porque infelizmente não foram cabalmente esclarecidas: dada a actual conjuntura económica, com a total estagnação da nossa economia, é possível embarcar num investimento desta magnitude – não haveriam soluções mais “em conta”? Não se poderia utilizar, por exemplo, o Montijo, como destino para as companhias “low cost” (como Stansted ou Luton em Londres)? Em Londres o aeroporto de Gatwick tem apenas uma pista, e pode, mesmo assim, receber cerca de 30 milhões de passageiros; por que é que a Portela só pode aspirar a ter 15 milhões (um dos consultores iniciais – British Airport Authority –afiançou o número de 22 milhões, mas esse parece ter sido esquecido entretanto)?
E porque não se levaram em conta as rejeições de todas as companhias aéreas, da generalidade dos empresários, dos operadores turísticos, etc.? Os bancos, naturalmente, apoiam, mas isso é óbvio! Eles vivem exactamente destes grandes investimentos…
Há muitas questões que ficam, assim, por clarificar, o que é mau num investimento que representa tantos milhões de Euros. De qualquer forma, é também um facto que a decisão é política, e que o Governo tem legitimidade para avançar com o aeroporto na Ota. Eu até nunca fui muito favorável à Portela, pois a localização central na cidade retira muita qualidade de vida aos habitantes, devido à poluição sonora insuportável (eu que o diga, que moro mesmo perto, e sofro o tormento do barulho dos aviões a chegar e a partir), e naturalmente devido ainda a questões de segurança (uma pequena falha na aterragem provocaria uma catástrofe). Mas isso era uma discussão para a altura em que o aeroporto foi construído, e não para agora.
Penso que, tomada que está a decisão, devemos agora exigir, ao menos, que não se gaste mais do que o previsto, e que este investimento tenha rentabilidade a longo prazo. Esperemos que não tenha sido uma decisão ideOTA, e que não faça de nós um bando de OTArios… :)

22.11.05

RE: Entrevista com Cavaco Silva (III)

Ser o menos mau é exactamente o mesmo que ser o melhor.

Sendo o conjunto constituido por candidatos, ou outra coisa qualquer, caso nós queiramos ordenar o conjunto segundo o critério de ordenação do, por exemplo, mais pesado para o mais leve e depois façamos uma nova ordenação, desta feita, pelo critério do menos leve para o mais leve obtemos duas ordenações exactamente iguais.
Mas tal como Protágoras escreveu um dia "o homem é a medida de todas as coisas" e ainda bem que é assim... Podemos olhar para um copo que está meio e para mim estar meio cheio e para outro estar meio vazio.
(Zema)

Sharon funda um novo partido para "fazer a paz"

Primeiro-ministro cria um movimento "liberal". Governo e parlamento desfazem-se. Uma nova era em Israel
Desde a retirada de Gaza que se falava no big bang. Ontem à noite, o primeiro-ministro Ariel Sharon concretizou-o, anunciando ao país que deixa o Likud, o partido conservador que co-fundou há 30 anos, para criar um novo partido "liberal".A decisão altera o mapa político, já sacudido recentemente pela surpreendente eleição de Amir Peretz na liderança do Partido Trabalhista (Labour). Há um mês os israelitas tinham um governo de coligação entre os dois grandes partidos, Likud à direita, Labor à esquerda, que alternam no poder desde a fundação do Estado. As eleições estavam marcadas para Novembro. Agora, o Governo está desfeito, o Parlamento concluirá hoje a sua dissolução, e três partidos vão disputar o poder: à direita, o Likud dos anti-retirada de Gaza; ao centro, o novo partido de Sharon; à esquerda, o Labour de Peretz. As legislativas vão acontecer em Março, pouco depois das eleições palestinianas de 25 de Janeiro.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=22&uid=&id=50248&sid=5571

Comentário: Uma táctica muito interessante de Sharon. O actual primeiro-ministro já tinha avisado que poderia optar por esta solução, desde que resolveu retirar da Faixa de Gaza. É curioso que este homem, que várias vezes foi um entrave à paz, tem caminhado, nos últimos tempos, para soluções muito mais pragmáticas, estando assim a ser actualmente um impulsionador da paz na conturbada região Israel-Palestina. Depois da morte de Arafat o caminho ficou mais simples (apesar de ainda ser extremamente complexo), em especial porque Abbas e Sharon parecem verdadeiramente convictos de que a paz passa pela união e reconhecimento entre estes dois Estados.
O Likud (partido da direita do espectro político israelita, actualmente no poder), tem estado maioritariamente contra a retirada de Gaza. Vendo que está a perder apoio, Sharon opta pela “fuga para a frente”. Cria um partido centrista, com o objectivo final de alcançar um acordo de paz, cedendo em parte aos palestinos, mas mantendo alguns dos “objectivos nacionais de Israel”. Veremos agora se as eleições trazem alterações políticas relevantes.

21.11.05

RE: Entrevista com Cavaco Silva (II)

Questão de dialéctica, caro Amigo! :) Vemos exactamente a mesma coisa, apesar dos ângulos de vista serem distintos. Estarrecedor! :)

RE: Entrevista com Cavaco Silva (I)

Essa exclusão de partes não nos leva à conclusão de que Cavaco é a melhor
opção. Leva-nos à conclusão de que é a opção menos má. Esclarecedor.(Brutal)

Entrevista com Cavaco Silva

O Presidente pode pedir a um Governo ou à Assembleia que legislem em determinadas matérias
Por José Manuel Fernandes e Nuno Sá Lourenço, fotografias de Miguel Madeira
Cavaco Silva recorda que há poderes políticos que o Presidente da República tem e que pode usar, mesmo que essa não tenha sido a prática até agora. Por isso, acredita que pode trabalhar em conjunto com o Governo, a Assembleia, os partidos e os parceiros sociais para "inverter o ciclo de afastamento em relação aos níveis de desenvolvimento da UE ou de Espanha". Entre esses poderes estão o envio de mensagens à Assembleia ou o pedido para serem elaborados Livros Brancos. Na sua primeira grande entrevista à imprensa escrita, o candidato defende a herança dos seus governos e mostra rever-se mais no estilo de exercer a Presidência de Jorge Sampaio do que de Mário Soares.

In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=21&uid=&id=50023&sid=5546

Comentário: Portugal precisa de um clima de maior confiança. Para o momento actual do país, penso que o perfil de Cavaco Silva será o melhor para a Presidência do Estado. A maior parte dos actores económicos – fundamentais nesta altura recessiva e pessimista – estão ao lado do ex-Primeiro Ministro. Olhando para o quadro de possibilidades, verificamos que:
1) Mário Soares está mal colocado neste quadro – além das várias gaffes e esquecimentos que tem demonstrado, além da sua putativa condição de “pai (avô?) da Nação” (por exemplo quando, por duas vezes, desrespeitou a lei eleitoral apoiando o seu candidato a umas eleições, no própria dia de realização das mesmas), há um exemplo típico da sua personalidade, que hoje em dia é insuportável numa pessoa que almeja carregar as responsabilidades de Presidente da República: Mário Soares visitou a Casa da Música, e ficou “maravilhado”. Mas quando lhe perguntaram o que é que ele achava do imenso descalabro financeiro que ela representou (custo final 6 vezes superior ao previsto), teve a resposta soarista: “Por mais derrapagens que houvesse isto (CdM) é uma maravilha” e “quando há ideias, o dinheiro aparece”. Clarificador.
2) Manuel Alegre apresenta-se como o candidato de “fora do sistema”, o que é esquisito para uma pessoa que é deputado há 30 anos na Assembleia da República (já foi inclusive seu vice-presidente). Além disso, criticou muito as medidas do PS, mas o facto é que foi sempre um deputado fiel ao partido. Finalmente, criticou o Orçamento de Estado, mas na altura da votação, faltou. Esclarecedor.
3) Jerónimo de Sousa ainda não largou o estalinismo.
4) Francisco Louça ainda não largou o trotskismo.
Por tudo isto, parece-me que Cavaco Silva é actualmente a melhor opção para o cargo de Presidente da República.

Ensino superior avaliado pelo acesso ao emprego

A avaliação internacional do ensino superior e das suas instituições está prevista desde 1994, mas nunca foi concretizada em Portugal

critérios. Medicina, enfermagem e medicina dentária serão áreas que, à partida, se classificarão nos primeiros lugares da nova avaliação em termos de empregabilidade

O primeiro exercício de avaliação internacional do ensino superior vai estar concluído no final de 2006. A capacidade que as universidades e politécnicos têm para preparar os alunos para o mercado de trabalho será o critério determinante, segundo o despacho de avaliação que estabelece as regras e que o ministro Mariano Gago apresenta hoje.

A aferição global da qualidade do ensino superior português vai ser realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que tem como uma das suas missões analisar "a facilitação de oportunidades de emprego aos novos diplomados", segundo o despacho a que o DN teve acesso. Também a avaliação individual das universidades vai incidir sobre "os mecanismos de saída do sistema", mas esse processo de submissão será, por enquanto, voluntário.


In http://dn.sapo.pt/2005/11/21/sociedade/ensino_superior_avaliado_pelo_acesso.html

Comentário: Um dos objectivos de qualquer governo deve ser a qualificação dos portugueses. A necessidade é tão clara, que nunca nenhum Governo colocou isto em causa. O problema é que as sucessivas “paixões pela educação” não têm apresentado os melhores resultados. Hoje, o Ministro da Ciência e do Ensino Superior deu-nos duas boas notícias em relação a este problema. Primeiro: o Ensino Superior (universidades e politécnicos) vai ser avaliado externamente, por uma entidade internacional, a OCDE. Segundo: esta avaliação tem como principal critério o acesso dos licenciados ao emprego.
O mais importante objectivo de um curso superior é, de facto, a qualificação de profissionais para o mercado de trabalho. Além da mais-valia que o mesmo deverá representar no domínio cultural e intelectual dos alunos, o propósito final é o de criar bons profissionais para os vários sectores económicos do nosso país. Daí o critério de “acesso ao emprego” dever ser o principal elemento da avaliação, ao que se devem juntar os critérios de racionalidade e eficiência do sistema, desempenho das instituições, etc. Ser a OCDE a tomar conta deste trabalho é uma garantia de transparência e competência, que poderá beneficiar todas as entidades envolvidas.

15.11.05

Portugueses devem apostar em parcerias com angolanos

Angola vai ter em 2006 um crescimento acima dos 25 por cento, integrando o pelotão dos países mais dinâmicos
Angola festejou sexta-feira passada três décadas de independência em ambiente de boom económico. Com um território 14,5 vezes superior ao português e apenas 1,4 vezes mais habitantes, integra o grupo de países que mais verão as suas economias crescerem entre 2005 e 2007, a um ritmo de 18 por cento ao ano. Uma expansão sustentada na produção petrolífera que não se traduz directamente em benefícios para toda a população.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=14&uid=&id=48825&sid=5426

Comentário: Depois da guerra colonial, surgiu a independência a 11 de Novembro de 1975. A partir daí, e até ao assassinato de Jonas Savimbi, uma série de guerras civis tornaram este rico país num local impróprio para viver e para investir. Hoje, Angola é um dos países que mais irá crescer economicamente, e isto prosseguirá nos próximos anos. Um crescimento sustentado no petróleo, é certo, mas uma boa oportunidade para que investidores estrangeiros possam apostar no país (os chineses começam a ganhar terreno). Devido à forte ligação histórica que têm com os angolanos, os portugueses podem aproveitar para fazer bons negócios, investindo, e desta forma também ajudando ao desenvolvimento daquele país de contrastes – com riquezas naturais abundantes, tem a maioria da população a viver na miséria. Com um combate forte à corrupção, e com a aposta noutras actividades além-petróleo, Angola poderá ser um caso de sucesso nos anos vindouros. Veremos se o seu povo e os seus dirigentes conseguem levar este barco a bom porto – para já os ventos são muito favoráveis.

10.11.05

RE: Portugal em sétimo na lista dos países que mais bebem (II)

Tens toda a razão! Não me lembrava que 25% dos cidadãos do Luxemburgo são “tugas”! Sempre em primeiro! :)

RE: Sócrates promete no Parlamento aumento real do salário mínimo (II)

Na “vertente macro” concordo contigo – isto é, concordo genericamente contigo. :) Sublinho em especial o estranho caso da compra da Compal pela CGD(80%)/Sumolis(20%), que parece mais uma nacionalização do que outra coisa. Porque raio é que a CGD vai comprar uma empresa de sumos? Poderia ser um investimento estratégico, para vender depois – e parece que é essa a justificação. O estranho é a CGD pagar 30% mais do que qualquer outro candidato à compra - que lucro esperam obter depois na venda? Além disso é engraçado que uma empresa que tem sido mal gerida, com prejuízos (Sumolis), passar a gerir outra que tem tido lucros fantásticos (Compal)… Na ENI também parece que há horror aos investidores estrangeiros…


Só uma dúvida: o Armanda Vara já é mesmo licenciado? Se sim, fantástico, pensei que ainda lhe faltassem umas cadeiras! :)

RE: Portugal em sétimo na lista dos países que mais bebem (I)

A quantos portugueses há no Luxemburgo? :-)

Still number one!!!!
(Zema)

RE: UE prepara-se para uma nova e longa vaga de adesões (I)

Já descarrilou...

Descarrilou no dia em que uma constituição feita por poucos foi chumbada por muitos.

A UE ou é refundada ou vai já acabou. Só falta passar a certidão de óbito.
(Zema)

RE: Sócrates promete no Parlamento aumento real do salário mínimo (I)

Este Governo na sua génese nem tem sido um mau governo.
Na vertente macro sou obrigado a concordar com a generalidade das medidas tomadas.
Critico isso sim as micro medidas que vão descredibilizando este Governo e toda a classe politica.
Apesar de concordar com as nomeações politicas para cargos de confiança critico algumas das nomeações como são exemplos flagrantes o Fernando Gomes para a Galp e do recem licenciado Armando Vara para a CGD. É graças a estas moneações que há grandes dúvidas e suspeitas de negociatas. Dou dois exemplos: Na Galp a teimosia em querer correr com a ENI do capital sem que haja um parceiro estratégico a perfilar-se. Na CGD a recente aquisição da COMPAL que tem todos os contornos de um negócio suspeito (depois se quiserem explico porquê).
Critico a nomeação do Presidente do Tribunal de Contas que deveria ser alguém imparcial (se existisse) ou credível;
Critico a teimosia da OTA e do TGV sem que consigam explicar a urgência. Cada vez se fala mais nos terrenos;
Critico as SCUTS que custam milhões;
Critico as trapalhadas de felgueiras e os silêncios ensurdecedores;
Critico a decisão de ser o Governo a definir prioridades na investigação criminal;
Critico o aumento das despesas dos gabinetes de ministros para pagamentos de salários;
Critico a forte subsidiação da RTP;
Critico a cada vez maior ingerência do Poder politico nas decisões empresariais nacionais;

Reconheço quie este governo teve coragem para tomar algumas decisões dificeis e que têm o meu apoio. Pena é que já começe a suar das mãos a volte atrás em algumas delas... Espero que pelo menos algumas se aguentem.

Este orçamento é um orçamento mediano, corajoso mas que mais uma vez está mal na parte referente aos investimentos (mas isso já é costume).

Cumprimentos
(Zema)

Portugal em sétimo na lista dos países que mais bebem

Em média, cada cidadão nacional consome por ano quase 59 litros de cerveja, 42 de vinho e 1,4 de álcool puro em bebidas destiladas
Depois de já ter liderado a lista dos maiores consumidores de bebidas alcoólicas do Mundo, Portugal encontra-se actualmente no sétimo lugar, a par do Reino Unido, com uma ingestão anual média de 9,6 litros de álcool puro por habitante, revelam os últimos dados disponíveis da World Drink Trends, divulgados este ano mas relativos a 2003.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=10&uid=&id=48200&sid=5364

Comentário: Que vergonha! Já estivemos em 1º lugar, e agora já estamos em 7º! Nem a beber somos melhores que os outros… estou chocado! O Luxemburgo está em 1º, e olhem que este é país europeu com melhores rendimentos. Isto anda tudo ligado, se bebêssemos mais de certeza que tínhamos melhor nível de vida! Eu bem tento, mas estou a ver que não é o suficiente. Pessoal, temos de voltar a ter a camisola amarela! Será que nunca podemos ser 1º em alguma coisa?

UE prepara-se para uma nova e longa vaga de adesões

A Macedónia será brevemente candidata oficial à União; Turquia muda de estatuto
A Macedónia recebeu ontem o parecer favorável da Comissão Europeia para receber o estatuto de candidata à adesão à União Europeia (UE), embora ainda sem qualquer data para o início das negociações formais.A proposta foi feita pela Comissão aos governos dos Vinte e Cinco, que deverão aceitar conceder este estatuto a Skopje na cimeira de Dezembro. Esta decisão coloca o terceiro país saído da antiga Jugoslávia na rota da adesão, depois da Eslovénia, que já é membro da UE desde Maio de 2004, e da Croácia, que iniciou as negociações a 3 de Outubro.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=10&uid=&id=48171&sid=5362

Comentário: A União Europeia depara-se, hoje, com imensos problemas: estagnação económica, subida do desemprego, conflituosidade social, dificuldade de integração das minorias, em especial muçulmana, etc. Entretanto, a Turquia espera entrar na UE, a Roménia e a Hungria estão à espera, e surgem outros candidatos: Croácia, Macedónia… Creio que muitas das dificuldades da Europa estão exactamente na velocidade estonteante a que ela vai crescendo. Seria mais prudente fazer-se como no passado, com entradas mais espaçadas no tempo, criando assim uma integração mais “sustentada”. O facto de alguns países candidatos terem sociedades – e mesmo civilizações – radicalmente diferentes dificulta, ainda mais, a integração. Não se deveria abrandar, para não se correr o risco de… descarrilar?

Sócrates promete no Parlamento aumento real do salário mínimo

No primeiro dia de debate do Orçamento do Estado na generalidade, o primeiro-ministro defendeu a proposta do Governo, apresentado-a como realista e credível e a primeira que, nos últimos anos, desce a despesa. Num debate sem grandes novidades, o PSD teve dificuldade em explicar a sua mudança de posição e a esquerda acusou o Governo de não se preocupar com o desemprego. Sócrates deixou perguntas por responder, mas só teve mesmo dificuldade em explicar o "negócio" com os Açores
O primeiro-ministro, José Sócrates, prometeu ontem que o salário mínimo nacional (SMN) terá um aumento real no próximo ano. O que significa que terá um aumento superior à previsão da inflação no Orçamento do Estado para 2006 (OE), que é de 2,3 por cento. "Este ano o salário mínimo aumentará em termos reais", disse o primeiro-ministro no debate do OE na generalidade, em resposta ao líder do PCP, Jerónimo de Sousa. Esse aumento poderá ficar nos 2,5 por cento.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=10&uid=&id=48077&sid=5355

Comentário: Não sendo o Orçamento ideal (algum o é?), nem sequer um Orçamento muito bom, penso que se deve dar o benefício da dúvida a este Governo. O mais positivo é continuação da tentativa de controlo da despesa – o que vindo de um governo socialista é sempre de saudar. O Orçamento tem, no entanto, problemas: confia num crescimento económico assente num grande aumento de exportações, e diminuição de importações – o que não parece crível (olhando para o que se tem passado nos últimos anos), aposta na redução do défice em especial pela parte da receita (mais de 2/3 da redução é feita pela subida da receita, em vez de ser redução da despesa) e continua a apostar em projectos ainda injustificados do ponto de vista financeiro, nomeadamente a OTA e o TGV, além do "luxo" que são as SCUTs. De qualquer forma, parece-me errado que o PSD vote contra o Orçamento. Esta seria uma boa oportunidade para haver um consenso entre os dois partidos, a bem do país; mas esta unanimidade será gorada, a meu ver, por minudências (não despiciendas, mas minudências). É pena que assim seja, até porque acredito que se o PSD estivesse na governação do nosso país, o documento apresentado teria muito poucas nuances em relação ao actual.

8.11.05

O coração do palestiniano Ahmed bate dentro de uma menina israelita

Depois da doação dos órgãos, Sharon enviou desculpas à família do menino palestiniano morto por soldados
A família de Ahmed Al Khatib, um menino palestiniano de 12 anos alvejado quinta-feira por soldados israelitas, doou os seus órgãos a seis cidadãos de Israel. "Era uma forma de o fazer estar vivo, sentimos que ele está vivo nestas crianças", disse ontem ao PÚBLICO o seu tio, Mustafa Habub.Ahmed morreu sábado à tarde num hospital de Haifa. O seu coração bate agora no peito de uma menina drusa israelita, Samah Gadban, também de 12 anos.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=08&uid=&id=47878&sid=5333

Comentário: Com emoção se lê esta notícia, com emoção se compreende ser esta a única forma de cultivar a Paz. Uma “mensagem de paz” que deveria ser escutada por todos os medianeiros do conflito.

Governo francês autoriza o recolher obrigatório para travar os motins

A situação em França está fora de controlo, tendo atingido o pico da violência na noite de domingo para segunda. O Estado falhou e a violência generalizou-se a quase todo o país e, agora, são as grandes metrópoles europeias que temem o contágio francês e olham com inquietação os jovens imigrantes, a "nova classe inferior, desesperada e perigosa". Por Jorge Almeida Fernandes
O primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, anunciou ontem à noite que o Governo vai autorizar a imposição do recolher obrigatório em todos os locais onde se registem motins. A decisão será hoje oficializada pelo Presidente, Jacques Chirac, num Conselho de Ministros extraordinário.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=08&uid=&id=47748&sid=5323

Comentário: A França está em Guerra. A imposição do recolher obrigatório em certas localidades evidencia isso mesmo. Por noite os “canalhas” (como lhes chamou Sarkozy, o muito criticado Ministro do Interior) têm queimado cerca de 1500 automóveis. E os ataques já não se ficam por aí: além de vários polícias feridos, já houve um morto nestes motins.
As razões são várias, mas podem ser sintetizadas: os imigrantes de segunda e terceira geração (cidadãos franceses, filhos de imigrantes) não estão integrados na sociedade, não se sentido, por isso, verdadeiros franceses. A taxa de desemprego entre estes “franceses de segunda” é 10 vezes superior aos nativos, e a estratégia de “assimilação” que a França tem mantido para integrar os imigrantes – que tão bem funcionou no passado, com imigrantes com culturas ocidentais (está aqui a grande diferença!) – não funciona para culturas distintas, e isso nota-se nos milhões de insatisfeitos provenientes do Magrebe. A situação é explosiva, e não se consegue antever forma de travar a guerra…

7.11.05

Cada vez mais famílias não conseguem pagar as dívidas

Em menos de cinco anos, quase 2500 pessoas já pediram ajuda ao Gabinete de Apoio ao Sobreendividado da Deco - e o número tem vindo a aumentar.
Com a possibilidade de comprar uma multitude de produtos a crédito - a casa, o carro, a televisão, o sistema de som ou até as férias - muitas famílias portuguesas perdem o controlo do seu orçamento. Os pedidos de ajuda que chegam ao Gabinete de Apoio ao Sobreendividado (GAS) da Deco aumentaram 275,7 por cento entre 2000 e Setembro de 2005.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=06&uid=&id=47465&sid=5290

Comentário: Com a previsível subida dos juros na Europa – a qual poderá não ser a melhor opção, dado que o crescimento económico europeu ainda está “perro”, e uma subida dos juros pode travá-lo ainda mais – os endividados portugueses estarão em muito maus lençóis. As dívidas acumulam-se: casas, carros, e até férias (o que para mim é sintomático), colocam os portugueses no topo da tabela dos endividados europeus. O endividamento corresponde a 118% do rendimento disponível (era de 20% em 1990…), o que indica que os portugueses vivem no “fio da navalha”, não poupam, e qualquer imprevisto (como por exemplo o desemprego) pode colocá-los numa situação desesperada.

3.11.05

Aristides Gomes nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau

Novo chefe do Governo deve apresentar hoje a composição do seu Executivo
O Presidente guineense nomeou ontem Aristides Gomes novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau através de um decreto presidencial que entra "imediatamente em vigor", preenchendo assim o cargo deixado vago por Carlos Gomes Júnior, exonerado sexta- feira por João Bernardo Nino Vieira.Aristides Gomes é um dos dirigentes suspensos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em Maio último, depois de terem "violado os estatutos e as orientações do partido" ao apoiarem Nino Vieira nas eleições presidenciais de Junho e Julho deste ano.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=11&d=03&uid=&id=47001&sid=5242

Comentário: Nino Vieira, Presidente recentemente eleito na Guiné-Bissau, voltou às suas tácticas ditatoriais – bem habituais, aliás. Chegado à Presidência, demitiu o Primeiro-Ministro eleito, Carlos Gomes Júnior, e agora colocou no seu lugar o seu apoiante Aristides Gomes. Assim se domina, “democraticamente”, um país.