28.4.07

Separação da PTM concluída o mais tardar em Dezembro

Spin-off da proprietária da TV Cabo aprovado por 99,5 por cento dos accionistas. Maioria das medidas anti-OPA cumprida até final do ano
13% a A separação da PT Multimédia (PTM), empresa proprietária da rede de cabo do grupo Portugal Telecom (PT), foi aprovada ontem por 99,5 por cento dos accionistas do operador histórico, numa assembleia geral (AG) relativamente concorrida e onde se deu o pontapé de saída para a criação de uma nova infra-estrutura de telecomunicações.

In Público, Secção Economia

Comentário: Actualmente, os maiores investidores da PT (BES, CGD, Joe Berardo, Telefonica, etc.), empresa proprietária da rede fixa de telecomunicações, são também, indirectamente, donos da PTM, empresa proprietária da rede de cabo (e parte do Grupo PT). Com esta alteração (o “spin-off”), os ditos accionistas continuarão a ser accionistas da PT... e da PTM, desta vez directamente. Ora, como é óbvio, com o mesmo núcleo accionista não há concorrência. A tal “separação de redes” prometida por Henrique Granadeiro, líder da PT, aquando da OPA da SONAE, foi puro bluff.

Sócrates apresenta o "Simplex do licenciamento"

Planos de ordenamento do território deixam de ir a Conselho de Ministros. PSD aplaudiu, mas esquerda alertou para "facilitismo"
Num momento em que grande parte dos planos directores municipais (PDM) está em vias de revisão, o primeiro-ministro foi ontem ao Parlamento anunciar um autêntico "Simplex dos licenciamentos", em nome do "dinamismo das actividades económicas". A ideia central é "deixar às autarquias a plena responsabilização pela gestão urbanística", convicto que está José Sócrates que o actual sistema é "uma selva que tem impedido clareza nas decisões e não tem evitado erros urbanísticos". "A revisão de um PDM pode arrastar-se por mais de uma década e um plano de urbanização ou um simples plano de pormenor podem demorar meia dúzia de anos", ilustrou.

In Público, Secção Destaque

Comentário: Os PDM têm sido instrumentos falhos como política de urbanismo. Os erros (por vezes escandalosos), os tráficos de influência, os casos de corrupção, pululam. E a gestão urbanística mantém-se miserável.
Em princípio uma simplificação terá impactos positivos: uma maior desburocratização e agilização tenderá a fazer diminuir a possibilidade de corrupção no processo, além de facilitar muita a vida a quem quer fazer, por vezes, simples licenciamentos. Mas como é óbvio há sempre o eterno problema: ao entregar-se a responsabilização pelo sistema às autarquias (medida descentralizadora positiva) estas vão fazer tudo para licenciarem o mais que puderem, já que grande parte do financiamento destas está ligado à obra que fazem. Este último ponto deveria merecer urgente reforma. E, juntamente com isto, o que também se pede sempre: verdadeira fiscalização, com responsabilização (política e judicial) de todos os intervenientes no processo, desde o mero funcionário que trata da “papelada” ao Presidente da autarquia.
PS: Segundo o jornal, Paulo Portas “brilhou” na sua primeira intervenção como líder do CDS-PP. José Sócrates mostrou-se “satisfeito” e “multiplicou-se em simpatia” para o novo líder daquele partido. E Marques Mendes vê a vida a andar para trás...

27.4.07

Wireless na The Economist

Este ano cerca de 10 mil milhões de processadores serão integrados em dispositivos que vão desde computadores a máquinas de café. Estes novos equipamentos já conseguem “pensar”, conseguindo executar várias tarefas para as quais são pré-programados. No entanto, ainda não conseguem “falar”. Ainda não conseguem comunicar entre si ou com outros equipamentos diferentes. Mas tudo isto está a mudar. Está a começar uma nova revolução provocada pelas tecnologias sem-fios. No futuro a maior parte dos equipamentos irão conter chips que lhes permitirão comunicar com o mundo exterior: desde automóveis que “avisam” o proprietário que há uma peça a funcionar mal, até chips que controlam continuamente o estado de saúde de um doente, e avisam o médico se algo estiver errado. Tudo isto já existe, o vírus já por aí anda. Agora só falta começar a difundir-se...

Mais e melhor na edição desta semana da The Economist. Como sempre, de leitura obrigatória.

24.4.07

Morreu Boris Ieltsin, o homem que só sabia fazer rupturas

O antigo Presidente russo era um "destruidor genial". Dissolveu a União Soviética mas foi, a seguir, incapaz de fazer a transição
O antigo Presidente russo, Boris Ieltsin, morreu ontem em Moscovo, aos 76 anos. Fontes médicas citadas pela agência Interfax indicaram que a morte se deveu a uma paragem cardíaca. Deixa um legado controverso. Foi o político que dissolveu a União Soviética, restaurou a Rússia, lançou reformas económicas e decretou instituições democráticas. Foi ao mesmo tempo um Presidente autoritário, padrinho daquilo a que congressistas americanos chamaram "a maior cleptocracia do mundo". Na hora de passar o poder, a 31 de Dezembro de 1999, designou como sucessor não um liberal, que o não havia, mas um outro "czar", Vladimir Putin.

In Público, Secção Destaque

Comentário: Penso que o rótulo de “destruidor genial” assenta de forma perfeita a Boris Ieltsin. Gorbatchov, líder russo antes do agora falecido, acreditou na possibilidade de reforma do comunismo (e foi a prova mais clara da impossibilidade de tal acção). Ieltsin, pelo contrário, tinha o desejo de destruir totalmente o comunismo no seu país – objectivo atingido. Quanto à sua reforma, à construção da democracia e ao progresso da Rússia, os resultados deixaram muito a desejar. A sua “democracia” foi o que parece ser típico na Rússia: uma “democracia autoritária”, seguida a preceito por Putin actualmente, nepotista e corrupta.
Ieltsin ficará na História por dois motivos: a destruição do comunismo, e o seu gosto particular pela bebida. Algumas das imagens que retenho dele são a de um homem “vodkamente” cambaleante. E tenho sempre admiração por quem não tem pejo em demonstrar as suas “fraquezas” em público... :)

22.4.07

RE: Salário mais alto após 2 anos com avaliação "excelente" (IV)

pela experiencia que tenho, o meu dinheiro vai para os amigos do chefe(Vítor)

Re: Paulo Portas arranca vitória clara sobre Ribeiro e Castro nas directas do CDS (I)

o pior é qua as ideias do portas não devem ser muito diferentes daquelas que defendeu em 2005... afinal so passaram 2 anos...E pronto o Ribeiro e Castro lá foi á vida... mas convem dizer que do grupo parlamentar do CDS ou CDS-PP ou PP apenas um deputado era apoiante do Ribeiro e Castro... e confome podem ler na Unica desta semana, as salas do grupo parlamentar do CDS (ou CDS-PP, ou PP) eram o centro de campanha do Portas... belo uso do dinheiro doc contribuintes a bem da Nação....ja que Salazar está na moda...
(Vítor)

Paulo Portas arranca vitória clara sobre Ribeiro e Castro nas directas do CDS

À excepção de Viana do Castelo, Portas venceu em todos os distritos do país. Hoje fará uma declaração. Ribeiro e Castro pediu aos militantes para não abandonarem o partido
a Paulo Portas arrancou ontem uma vitória esmagadora sobre Ribeiro e Castro nas eleições directas do CDS--PP, regressando assim à liderança do partido dois anos após se ter demitido na sequência da derrota nas legislativas de 2005.

In Público, Secção Nacional

Comentário: Foi uma vitória contundente. Paulo Portas conseguiu quase 75% dos votos dos militantes do CDS-PP. O ciclo de Ribeiro e Castro, começado há apenas 2 anos, é assim agora interrompido. E o agora ex-líder tem muitas culpas pela situação: resolveu manter-se no Parlamento Europeu durante este período, sendo líder do partido apenas ao fim-de-semana, em part-time. E além disso teve uma liderança muito apagada, baixando claramente em todas as sondagens e inquéritos de opinião, e não mostrando nada de novo para o país.
Claro que Paulo Portas também teve mérito na vitória. Em primeiro lugar, pelo carisma e faro político. Depois, porque, enquanto foi “de férias”, deixou no partido os seus “compagnons de route” a minarem o caminho de Ribeiro e Castro. Esperemos que o novo líder traga boas ideias para o país.

20.4.07

RE: Salário mais alto após 2 anos com avaliação "excelente" (III)

Sim, é de facto óbvio que já está a acontecer, e que sempre aconteceu até aqui. Por isso - espero! - é que esta nova lei está para ser aprovada entretanto. Também para ver se isso muda. E tal só acontecerá com entidades independentes fiscalizadoras, como dizia anteriormente. É absolutamente fulcral que elas existam, senão a lei não tem sentido.

RE: Salário mais alto após 2 anos com avaliação "excelente" (II)

Não há que ter cuidado porque isso já está a acontecer. É óbvio que já está a acontecer. Eu sei que já está a acontecer. É revoltante.
(Brutal)

RE: Salário mais alto após 2 anos com avaliação "excelente" (I)

No papel a lei é boa, na prática há que ter cuidado para que não sejam os “amigos do chefe” a serem premiados em vez de quem realmente é excelente…
(Tiago Hipkin)

Salário mais alto após 2 anos com avaliação "excelente"

Em condições normais, as subidas rápidas nas posições remuneratórias são só para os cinco por cento melhores de cada serviço
Para ficarem em condições de ver a sua posição remuneratória aumentada, os funcionários públicos terão de obter, em condições normais, a avaliação máxima em dois anos consecutivos ou a nota imediatamente inferior em três, define a proposta legislativa que deverá entrar, agora, em fase de negociação com os sindicatos.


In Público, Secção Destaque

Comentário: O novo regime de remunerações da Função Pública contém algumas alterações muito positivas. Em primeiro lugar, a avaliação. Como sabemos, já há muito que existia “avaliação” – e todos os funcionários eram “excelentes” nesta “avaliação”, daí o seu descrédito. Agora os funcionários passam, segundo parece, a ser verdadeiramente avaliados. Só os 5% melhores podem ser classificados de “excelentes”, e só estes podem, em apenas 2 anos, beneficiar de aumento de salário (uma subida no escalão remuneratório que exclui o normal aumento anual para todos os funcionários). Os que forem menos bons precisam de 3 anos, e os que tiverem ainda mais abaixo (mas com valores positivos) precisam de 5 anos para terem o tal “prémio”. Além disto, os melhores funcionário em cada ano ainda recebem mais um prémio pecuniário (se houver verbas para o efeito).
Tudo somado, parece-me bastante positivo. Com estes incentivos os funcionários do Estado terão finalmente o estímulo necessário para trabalharem melhor, e para produzirem mais. Claro que nisto das avaliações há sempre uma preocupação: serão as mesmas justas? Penso que se houver uma entidade independente fiscalizadora que supervisione as avaliações e receba queixas dos funcionários insatisfeitos, podem criar-se instâncias de mediação e os problemas poderão ser resolvidos na maior parte dos casos. No papel, tudo parece “excelente”. Veremos, na prática (onde os problemas costumam surgir), como corre.

Artigo de Timothy Garton Ash com referência a Portugal

Aqui está o pedaço do artigo de Garton Ash, em que o historiador britânico menciona Portugal:

“Close to half the electorate is dependent on the state for wages, benefits or pension. To sustain this creaking state capitalism, public debt has soared to 66% of gross domestic product. The economy is growing more slowly than any other country in the EU except Portugal. Economically, France is among the sick men of Europe. The starting point for the new president is, in this regard, closer to that of Margaret Thatcher in 1979 than it is to Blair's in 1997.”

In Guardian

Só servimos para comparações negativas, infelizmente... De qualquer forma acho que vale a pena ler o artigo (intitulado “A sick France means a sick Europe - and that must be bad for Britain”).

17.4.07

Pelo menos 33 mortos no maior ataque de sempre em escolas americanas

Um homem armado matou ontem 32 pessoas numa Universidade da Virgínia. Ele também morreu, mas a sua identidade não foi divulgada. Nem os motivos
Pelo menos trinta e três pessoas foram ontem abatidas a tiro no campus da Universidade Virginia Tech, em Blacksburg, Virgínia, num inexplicável incidente que entrou para a história como o mais mortífero de sempre em escolas norte-americanas. Entre as vítimas, está o próprio atirador, que ontem se admitia ter-se suicidado

In Público, Secção Destaque

Comentário: Não há explicações; ninguém entende. O que é que se passa na cabeça de um estudante, residente na própria Universidade, para matar indiscriminadamente mais de 30 colegas? E porque é que esta situação é tão comum em escolas americanas?
Os EUA são, de facto, uma nação de extremos. O país com as melhores Universidades do Mundo é o mesmo onde estes massacres ocorrem com uma frequência assustadora. O óptimo e o péssimo convivem, lado a lado, na maior potência económica global. E o resto do Mundo assiste, atónito, a tão marcado contraste.

9.4.07

Re: Gato Fedorento lançam ofensiva contra o cartaz do PNR (II)

E o pior é que os gatos têm razão: com portugueses não vamos lá....
(Vitor)

6.4.07

Engenheiro?

Ainda a propósito da polémica em torno do curso do nosso Primeiro-Ministro, penso que o editorial de ontem do Director do Público, José Manuel Fernandes, foi bastante elucidativo e, por isso, penso que de leitura obrigatória. Vou colocar aqui alguns pedaços do mesmo, pois concordo em absoluto com o que este jornalista escreveu. É que com todas estas novidades que têm saído nos jornais nos últimos dias, se calhar o José Manuel Fernandes tem mesmo razão no título que escolheu: “Altura de fazer ainda mais perguntas”. Então aqui vai:

“Quando o PÚBLICO decidiu publicar os primeiros resultados da investigação sobre como o primeiro-ministro obtivera a sua licenciatura, fizemos questão de sublinhar que nos seria sempre absolutamente indiferente saber se José Sócrates era engenheiro, licenciado em Engenharia, bacharel ou se tinha ficado pela antiga 4ª classe. Coisa bem diferente era a de saber se havia procedido de forma correcta para obter o seu título universitário.”

“Hoje, o PÚBLICO acrescenta mais dados a este dossier. Por um lado, um documento do Ministério da Educação indica que, na UnI, não foi concluída nenhuma licenciatura no curso de Engenharia no ano em que José Sócrates obteve o seu diploma. Um lapso dos serviços dessa Universidade? É possível. Mas então por que motivo não respondeu o gabinete do ministro da Ciência e do Ensino Superior às perguntas que lhe foram dirigidas pelo Expresso?”

“Como se sabe, uma das dúvidas no processo da licenciatura na UnI era o facto de quatro das cinco cadeiras terem sido leccionadas pelo mesmo professor, António José Morais. Ora sucede, como hoje revelamos, que esse docente distribuiu um currículo muito detalhado onde referia só ter leccionado duas cadeiras na UnI em 1996 (o ano em causa), sendo que só uma delas coincide com as do diploma do primeiro-ministro. Trata-se do docente que ocupou, durante os governos PS, altos cargos na Administração Pública que suscitaram "casos" que levaram à sua demissão. Contra o mesmo professor corre também, neste momento, um processo disciplinar na Universidade Técnica de Lisboa.”
[Acrescento eu que este processo disciplinar decorre devido ao facto do dito docente estar em regime de dedicação exclusiva na UTL, mas mesmo assim acumulava funções docente na UnI – ora como se sabe quando estando ele ligado exclusivamente à UTL não poderia acumular mais nenhuma função remunerada em qualquer outro local...]

“Quem nada tem a esconder tudo pode explicar, nomeadamente: por que motivo trocou o ISEL, uma escola pública prestigiada, pela Independente, para terminar a sua licenciatura? Por que motivo consta do seu processo uma nota manuscrita numa folha com o timbre da Secretaria de Estado do Ambiente e dirigida ao reitor da UnI? Por que começou por se autodesignar engenheiro e, depois, passou a licenciado em Engenharia Civil? Por que mantém no site a indicação de que fez uma pós-graduação em Engenharia Sanitária na Escola Nacional de Saúde Pública, pós-graduação que nunca existiu, depois de o próprio ter dito ao PÚBLICO que apenas frequentou nessa escola um curso para engenheiros municipais? Por que enviou para a SIC uma nota com o seu currículo académico onde não consta essa pós-graduação, mas antes um MBA em Gestão pelo ISCTE, do qual ainda ontem não se dava conta no Portal do Governo?”

5.4.07

RE: Gato Fedorento lançam ofensiva contra o cartaz do PNR (I)

Concordo em absoluto

Mas esta imagem reflecte o que se deve e não deve fazer… De um lado a resposta humorada, do outro a vandalização…

Apesar de tudo toda e qualquer opinião deve ser respeitada, e quanto mais marginalizada ela é, maior será a sua capacidade de reacção e cativação de franjas descontentes.
(Zema)

Gato Fedorento lançam ofensiva contra o cartaz do PNR


O cartaz do Partido Nacional Renovador (PNR), colocado na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, já não está sozinho. José Pinto Coelho, fundador e presidente do partido nacionalista, tem como companhia, a partir de ontem, quatro ilustres conhecidos: Ricardo de Araújo Pereira, Tiago Dores, Miguel Góis e José Diogo Quintela. À semelhança do que acontece com os partidos políticos, os Gato Fedorento decidiram instalar um outdoor mesmo ao lado do cartaz do PNR, assumindo a sua oposição contra a mensagem xenófoba daquele partido político. E fazem-no parodiando Pinto Coelho, o homem que disse querer "conquistar as ruas".

in Público, Secção Nacional

Comentário: Penso que esta acção dos Gato Fedorento foi muito positiva (ver cartaz em anexo). Em primeiro lugar, porque o cartaz do PNR merecia uma resposta deste género: inteligente e pungente. Em segundo lugar, porque eu entendo que é desta forma que se devem atacar os extremismos. Não se deve proibir o PNR de colar cartazes xenófobos, ou de fazer manifestações racistas. O ataque deve ser feito no terreno político, na discussão de ideias e de ideais. Por isso os Gato Fedorento estão de parabéns.

2.4.07

Governo conhece estudos que permitiriam tirar ao custo do novo aeroporto 2,5 mil milhões de euros

Poceirão e Faias, duas pequenas povoações na península de Setubal, reúnem, de acordo com várias análises, melhores condições do que a Ota para receber o futuro aeroporto de Lisboa
O Governo tem em cima da mesa um estudo preliminar que mostra ser possível construir o novo aeroporto de Lisboa na margem sul do Tejo com menos impacte ambiental, melhores acessibilidades e custos muito inferiores aos da Ota. O dossier entregue a José Sócrates, e que é do conhecimento do ministro Mário Lino, não é um documento definitivo, pois implica estudos completares, mas defende uma solução que pouparia, na construção do aeroporto e nas acessibilidades, até 2,5 mil milhões de euros.

In Público, Secção Destaque

Comentário: Esta (e outras) notícia(s) faz(em)-me colocar duas questões muito simples:
1) Depois de tantos e tantos anos de estudos para decidir a localização do novo aeroporto, porque é que só nos últimos tempos é que têm surgido estes estudos que mostram, com alguma clareza, que a Ota não é o melhor local (recorde-se que a decisão pela Ota remonta a 1999!)?
2) Pelos vistos o Governo tem tomado conhecimento de muitos estudos que colocam em causa a escolha da Ota. Assim, porque é que não explica clara e inequivocamente a escolha da Ota (nos seus aspectos ambientais, de segurança, económicos, etc.)? É que 2,5 mil milhões de Euros correspondem a 25% do valor total do projecto, por isso é importante perceber o porquê da escolha da uma opção tão mais dispendiosa.