31.5.07

Portugal é o nono país mais seguro do mundo num ranking da Economist


Estudo da revista britânica incidiu sobre 121 países, concluindo que as mais de 391 mil participações criminais registadas em território nacional em 2006 são quase irrisórias
Portugal foi considerado, no ano passado, o nono país mais pacífico do mundo. Um estudo da revista britânica The Economist, denominado Global Peace Index, refere que a criminalidade registada em território nacional, mesmo tendo mais de 391 mil participações criminais num só ano, é das mais irrisórias num universo de 121 países alvo de análise.

In Público, Secção Portugal

Comentário: Apesar de parte do nosso Portugal estar inserido no Al-Andaluz – o que já motivou alguns “avisos” da Al-Qaeda de Bin Laden – a verdade é que o nosso país é um “paraíso à beira-mar plantado”. Aquilo de que muitas vezes nos queixamos – que ninguém nos liga, que não há notícias sobre Portugal nos orgãos de comunicação internacionais, que pouca gente sabe onde fica Portugal – é uma grande mais-valia a nível de segurança, na verdade. Ao menos em alguma coisa ficamos no pelotão da frente, junto à Noruega, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Canadá, etc. Parafraseando as entradas em Diário da República, resta-me dizer o inevitável: “Publicite-se”.

21.5.07

Gafe de Sócrates

Saiba qual foi a última gafe de Sócrates
2007/05/21 11:12

Primeiro-ministro pede o esforço de todos por um país mais pobre

O discurso de José Sócrates sobre a nova Lei da Nacionalidade surpreendeu os que prestavam atenção às palavras do primeiro-ministro. Isto porque, no meio das frases da praxe, Sócrates pediu o esforço de todos por um país mais... pobre.
«Quero deixar-vos também uma palavra de confiança, confiança em vós, nas vossas famílias e a certeza que cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre... perdão, para um país mais solidário, mais próspero, evoluído», disse o chefe do Governo, corrigindo de imediato a «gafe».
In Portugal Diario

Comentario: Fugiu-lhe a boca para a... OK, nao vou ser mauzinho desta vez... :)

18.5.07

RE: Costa acusa PCP, BE e Roseta por não haver coligação (IV)

Nem ai.
Foram para o CCB para o recém criado Museu de Arte Moderna.(Zema)

Re: Costa acusa PCP, BE e Roseta por não haver coligação (III)

António Costa é, de facto, um candidato forte.
Principalmente para aqueles, que a acreditar nas sondagens hoje publicadas, que já se esqueceram das escutas divulgadas do caso Casa Pia, em que o mesmo candidato é ouvido a "pedir" a entidades judiciárias, presidentes e bastonários que se faça alguma coisa pelo amigo Paulo Pedroso.
Realmente, quadros há muitos, mas é na casa do Joe Berardo...(Faber)

Re: Costa acusa PCP, BE e Roseta por não haver coligação (II)

Fernando Ramos: “Portugal não é Lisboa”
A sério? Não reparei nisso! Os governantes sempre actuaram desta forma: há Lisboa e depois há o resto…
(Tiago)

Re: Costa acusa PCP, BE e Roseta por não haver coligação (I)

Touché!
(Zema)

Costa acusa PCP, BE e Roseta por não haver coligação

O candidato socialista pediu a maioria absoluta e deixou a ideia de que está disposto a ficar mais de dois anos na câmara da capital
António Costa apresentou-se ontem como candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) colocando a fasquia eleitoral no ponto mais alto. O socialista pediu a maioria absoluta, apelando ao voto útil na sua lista, porque só assim, diz, "é possível arrumar a casa". E tinha uma revelação a fazer: ele e o PS "empenharam-se" para que houvesse uma coligação de esquerda, mas PCP, Bloco de Esquerda (BE) e Helena Roseta recusaram.

In Público, Secção Nacional

Comentário: António Costa é, claramente, dos melhores quadros do PS. A sua importância no Governo, como Ministro da Administração Interna (MAI) e do Estado, era enorme. É por isso que não concordo com esta candidatura à Câmara de Lisboa. É verdade que esta é a autarquia mais importante do país, que está a passar por uma situação muito difícil, e que precisa por isso de uma liderança forte. Mas José Sócrates, ao escolher o número 2 do Governo, parece indicar que é mais importante uma vitória eleitoral na capital do que a governação do país. Portugal não é Lisboa, e os interesses de todos os Portugueses deveriam estar à frente dos interesses de uma autarquia, por mais importante que esta seja.
Depois de Campos e Cunha e Freitas do Amaral, António Costa é o terceiro Ministro de Estado a abandonar o Governo. Isto não é irrelevante, e é mesmo preocupante. O Governo fica muito debilitado.
Mais duas coisas erradas em toda esta novela: 1) A escolha de Rui Pereira para MAI. Este jurista foi há dois meses para o Tribunal Constitucional (TC), e agora deixa o lugar para ir para o Governo. Esta promiscuidade Governo/TC é muito má para a nossa democracia e para a fundamental separação de poderes, e uma fuga após 2 meses num cargo não é bom augúrio para um futuro Ministro. 2) A marcação das eleições para 1 de Julho é uma forma infeliz e anti-democrática de evitar a candidatura de independentes. Como não podia deixar de ser, todos os partidos estiveram de acordo com esta data (ninguém gosta de independentes), e por isso o assunto só é discutido em voz baixa. Mas é vergonhoso.

16.5.07

Mourinho foi preso

Mourinho in the dog house following arrest

Jose Mourinho has been arrested and cautioned after an argument with police over his pet dog. To make matters worse for the Chelsea manager, it is believed the Yorkshire Terrier is now on the run.
It is understood Mourinho dashed away from his club's player-of-the-year awards ceremony in Battersea Park, South London, last night after his wife, Tami, called to say that the dog was being taken away. The Sun newspaper claims that police wanted to put the dog into quarantine, fearing that it had been taken abroad and back without the necessary injections.

In The Times

Comentário: Primeiro foi a liga dos campeões que foi à vida. Logo depois o campeonato. E parece que para a Taça, este fim-de-semana, as coisas estão negras devido a lesões, etc. Mas há sempre coisas piores: Mourinho foi detido! E porquê? Por causa do seu cão, do seu querido Yorkshire Terrier. A polícia foi a sua casa buscar o seu cão, pois o dito parece que andava em sucessivas viagens com o treinador português sem levar as vacinas necessárias, mas Mourinho não deixou. E, então, foi preso, por “obstrução à Justiça”. Como diz um velho ditado inglês, “se não o consegues vencer, prende o cão dele!”. :)

13.5.07

Zimbabwe à frente de uma comissão das Nações Unidas

De nada serviram as objecções ocidentais a que o bloco africano fosse representado por um regime violador dos direitos humanos
O Zimbabwe, país onde grande parte da população vive na angústia de não ter com que se alimentar, foi ontem escolhido para chefiar a Comissão das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (CSD), por desejo das demais nações africanas e contra a vontade expressa das chancelarias ocidentais.

In Público, Secção Mundo

Comentário: É verdadeiramente escandaloso e inaceitável que uma ditadura como a do soba Robert Mugabe, responsável pela falência económica do país (inflação acima dos 2000%!) e social (14000 pessoas morrem de fome ou por falta de medicamentos mensalmente, havendo já cerca de 1,3 milhões de orfãos), esteja à frente de uma Comissão da ONU. No Zimbabwe os mais básicos direitos humanos não são respeitados, a tortura e perseguição de opositores são o pão nosso de cada dia, e mesmo os advogados que defendem os acusados politicamente são detidos e espancados.
A tudo isto contrapõe o embaixador deste país nas Nações Unidas: "Mas o que é que o desenvolvimento sustentável tem a ver com direitos humanos?". Uma pérola. Mas o pior é que este tipo de acções vai provocando o total descrédito desta fundamental organização internacional. Serão estes últimos desenvolvimentos nas Nações Unidas sustentáveis?

12.5.07

Bufalândia

Academic careers, it is often observed, are based on pointing out flaws in the work of one's closest colleagues - or failing that, in the personalities of those colleagues. Seemingly, that is how science progresses. But a British innovation that went live this week may elevate this hallowed tradition to altogether a new level.
Biomedical researchers can now rat on cheating workmates to the UK's first academic whistleblowers' hotline. The initiative comes on the heels of high-profile cases abroad of serious academic misconduct. Scientific peer review alone was not enough to prevent reputable academic journals from publishing fake stem-cell research, and fraudulent data claiming to show that a drug reduced the risk of oral cancer.
In Financial Times

Comentário: O incentivo da “bufagem” não é exclusivamente “tuga”. O último exemplo é este, no Reino Unido: vai ser criada uma linha telefónica especial para que investigadores denunciem outros investigadores sobre os quais haja suspeitas de comportamentos cientificamente impróprios, como falseamento de dados. Desta forma querem evitar-se casos como o do professor sul-coreano que forjou os resultados da sua investigação com células estaminais.
Assim, em Portugal os funcionários públicos são incentivados pelo Governo a “bufar” os seus colegas. No Reino Unido os investigadores podem “bufar” telefonicamente. Como dizia há pouco a um dos meus orientadores aqui em Cambridge: parece que estamos a viver numa “whistleblower wonderland” (eu traduziria como “bufalândia” :))...

10.5.07

Blair quits: 'I did what I thought was right'

Tony Blair announced his resignation as Labour leader today among the people who first sent him to Westminster almost a quarter of a century ago and mounted a passionate, personal defence of his record during a decade in Downing Street.
In an emotional speech to activists at the Trimdon Labour Club in his Sedgefield constituency - where he launched his own Labour leadership campaign 13 years ago and celebrated his three general election victories - Mr Blair said that he would formally tender his resignation as Prime Minister to the Queen on June 27.

In The Times

Comentário: Tony Blair foi um bom Primeiro-Ministro. Conseguiu que a economia do Reino Unido se mantivesse forte e pujante durante 10 anos consecutivos, contendo a inflação e conseguindo o maior período de crescimento económico das últimas décadas (muitos dizem que ele apenas aproveitou o legado de Thatcher, o que também é verdade mas não lhe diminui o valor). Aumentou a qualidade da generalidade dos serviços públicos britânicos. Diminuiu o desemprego. Os salários aumentaram consideravelmente. Teve um papel decisivo na Irlanda do Norte, onde finalmente a paz chegou e a normalidade democrática parece seguir o seu rumo. Manteve, como é tradição britânica, a ligação especial com os EUA. Teve uma política – desta vez ao contrário da tradição – pró-europeia. É um excelente orador, um tribuno brilhante, como o atesta o seu discurso de despedida. Frases como “Hand on heart, I did what I thought was right” ou “I give my thanks to you, the British people, for the times that I have succeeded, and my apologies to you for the times I have fallen short. But good luck” com que fechou o discurso de resignação, demonstram a elevação do seu carácter e o seu carisma.
No seu currículo fica, também, a guerra do Iraque. Para muitos foi mesmo esta a única nódoa no seu percurso.
Compreendo a sua intenção de deixar o cargo – ele acha que 10 anos no poder é o suficiente, e que mais seria “demais para si e para o país”. Mas não posso concordar com o facto de um político deixar um mandato a meio, e designar um sucessor sem eleições. Não está em questão a legitimidade e legalidade do acto, dado que o voto nas legislativas é um voto no partido – foi o Labour que ganhou. Mas a verdade é que os eleitores tendem a votar mais num candidato a Primeiro-Ministro do que num partido, geralmente.
Acredito que o nome de Tony Blair ficará, na História, indelevelmente ligado ao Iraque e ao seu apoio a Bush, mas acredito também que o legado positivo que deixou no seu país (e na Europa) poderá servir de exemplo a uma nova geração de políticos europeus. E seria, de facto, na minha opinião, um bom exemplo.

Lançada enciclopédia interactiva na Web reunindo todas as formas de vida da Terra

Criar páginas na Internet para os 1800 milhões de espécies de seres vivos do planeta, disponíveis para todos, é o objectivo desta biblioteca universal
De aranhas a zebras, passando por laranjas, cogumelos, palmeiras e bactérias, a Enciclopédia da Vida quer criar na Internet páginas para os 1800 milhões de espécies de seres vivos da Terra. Cientistas, estudantes, cidadãos curiosos, todos poderão usar esta grande biblioteca universal da vida, que aceitará contribuições de todos os pontos do mundo, ao jeito da Wikipédia.

In Publico, Seccao Mundo

Comentario: Uma versao de demonstracao esta ja disponivel em http://www.eol.org/. Penso que e uma ideia muito boa por duas razoes: vai ser feita ao estilo da Wikipedia, que e um sucesso, e pode dar ideias para bibliotecas universais viradas para outros temas, cientificos, historicos, artisticos, etc.

9.5.07

Xanana apela à tolerância, à paz e à estabilidade

Mais de 4000 polícias e um milhar de soldados estrangeiros zelam para que não haja violência na histórica jornada de hoje
O Presidente cessante de Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu ontem à noite calma e unidade, horas antes de abrirem as urnas para a segunda volta da escolha do seu sucessor, entre o primeiro-ministro do qual é amigo, José Ramos-Horta, e um presidente do Parlamento que detesta, Francisco Guterres, "Lu-Olo".

In Público, Secção Destaque

Comentário: Na primeira volta das eleições presidenciais, Lu-Olo ficou em primeiro lugar, com 28% dos votos, e Ramos-Horta ficou em segundo, com 22%, entre 8 candidatos. Agora para a segunda volta Ramos-Horta é o favorito, já que cinco dos seis candidatos que se ficaram pela primeira volta decidiram apoiar o actual Primeiro-Ministro. Além de uma luta entre duas personalidades bem conhecidas dos timorenses, é a primeira de uma série de eleições entre dois partidos que se detestam mutuamente: a Fretilin, de Mari Alkatiri, e o recente CNRT, de Xanana, que disputarão no final de Junho as legislativas.
Ramos-Horta promete distribuir riqueza pelos mais pobres e prosseguir o crescimento económico (cerca de 30% este ano) do mais pobre país asiático do Mundo. Não deseja o secularismo europeu, mas sim um modelo onde o poder temporal e espiritual estão em diálogo permanente, o que me deixa reticente. Deseja ainda uma presidencialização do regime. Lu-Olo quer resolver os problemas de segurança e corrupção, quer mais diálogo e quer manter os poderes do Presidente tal como estão actualmente.
Numa democracia imberbe, num país onde os candidatos têm imensos problemas em fazer uma simples declaração de rendimentos, numa nação onde os negócios petrolíferos são tratados de uma forma nem sempre transparente, qualquer eleição democrática deve ser saudada, mas ao mesmo tempo acompanhada com muita cautela.