Caríssimos:
Perdoem-me insistir na opinião que vós direis eivada de algum atavismo, bem sei! Mas é a minha opinião, só isso.
No entanto, cumpre reforçar:
1) Ao contrário do que entrou em moda dizer, para mim
a vida pessoal dos políticos CONTA! Para mim não é indiferente um político ser heterossexual e ter uma amante, um cinco, ou não ter; ser um noctívago “adicto” (como agora se diz para aí) ou não o ser, etc. Como não é indiferente ser homossexual ou não ser. Ser homossexual, neste momento, já não é crime! Já não é, digo bem, porque não é preciso recuar muitos anos para encontrarmos tipificado na lei esse crime. Logo, não impede uma pessoa de ser político, mas nem só por não ser crime, que isso fique claro. Não impede porque não é um comportamento, em abstracto e por si só, inibidor de dirigir um governo ou de ser deputado, etc. Agora, para mim,
tudo isso tem peso na minha escolha! Acho que as pessoas têm o direito de poder comparar a vida pessoal daqueles que dirigem o destino do país, como um dos inúmeros factores a ponderar. Não será o mais decisivo, antes sim a competência e as ideias, claro. No entanto, para os meus filhos (ainda concepturos – espero!!!), para a educação que lhes gostava de dar, não nego que não me é indiferente apresentar-lhes o primeiro-ministro e a primeira dama ou o primeiro-ministro e o primeiro cavalheiro. Sinceramente!
2) A título de desanuviamento, admito que o Sócrates, mesmo que fosse “guei” não mete nojo, porque não é bichona nem anda com uma pluma na cabeça! Gostava mais de lhe poder reconhecer competência…
3) O Santana Lopes é fortemente penalizado por ser um playboy e não ter uma mulher, melhor uma esposa, e os filhinhos todos juntos. Isso valer-lhe-ia mais 10% de votos.
4) Definitivamente quero saber as ideias, quero saber a competência dos candidatos. Mas não quero candidatos com vidas pessoais misteriosas. Acho que os políticos têm de ser pessoas de excelência, com vidas condizentes.
(Faber)