22.7.05

RE: Sócrates força demissão de Campos e Cunha (V)

Eu limitar-me ia a responder:

Vocês ainda acreditam no que os governos dizem?...

Não o digo com gozo mas sim verdadeiramente desiludido por ver que o meu país não tem quaisquer prespectívas nem líderes que nos possam levar a qq lado…
(Luis Pereira)

RE: Sócrates força demissão de Campos e Cunha (IV)

Vocês ainda acreditam no que a imprensa diz?...
(Picá)

21.7.05

Re: Sócrates força demissão de Campos e Cunha (III)

É triste saber e sentir as dificuldades que o país atravessa e, ainda assim, ouvir falar de projectos megalómanos que exigirão um esforço colossal de todos.
Ainda por cima projectos que ainda aumentarão a despesa pública depois de prontos e que pouco ou nada contribuirão - excepto sazonalmente, para as empresas de construção civil, enquanto durarem as obras - para o crescimento económico do país, porque o país não vai produzir mais um euro por causa de termos um aeroporto novo em Santarém nem por causa de os ricos demorarem menos meia hora de Lisboa ao Porto.

Se se informarem sobre o TGV, saberão que:
- é um comboio com cerca de 30 anos, que quando acabarem as obras já terá sido substituído por outros nos países onde é neste momento vulgar;
- Há soluções colossalmente mais baratas que oferecem ganhos equiparáveis, à escala do nosso país, com aproveitamento dos terrenos actualmente afectos aos comboios que já temos (Lisboa - Porto são 300 km, do litoral à fronteira são 200);
- Em Espanha, onde há TGV, o volume de tráfego de passageiros é cerca de metade (5 milhões de pessoas por ano, salvo erro) daquele que seria necessário para ser rentável; alguém acredita que em Portiugal será, ao menos, um terço?

Aposte-se em infraestruturas tecnológicas atractivas para as empresas, em impostos mais baixos e competitivos, na alta qualificação da nossa mão de obra, em boas estradas secundárias (alguém já saiu das autoestradas e dos IPS e reparou na degradação das nossas estradas urbanas e secundárias? Sabem quantos kilómetros de autoestradas a Irlanda tem?), etc. ...´

Vou mas é trabalhar porque só por volta de 15 de Maio comecei a trabalhar para mim. Até lá estive a trabalhar para a OTA e para o TGV... (sabiam dessa? Um estudo sobre o peso dos impostos em Portugal revelou que, em média, cada Português passa quase metade do ano a trabalhar para pagar os impostos existentes).
(Faber)

RE: Sócrates força demissão de Campos e Cunha (II)

Ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Benfica, Allez oh! :)

RE: Sócrates força demissão de Campos e Cunha (I)

Ontem em declarações à TSF, o director do Público afirmou que o artigo em causa tinha sido lido pelo primeiro ministro antes da publicação e não houve objecçao de Sócrates ao mesmo.

Daí que o argumento da quebra de solidariedade com o resto do governo não vence (se assim fosse o que se diria da maior desilusão deste governo, o Prof Freitas do Amaral?...).

O que parece ganhar corpo é uma deriva keynesiana deste governo que tem sido a solução usada (e abusada) por todos os governos ao sabor das necessidades eleitorais. Aliás a economia portuguesa depende de tal forma destes paliativos (as injecções constantes de fundos publicos em obras públicas) que a nossa bolsa não sofreu qualquer impacto pela entrada em funções do 4º (!!!) ministro das finanças no espaço de um ano num país com graves problemas nas finanças públicas.

Enfim… continua a parecer que desde 4 de julho de 2004 a única coisa decente que aconteceu neste país foi o Benfica ter sido campeão.

Abraços
(Luis Pereira)

Sócrates força demissão de Campos e Cunha

As dúvidas do ex-ministro das Finanças sobre os investimentos públicos levaram Sócrates a decidir-se pelo seu afastamento. O artigo escrito no PÚBLICO do passado domingo foi considerado um acto de falta de solidariedade com o resto do Governo, ao pôr em causa projectos como a Ota e o TGV. Teixeira dos Santos é o novo ministro de Estado e das Finanças.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=07&d=21&uid=&id=31196&sid=3437

Comentário: No passado Domingo o agora ex-Ministro escreveu um artigo, no Público, muito lúcido, onde afirmava, entre outras coisas, que “[a] ideia de que o investimento é sempre algo de bom é errada. (...) Hoje viveríamos melhor se certos investimentos não tivessem sido realizados.”. É claro que este era um aviso dirigido aos investimentos publicitados pelo Governo nos últimos dias. De facto, num país a atravessar uma tão grave crise orçamental e económica, é estranha a “oferta” de tantos milhões de investimento, muito dele sem a cabal justificação da sua utilidade a nível de crescimento económico. Naturalmente que o investimento, muito em especial em alturas de recessão, é fundamental. Mas deve ser, também por isso, escolhido criteriosamente. Daí os avisos de Campos e Cunha, daí as suas naturais dúvidas em relação aos astronómicos investimentos em projectos como a OTA e o TGV. Este professor universitário era um mau político, e caiu por essa razão. Veremos se o próximo – Teixeira dos Santos – mantém a análise lúcida da situação do país, ou se envereda pelo “despesismo”, muito habitual nos governos socialistas. Desta escolha depende o futuro de Portugal.

18.7.05

Re: Sócrates: aposta em energias renováveis vai reduzir dependência do petróleo até 2010 (II)

Este “sinhor” é um POETA, carago! :)

Tens futuro, Faber! LOL

Re: Sócrates: aposta em energias renováveis vai reduzir dependência do petróleo até 2010 (I)

Se as palavras do Sócrates
As levasse o vento,
A energia por este gerada
Dava para muito sustento...

Mas como de ar não vivemos,
E riqueza não produzimos,
A energia que fizermos...
Gastamo-la a rir-nos!

Assopra-lhe que isto vai lá!!!

(Faber)

Sócrates: aposta em energias renováveis vai reduzir dependência do petróleo até 2010

O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que o investimento português até 2010 em energias renováveis, no valor de três mil milhões de euros, contribuirá para o equilíbrio do quadro macroeconómico e para uma redução da dependência do petróleo.
"Com a economia estagnada há quatro anos, Portugal enfrenta problemas sérios. O caminho é fazermos bons investimentos na direcção certa", declarou José Sócrates na sessão de lançamento do Novo Concurso Eólico, na Culturgest, em Lisboa.

In http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1228456&idCanal=34

Comentário: Depois dos investimentos do PIIP, apresentado há dias pelo Governo, mais uma oferta de investimento, desta vez na importantíssima área das energias renováveis. Considero todos estes investimentos importantes, muito em especial a aposta na energia eólica agora feita. Espero que haja uma verdadeira parceria público-privado, quer em termos de direitos, quer em termos de deveres. O PIIP vinha mascarado como sendo 30% de investimento público e 70% de investimento privado, quando na realidade era exactamente o oposto. O Estado deve dar o impulso, sem dúvida, mas o risco deve ser partilhado. Parcerias em que o Estado financia quase tudo dão sempre mau resultado – o desperdício atinge muitas vezes proporções escandalosas, e o ónus fica sempre do lado do financiador, isto é, dos contribuintes. Investir não é apenas financiar. Com controlo rigoroso, esta aposta de Sócrates vai no bom caminho – a criação de um importante “cluster” tecnológico em Portugal.

Re: União Europeia reforça medidas contra o terrorismo (IV)

Os atentados "terroristas" não são uma novidade do pós 11 de Setembro nem da década, como sabem.
A novidade é o alastramento do método suicida do terrorismo fundamentalista islâmico aos países ocidentais. Isso não vale por dizer que todos os terroristas são islâmicos, é certo, mas, nos tempos de hoje, faz com que os sinais de alerta colectivos se direccionem contra este tipo de terrorismo em especial, pela forma insidiosa como são perpetrados.
Se repararem, os quatro "mártires" dos atentados de Londres estão mortos e provavelmente terão uma mãe e um pai a chorar por eles. E o(s) cabecilha(s) do antentado? Acham que ficaram soterrados nas galerias do metro de Londres? De certeza que não...

Não obstante essa realidade, saúdo o Tony Blair pelas suas palavras dirigidas à comunidade muçulmana, que inauguram, creio eu, uma nova psicologia que afasta a pura "vindicta" do discurso de GWBush do pós 11 Setembro.
Refiro-me às palavras que ele proferiu dirigidas à comunidade muçulmana exortando este povo a repudiar uma minoria de pessoas que exerce o terror em nome desse povo, prejudicando a sua integração na sociedade civilizada.
Penso que a psicologia do feitiço contra o feiticeiro é o caminho mais inteligente. Políticos inteligentes vão faltando por esse mundo fora, daí a minha satisfação.(Faber)

15.7.05

Re: União Europeia reforça medidas contra o terrorismo (III)

A bomba que McVeigh colocou em Oklahoma matou 168 pessoas, incluindo muitas mulheres e crianças, mas ele era branco, não era muçulmano e tinha sido condecorado na primeira guerra do Iraque, onde matou o que pôde e o que não pôde. Será que também foi torturado quando se negou a dar os nomes dos seus cúmplices, como actualmente o são os muçulmanos nas prisões de Guantanamo ou Al-Gharib?
(Picá)

14.7.05

RE: União Europeia reforça medidas contra o terrorismo (II)

Desta vez não percebi a tua resposta, Carlos, até porque pela mesma até parece que fui “politicamente correcto”, o que não me pareceu ser o caso – achas politicamente correcto aceitar a diminuição de liberdades por razões de segurança?

A ideia que queria passar é que os terroristas – sejam muçulmanos ou não – são pessoas como nós, que vivem ao nosso lado, e isso provoca medo. Não queria com esse facto menosprezar o facto de a maior parte dos grupos terroristas actuais serem hordas de muçulmanos fanáticos. Isso é claro, mas dizer que “os atentados terroristas são SEMPRE perpetrados por muçulmanos” é incorrecto. Pergunto-te só se consideras estes grupos terroristas ou não:

1) ETA;
2) IRA;
3) Sendero Luminoso;
4) Baader-Meinhof.

Parto do princípio que consideras estes grupos terroristas. E parto também do princípio de que sabes que estes grupos não são muçulmanos…

Abraços

RE: União Europeia reforça medidas contra o terrorismo (I)

Como eu não sou porque eu sou ateu, mas mesmo que fosse católico não seriam como eu à mesma... os atentados terroristas são SEMPRE perpretados por Moçulmanos... é assim tão difícil de dizer.... estou farto do politicamente correcto, desculpa Fernando... um abraço
(Carlos Afonso)

União Europeia reforça medidas contra o terrorismo

Os Vinte e Cinco vão aprovar até ao fim do ano uma decisão-quadro que vai obrigar as companhias telefónicas e de fornecimento de serviços de acesso à Internet a guardar, durante pelo menos um ano, todas as informações relativamente aos autores e destinatários das comunicações por telefone fixo e móvel, sms, ou correio electrónico, bem como a data, hora, duração e local em que são efectuadas. Os eurodeputados já contestaram.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=07&d=14&uid=&id=30125&sid=3319

Comentário: Os terroristas responsáveis pelos atentados do passado dia 7 de Julho, em Londres, eram muçulmanos nascidos no Reino Unido. Jovens (entre os 18 e os 30 anos), com uma vivência normal na sociedade inglesa (um deles era um professor acarinhado). Estes assassinos brutais podem estar ao nosso lado todos os dias. Podem sentar-se ao nosso lado nas carruagens do metropolitano, nos bancos do cinema. São nossos vizinhos, nossos professores, nossos alunos. São pessoas como nós. Daí que o medo seja grande. E a necessidade de reforçar a segurança, a vigilância, restringindo as nossas liberdades, seja indispensável – infelizmente. Vivemos hoje, viveremos no futuro, menos livres, viveremos com mais medo. E o pior é que não há outra solução.

13.7.05

RE: Dez anos depois, centenas de mortos de Srebrenica foram a enterrar (IV)

Só para dizer que concordo... Afinal não dá para sermos sempre do contra! :)
(Zema)

RE: Dez anos depois, centenas de mortos de Srebrenica foram a enterrar (III)

Olá,

Colocar estas coisas em preto ou branco tipo pró e anti americanos é demasiado simplista…

Há no entanto que reconhecer que nenhum pais toma decisões única e exclusivamente com base na boa vontade. Se assim fosse o grande parte dos problemas dos países subdesenvolvidos estariam resolvidos.

O envolvimento americano na ex Jugoslávia não pode ser separado da contestação crescente na Alemnha face à presença militar americana e com a intrevenção no conflito dos Balcãs esta seria uma optima alternativa.

Esta “substituição” perdeu prioridade face aos acontecimentos de 11 de Setembro e toda a alteração nas relações e tensões internacionais.

A política internacional rege-se fundamentalmente pelo pragmatismo e interesse estratégico raramente pela bondade dos princípios.

Já agora e à laia de provocação, onde estiveram os EUA durante os 30 anos que durou a ocupação indonésia de Timor Leste?


Abraços a todos
(Luis Pereira)

RE: Dez anos depois, centenas de mortos de Srebrenica foram a enterrar (II)

Uma questão bem pertinente…

Re: Dez anos depois, centenas de mortos de Srebrenica foram a enterrar (I)

Pegando na parte final do comentário do Fernando, pergunto apenas aos faccionistas anti-americanos quantos barris de petróleo foram extraídos pelos americanos da Bosnia desde 1995?
(Faber)

Dez anos depois, centenas de mortos de Srebrenica foram a enterrar

Milhares de pesssoas assistiram ontem às cerimónias dos dez anos do massacre de Srebrenica. O Presidente da Sérvia também quis prestar homenagem às "vítimas inocentes", ao lado de diversos representantes ocidentais que se referiram à "vergonha da comunidade internacional"
Dezenas de milhares de pessoas participaram ontem em Srebrenica (Leste da Bósnia-Herzegovina) nas cerimónias do 10.º aniversário do massacre, na sequência da conquista deste enclave muçulmano pelas forças militares sérvias bósnias durante a fase final da guerra civil nesta república da ex-Jugoslávia (1992-1995).
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=07&d=12&uid=&id=29838&sid=3288

Comentário: Estas efemérides devem ser sempre recordadas. Há apenas 10 anos, a pequena distância de nós, quase no centro da nossa Europa, ocorria um massacre. Um genocídio mesmo ao nosso lado. Os sérvios tentaram “apagar” os bósnios muçulmanos. A ONU nada fazia. A NATO idem. Quase 10 mil jovens foram assassinados (neste conflito interétnico morreram 250 mil pessoas, em pouco mais de 3 anos…). Felizmente que os EUA – Bill Clinton, na altura – decidiram intervir, conseguindo finalmente pôr termo a esta guerra civil fratricida. Um claro exemplo de que a actuação da ONU (em especial do seu Conselho de Segurança) tem permitido tragédias brutais. Temos a sorte de, por vezes, os EUA decidirem reagir por conta própria.

7.7.05

Atentado terrorista em Londres

Tony Blair: it’s terrorism

Multiple explosions on the London Underground and on at least one bus in the capital have caused fatalities and left dozens with “terrible injuries” in what prime minister Tony Blair said was a co-ordinated terrorist attack timed to coincide with the G8 summit.

Mr Blair, speaking in Gleneagles, described the attack as “barbaric” but said the summit would continue. The prime minister is flying to the capital for a full briefing but will return to Scotland this evening.

In http://news.ft.com/cms/s/811a3330-eec3-11d9-8b10-00000e2511c8.html

Comentário: Tudo leva a crer que o atentado terrorista desta manhã teve a assinatura da Al-Qaeda. O objectivo foi atingir a reunião dos G8. É triste, como disse há pouco o PM inglês Tony Blair, que estes terroristas tentem frustrar uma reunião onde os temas principais em cima da mesa são a ajuda ao continente africano e a procura de soluções para os problemas ambientais. Ironicamente, esta era a primeira reunião do G8 desde o 11 de Setembro na qual o terrorismo não era o tema principal. A partir de agora, por culpa destes assassinos bárbaros e inumanos, o tema manter-se-á na primeira linha das preocupações dos principais líderes mundiais. O resto ficará para trás. E a nossa necessidade de segurança continuará a sobrepor-se à nossa liberdade – não há outra solução possível para este problema.

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XX)

No dia em que não houver "virgens ofendidas" por aqui nem vale a pena por cá andar.

Eu gosto disto precisamente devido ao facto de muitos não concordarem comigo mas que conseguem argumentar e isso estimula-me.

Quando se fala em quotas vs a direita não esquecer que é alguma esquerda que anda há anos a embandeirar as quotas femininas sem que nunca a tenha conseguido cumprir.

Fui eu que falei no proteccionismo mas na altura referi que a unica excepção são os EEUU precisamente porque são uma "economia continente". No caso inglês sou obrigado a discordar da tua opinião

Referes que concebes aceitar algumas medidas de proteccionismo desde que sejam com carácter provisório. Agora pergunto se aceitas proteccionismo economico porque razão não aceitas proteccionismo aos factores de produção?

Entendo que tudo o que é demais é mau. Genericamente.

Acho que devemos tratar bem os nossos imigrantes. Acho também que só são bem tratados se houver contenção nas entradas.
Vou mais longe:
Sou contra a entradas de mais imigrantes em Portugal enquanto não se provar a necessidade destes. E porquê? Exactamente pela mesma razão que fui e sou contra o largamento da UE a 25. Primeiro tratemos do que já cá está e só depois tratemos dos outros. Assim, tal como está, ninguém fica contente.

Abraço

PS- Fica descanso que eu não vou embora. São as pessoas como tu que aqui me fazem andar. :-)(Zema)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XIX)

Eu não diria, Pedro Carvalho, que percebeste mal. Eu diria que quase percebeste...
Folgo em saber que ficaste ofendido por achares, erradamente, que te "colei" ao Barnabé! Só te fica bem!!!

Abraços!(Faber)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XVIII)

Um tipo simploriamente cartesiano acha que o Faber tem razão. Percebi mal. Não é racista nem xenófabo. Só o é em relação aos Chineses. Nem vale a pena falarmos mais sobre o assunto. Colar-me ao Barnabé é que foi de mais. Foi uma falta de respeito. (Picá)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XVII)

Pedro Carvalho,

Classificar como acinte (acção propositada tendente a desconsiderá-lo a si ou a alguém), os comentários que fiz, em certa medida abonatórios do que disse o AJJ, é manifestamente descabido.
Não quero pensar que atribui a si próprio, ou a outras pessoas que pensem diversamente, tal importância que tolha a minha liberdade e autenticidade de pensamento, no sentido de eu deixar de ter opinião e, em vez disso, brincar - como diz - com as diferenças ideológicas dos outros.
Acredite ou não, há pessoas que, não sendo da sua esquerda, não são "xenófobas" ou "racistas" por terem ideias em relação à imigração, estando eu à vontade para falar do assunto por ter lidado com o fenómeno bem de perto.
Ou pensa que os portugueses que na década de 60 foram em massa para a França, Alemenha, Suíça, etc., e lá granjearam o respeito de que ainda gozam, tiveram o comportamento que, in casu, a comunidade chinesa está, de forma generalizada, a ter actualmente em Portugal? Ou pensa que esses portugueses não teriam visto a sua integração extremamente dificultada se assim não fosse, e teriam, provavelmente, sido obrigados a regressar? Duvida disso?
Não acha que um povo que pretende ser acolhido noutro país deve em primeiro lugar ter respeito pelos que lá vivem?
Ache o que quiser, não tem é o direito, nem eu lho reconheço, de me rotular de racista ou xenófobo, ainda mais "primário", comportamento esse (o rotulamento) aliás típico de uma certa esquerda arrogante, que tem o complexo de se achar dona de todas as virtudes humanistas.
Se acha que dizer o que digo é "brincar com coisas sérias" ou porque acho "giro ser politicamente incorrecto", como diz, problema seu. Nem me preocupo com isso. Se se sentiu "provocado" ainda bem, é sinal que tem ideias e não é inerte - é porque existe, sendo simploriamente cartesiano.
Se acha que "eu já sabia" que iam aparecer pessoas com diferenças ideológicas para "dirimir a minha argumentação", acha muito bem, caso contrário falava para as paredes e este forum não servia para nada. Para isso tem V. Exa. o Barnabé e teria eu outro qualquer "blogue" que entendesse apropriado.
Eu gostava que os arautos e detentores da cartilha do dom da exclusividade humanista se perguntassem, um dia, o que fizeram na vida por um simples imigrante? Eu já perguntei e já fiz. Não preciso de fazer publicidade, mas já fiz e faço, sem qualquer contrapartida. Se me perguntar se o faria pelos chineses, de uma maneira geral não fazia rigorosamente nada, a não ser ajudá-los, quando muito, a regressarem ao seu imponente país.

Para terminar, quando fala de "quotas" de imigração, não confunda com as quotas que os partidos de esquerda, especialmente o "bloco", defendem nos cargos públicos, sejam quotas para mulheres ou para outro tipo qualquer de pessoas. O que determinada direita defende é uma limitação à imigração, o que podemos concordar ou não mas é uma ideia válida e respeitável como qualquer outra. Em relação a isso, já agora, o que eu acho é que Portugal, e a UE em geral, devem ser responsabilizados pelas condições de vida dos imigrantes que recebem e, para isso, só podem sê-lo se também puderem controlar os fluxos migratórios.

Cumprimentos,
(Faber)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XVI)

Peço desculpa ao Faber mas...
A questão não está em ter opinião! Por vezes, neste forum, parece-me, há pessoas que gostam de brincar com coisas que são sérias - aí não contem comigo - ou porque querem provocar, ou porque acham que é giro ser politicamente incorrecto (como o senhor alberto?!). Por vezes, o acinte tem ínicio provocando interlocutores que por manifesta diferença ideológica já sabem que vai dirimir a argumentação. Aqui radica a chaneza de expressões como "virgens ofendidas" e quejandas. Voltando à vaca fria, presumo que nunca esteve em causa a sua opinião, mas sim, a forma dilatória como prosseguiu os inusitados insultos do senhor alberto à comunidade chinesa radicada no nosso país. Por isso, caro Faber, não considero as suas palavras como opinião, elas alardeiam e são difusoras de um racismo e xenofobia primária. Eu também estou atento ao fenómeno da imigração, e sendo de esquerda não tenho o estigma das quotas (como alguns) que a direita historicamente defendeu.Tem de haver regras! É fácil arranjarmos alibis, como os chineses e africanos, para explicarmos o arrefecimento da economia europeia ou o desemprego. As medidas proteccionistas aos produtos chineses poderei aceitá-las como medida transitória. Aliás, é um grosso erro, como neste forum alguém já escreveu, dizer-se que historicamente nunca nenhum país ganhou com o proteccionismo. Olhai o caso Inglês no século XlX, e actualmente nos Estados Unidos (para alguns produtos...). A longo prazo é negativo, sem dúvida. A escolha é política!
Abraços para todos. Mesmo para aqueles que pensam de forma contrária à minha...não os quero daqui para fora.
(Picá)

6.7.05

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XV)

Apreciei o "remate do Pedro Carvalho".
Queria só tirar daí 2 conclusões, se me permitem: 1ª, que o Pedro admite que o AJJ tenha outras características além da (suposta) "estupidez" - presumo que se refira às características positivas a que eu e outros enunciaram, o que é de realçar...; 2ª, que o Pedro, dizendo que os "não-estúpidos substimam sempre o potencial dos estúpidos", permite-me concluir que não acha estúpidas as pessoas que não acham outrém estúpido, como é, pelo menos, o meu caso em relação ao AJJ, (fico mais descansado!), mesmo que estejam a substimar estoutras. Eu acrescentaria, para que todos ficassem descansados, que, mesmo quem acha alguém estúpido - ainda que, não por subestimação mas por eventual erro de análise, não está a ser estúpido, está apenas a ter opinião!!!

E viva o forum! (E o Glicínias também, já agora)

Abraços!
(Faber)

5.7.05

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XIV)

Só para rematar este assunto:

1. Ao contrário do CDS, eu não compreendo as palavras de AJJ (relembro parte, que vale sempre a pena repetir: “Ah estão aí chineses? Ainda bem que me estão a ouvir, porque eu não os quero cá!"). Além de não compreender, não aceito e condeno os ataques xenófobos em relação aos chineses, indianos, ou qualquer indivíduo de outra nacionalidade. Felizmente que o PSD teve uma atitude de reprovação desta situação.
2. AJJ não é estúpido. Pode ser bronco e desbocado. Mas é esperto. E tem conseguido muito pela Madeira, que o digam os autóctones. O Alberto João conseguiu transformar uma ilhota pobre num caso inegável de sucesso económico. E por isso continua a ganhar as eleições. Pode detestar-se o estilo, mas tem de se reconhecer os resultados. E ter uma taxa de execução de fundos de 100% não é despiciendo. Tivéssemos estas taxas no continente e o país estaria bem melhor do que está.

Abraços e beijinhos

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XIII)

Cada um de nós subestima sempre e invariavelmente o número de indivíduos estúpidos em circulação. A probabilidade de uma certa pessoa ser estúpida é independe de qualquer outra característica dessa mesma pessoa. As pessoas não estúpidas subestimam sempre o potencial nocivo dos estúpidos.
Foi um prazer. (Picá)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XII)

Caro José Marques,

Obrigado pelo contributo para a discussão do tema.

Perante ele, apenas acrescento: pena que os chineses não nos estão a ouvir; eu não os quero cá!!!

Abraço
(Faber)

RE: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (XI)

As mesma duas breves notas:

- Se achas mal que se gaste dinheiro, entaõ devias achar muito pior que não se gaste. O acto de gastar dinheiro produz riqueza em Portugal, não gastar não produz nada. É uma estupidez ter dinheiro para gastar e não gastar. Além de que para se gastar dinheiro da UE é preciso complementar com fundos próprios.
Gastar a totalidade dos fundos implica uma excelente gestão. São factos! Eu sei que custa a algumas pessoa mas o AJJ é Bom Presidente! É peculiar, eu sei, não concordo com muito do que diz mas se fosse madeirense Votaria com toda a certeza nele.

- Se não ficas chocado com o facto de andarem a morrer chineses e nem um ser enterrado, eu fico! Gostaria de saber para onde estão a ir... Obviamente que não penso que sejam transformados em chop suey mas algo se passa...
(Zema)

RE: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (X)

Quanto à região insular o que dizes é verdade e depois? O que me interessa é como é que ele foi utilizado! E aí mandou, não amiudadas vezes, o desperdício. A paranóia latejante dos túneis é disso exemplo, já para não falar em marinas destruídas com as primeiras vagas de Inverno (felizmente foram só as marinas, porque barcos não os havia!!) O senhor alberto, na sua truculência habitual, chegou ameaçar com a saída da Madeira da União Europeia bramindo argumentos soezes face ao corte de verbas anunciado nos fundos estruturais. Além disso a Madeira nem precisava dessas esmolas.Logo a seguir pôs-se de cócoras...Enfim, um histrião de primeira água.
Quanto aos chineses:já sabia e não fiquei chocado,afinal eles são muito similares. Sei que os agentes do SEF já se queixaram da dificuldade que têm em os distinguir. Mas o que dizes dos chineses tem algo a ver com as insanidades proferidas anteontem?
(Picá)

RE: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (IX)

Duas breves notas:

Sem entrar em considerações do que foi dito, sabiam que:

1- A região autonoma da Madeira é a única região do pais que tem uma taxa de execução dos fundos estruturais e de coesão da UE de 100%?

2- Que apesar de existirem milhares de chinese em Portugal não existem um óbito declarado? (isto soube ontem e fiquei chocado, não existe um chinês enterrado num cemitério português - Quando digo um chinês refiro-me a esta leva que entrou agora a não a chineses já radicados com nacionalidade portuguesa nem com origens em Macau)

À Vossa consideração :)
(Zema)

Chirac faz rir Schroeder e Putin à custa dos britânicos

"A única coisa que eles fizeram para a agricultura europeia foi a vaca louca" ou "não podemos confiar em pessoas que cozinham tão mal" foram algumas das piadas lançadas pelo Presidente francês, Jacques Chirac, aos seus homólogos russo e alemão durante o encontro de domingo em Kalininegrado, segundo relatou o jornal Liberation, que diz ter estado presente neste momento e que jura que Gerhard Schroeder e Vladimir Putin se riram às gargalhadas.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=07&d=05&uid=&id=28838&sid=3174

Comentário: Esta hilariante notícia só me faz lembrar uma música brasileira: "Rio, rio, rio / Rio pra não chorar / Pra quem não sabe sou rio / a cantar". Enfim…

Candidatos autárquicos passam a ter 12 dias de dispensa remunerada

O PS vai reduzir de 30 para 12 dias a dispensa remunerada dos trabalhadores do sector público e privado que sejam candidatos (efectivos ou suplentes) às eleições autárquicas. Esta alteração já vai surtir efeito nas eleições de Outubro próximo.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=07&d=05&uid=&id=28847&sid=3175

Comentário: As “férias” passam de um mês para 12 dias. Sublinhe-se, e saúde-se, o progresso.

Bush diz que defenderá na cimeira do G8 os interesses dos Estados Unidos

Presidente americano manterá oposição ao Protocolo de Quioto sobre alterações climáticas, lembrará aos europeus que os EUA são o maior doador mundial e aumentaram recentemente as suas contribuições e dirá que não acabará com os subsídios agrícolas americanos, a menos que também acabe a PAC. Para alguns analistas, Bush vai para a Escócia tratar da sua agenda política interna e pode estragar os planos de Tony Blair.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=07&d=05&uid=&id=28769&sid=3167

Comentário: Apesar de tentativas como o Live 8, apesar da consciencialização mundial dos problemas de que o Mundo sofre – em especial o ambiente e África – é possível que o encontro dos G8 acabe sem avanços significativos.
Dos subsídios europeus e americanos à agricultura já tudo se disse, e parece claro ser essa uma das razões do extremar da pobreza no continente negro. Os EUA partilham das ideias do Reino Unido: enquanto a UE não decidir acabar com a PAC, também os EUA manterão os seus subsídios. Entretanto África vai esperando.
Em relação ao ambiente houve alguns avanços por parte dos EUA. Bush já admite que, de facto, a degradação ambiental é culpa do Homem. É um avanço, convenhamos. O Presidente dos EUA mantém, no entanto, irredutível a sua posição em relação ao Protocolo de Quioto – e afirmou que não ratificará nenhum acordo desse tipo. Transmite no entanto a ideia de que se deve apostar no investimento tecnológico com vista a melhorar a performance ambiental, como por exemplo através do desenvolvimento de automóveis a hidrogénio. Penso que o mais sensato seria acabar com o Protocolo de Quioto tal como está, e renová-lo de forma a “atrair” os americanos. Sem os EUA nenhum acordo ambiental fará sentido.
Uma última nota: espero que os países que se vão reunir amanhã em Gleneagles enviem uma mensagem forte em relação ao Zimbabwe e à política errada de Mugabe. Um país que vivia há pouco tempo com excedentes agrícolas é hoje o país que necessita, com mais urgência, de ajuda alimentar. E tudo devido à política racista do ditador zimbabweano. É necessário pressionar fortemente este país para que os seus habitantes não morram todos à míngua entretanto…

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (VIII)

Ontem cometi um lapso em resposta ao Faber: afinal o senhor alberto não tem imunidade. O P.S., até ao momento, é o único partido que não teceu qualquer comentário aos dislates do senhor bronco alberto. Espero que a força da resposta seja inversa à complacência do atraso. Quanto ao PP, melhor era que estivesse calado.
(Picá)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (VII)

O problema do senhor não são os copos é a estupidez, a burrice e a insanidade. Eu nunca ouvi o senhor alberto dizer nada acertado. Se me pudessem elucidar agradeceria. O que a mim me entristece é a tibieza do nosso Presidente da República face aos expedientes pouco dignos de uma figura que é parte integrante do Conselho de Estado. Quanto ao Dr Rui Rio, estou em crer que é uma das figuras mais relevantes do PSD e que merecem o máximo de respeito. Se a cidade do Porto o merece ou não, a ver vamos nas próximas autárquicas.(Picá)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (VI)

Continuo a achar que o AJJ, dentro do seu estilo, que não é o meu, e descontados alguns gramas de álcool, é uma lufada de ar despoluído na pútrida brisa dos nossos brandos costumes, tão brandos que ninguém se atreve, por vezes, a ver o evidente.
Pior que os dizeres que, embora por vezes acertados, saem ébrios do insular Governador, é a paz podre em que vivemos enebriados...

Já agora, lembrei-me dum AJJ mas que realmente não deixa ninguém ficar mal, que é o Rui Rio!

Outro grande homem, que aqui homenageio, e que, estou em crer, a cidade a cuja edilidade preside não o tem merecido...

Espero estar enganado e que o Porto vote em massa no Rio, contra o regresso dos fantoches ao serviço da sua própria gula e dos interesses obscuros.
(Faber)

4.7.05

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (V)

Poupem-me!! (voz maviosa de virgem ofendida) Se me chamasse A.J. eu respondia-vos...como ele. Não tenho é tempo, e não quero ser indecoroso. É pena.Votem nele.É por isso que esta merda está como está.Não tenho respeito nem pelo homem e muito menos pelo político, e mais vos digo, quando aquele soba sair do poleiro vamos assistir a tristes espectáculos.. Porque será que ele tem medo de abandonar o Governo...IMUNIDADE! A calhandrice é tanta!

Um abraço(Picá)

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (IV)

Penso que na última frase te redimes, quando dizes “Não é o caso dos chinos, ou de muitos chinos.”. É um facto que há muita máfia (chinesa também, mas especialmente do leste europeu), que deve ser combatida. Também aqui temos falhado – as nossas forças de segurança têm perdido constantemente este combate, e os mafiosos proliferam. E não se deve confundir xenofobia com a obrigação do cumprimento das regras estabelecidas no nosso Estado de Direito. Por isso concordo com a tua afirmação: “Desde que cumpram regras e sejam sujeitos às mesmas obrigações.”. E reforço que as regras devem ser as nossas.

Voltando à tua remissão, de facto não podemos induzir a conclusão de que todos os “chinos” não cumprem as suas obrigações. Tenho contacto directo com um ou dois chineses que trabalham no Reino Unido e que são inexcedíveis na sua entrega ao trabalho, e também na muita ajuda que me têm dado nos meus afazeres académicos. [Bom, agora podes sempre contrapor dizendo que os bons foram para o Reino Unido, e os “bastardos” :) vieram para a “tugalândia” :)]

Conclusão: desde que haja fiscalização, desde que os imigrantes cumpram as leis do nosso Estado, eles são bem-vindos. Precisamos até de muitos, na Europa, devido à previsível falência do nosso “Estado-social”… Se o Estado conseguir controlar o fluxo de imigrantes o nosso país pode beneficiar da sua presença.

Tudo isto naturalmente que não desculpa em nada a atitude do Alberto João. O “soba da Madeira”, desta vez, devia-se ter abstido destes comentários…

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (III)

Achava bem, e tinha vergonha dos meus compatriotas, se nós estivessemos a enviar tugas para a Inglaterra ou para onde fosse, recheados com dinheiro sujo para abrirem bazares de rentabilidade inexplicável, com preços abaixo do custo de mercado, forçando a ruína do comércio e da indústria do país de destino, escudados em máfias de proveniência difusa e desconhecida.

Atenta a especificidade do problema em relação a esses concretos cidadãos do mundo, concebo as palavras do AJJ, dentro desse contexto, e não numa qualquer lógica xenófoba.

De resto, qualquer cidadão que lê o mesmo Diário da República que eu tem e deve ter todos os direitos e deveres inerentes e até o apoio necessário, se for o caso.

Tenho vergonha de ver os imigrantes de leste divagarem nas nocturnas paragens da mendicidade das nossas cidades tugas.

Viva a imigração, viva a diversiodade de culturas.
Desde que cumpram regras e sejam sujeitos às mesmas obrigações. Não é o caso dos chinos, ou de muitos chinos.
(Faber)

RE: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (II)

Eu não me considero uma dessas “virgens ofendidas”, no sentido em que considero o Alberto João um político com muitas qualidades, contrariando as opiniões “politicamente correctas” do continente. Ele defende, realmente, os interesses da Madeira. E tem todo o mérito (e os votos) por isso.

A maior parte dos problemas de que os “continentais” se queixam – por exemplo os lamentos de que ele esbanja o “nosso” dinheiro – não é culpa dele. Da mesma maneira que os benefícios de que usufruem os funcionários públicos não é culpa destes. A culpa é de quem dá os benefícios. Quem os recebe não tem culpa – tem esperteza. E o Alberto João tem essa qualidade. Mas talvez a qualidade que mais aprecio nele seja o seu à-vontade a defender as suas opiniões. Ele não é “politicamente correcto”. Ele diz o que pensa, defende as suas ideias, e não tem vergonha nem o diz por meias palavras. Assim todos sabemos o que ele pensa, e isso é fundamental em alguém que gere património público. Prefiro um político que não tem vergonha de beber uns shots com os seus compinchas, do que um “quequezinho” armado em intelectual, que no fundo se mascara cada vez que se apresenta ao público. Em suma, prefiro a verdade à falsidade.

Mas quanto à tua saudação em relação às palavras do Presidente do Governo Regional da Madeira, não concordo. Penso que é positivo ter a coragem de enfrentar os problemas de frente – como ele tem – dizendo, por exemplo, isto: em Portugal (ou na Madeira) precisamos de imigrantes, mas não temos uma política de “portas escancaradas”. Não entra tudo; entra o que nós precisamos e, muito importante, entram aqueles que conseguimos manter em situação digna. O Alberto João costuma ultrapassar limites, e eu muitas vezes aprecio a sua coragem. Mas desta vez ele foi muito além do razoável. Estes tiques xenófobos são errados e contraproducentes. Ele está a esquecer os milhares de emigrantes portugueses (e os milhares de madeirenses…), que vão para o estrangeiro com o mesmo intuito destes chineses que agora inundam o nosso país.

Achavas bem que agora o Tony Blair, dando-se conta de que o número de portugueses no Reino Unido já chegou ao 250 mil, também dissesse: “Portugueses fora!”…?

Re: Pessimismo dos portugueses face à situação económica do país agravou-se no último meio ano (I)

Queria aproveitar esta notícia para saudar o Alberto João Jardim pelas suas palavras de ontem acerca dos chineses.

Eu acho que o AJJ, quando não é mal educado e quando está moderadamente sóbrio, é o melhor político que temos em Portugal e ilhas adjacentes!

Sei que há muitas virgens ofendidas que se vão insurgir contra o que ele disse, acusando-o de xenófobo e outras iguarias da esquerda neo-palaciana.

Mas sublinho que o que ele disse e, aliás, o que o caracteriza, é como aqueles acetatos que se usavam antes de haver "Powerpoint" para projectar imagens: toda a gente tem o acetato na cabeça mas ninguém tem no sítio aquilo que é preciso para ligar o projector...

Abraço Alberto João!

Alberto João em Belém (após cura de desistoxicação)!!!
(Faber)

Eleições dão férias a meio milhão

Um mês de faltas justificadas e remuneradas é o que proporciona a Lei Eleitoral das Autarquias a todos os trabalhadores que se candidatem - efectivos ou suplentes -, em qualquer lista de um partido ou movimento de cidadãos independentes. O Código do Trabalho tentou acabar com esta benesse, mas a lei das autarquias, que não foi alterada por duas quedas de Governo da coligação de direita, sobrepõe-se, por ter maior força jurídica. Nas autárquicas de 2001, cinco a dez por cento da população activa nacional esteve de "férias" eleitorais. Em Setembro a situação repete-se. Por Diana Ralha.
Ter um mês extra de "férias", de quatro em quatro anos, totalmente remunerado pela entidade patronal, está ao alcance de qualquer trabalhador português, seja ele do sector público ou do privado. Este é um direito garantido pela Lei Eleitoral das Autárquias Locais (Lei Orgânica nº1/2001 de 14 de Agosto), decorrente dos direitos constitucionais de participação na vida pública e acesso a cargos públicos (artigos 48º e 50º da constituição).São trinta dias de dispensa anteriores à data das eleições, cem por cento remunerados (subsídio de almoço incluído, contando, também, esse tempo como serviço efectivo - ou seja, este mês conta para a reforma) -, que a lei garante a qualquer trabalhador que se inscreva, como efectivo ou suplente, numa qualquer lista, de um qualquer partido ou de um grupo de cidadãos independentes.
In http://jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2005&m=07&d=04&uid=&id=28684&sid=3155

Comentário: Uma proposta para os membros do Fórum: vamos candidatar-nos a uma autarquia qualquer, como um grupo de cidadãos independentes, para garantirmos um mês extra de férias totalmente remuneradas? 10% da população activa portuguesa faz isso, por isso não me parece mal que o façam mais umas dezenas de pessoas… além disso acredito que nós somos mais “activos” politicamente, aqui no Fórum, do que o grosso destes “candidatos”. E não se preocupem, segundo um parecer da Comissão Nacional de Eleições, “a entidade empregadora não pode impedir o exercício do direito que a lei lhe confere, nem de algum modo, ameaçar os candidatos com a privação de quaisquer prémios, com despedimento, ou outra sanção”. Combinamos todos férias conjuntas em Setembro? :)